Surpresa

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domingo, 29 de dezembro de 2013

Felicidades.


O ano de 2013 para mim foi um ano de desafios e RECOMEÇO, na verdade foi o ano que eu realmente aprendi que da pra ser feliz. Conheci pessoas lindas que me fizeram acreditar que até no lixão nasce flores, vivi situações na quais eu compreendi que Deus nasce nas pedras, e me permitir perceber a beleza das rosas apesar dos espinhos. Consegui encontra uma editora que se interessou pelo meu livro e não precisei pagar nada pela publicação, consegui com muita luta junto com minha editora espaço nas livrarias, e consegui o principal disso tudo: alcancei o coração dos meus inúmeros leitores. Esse breve depoimento é apenas para agradecer a cada um dos meus leitores pela confiança e carinho e para agradecer a cada um dos meus amigos que me ofereceram a mão facilitando a minha travessia , obrigado Deus, obrigado a virgem Maria, obrigado a tudo e a todos. Em 2014 desejo apenas inspiração para continuar escrevendo e assim tentar calar os choros do mundo com mamadeiras de palavras, mas desejo, sobretudo que metade de mim seja amor e a outra metade também. Luz e lucidez a todos nós em 2014. Grande beijo a todos! Marlon Albuquerque

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013


''Entre ele e mim existia uma relação de transcendência, meio sagrada, e por que não dizer religiosa. Ele era para mim o deus intocável, de nome impronunciável e que jamais poderia adentrar as soleiras de minha pobre morada. Ele era a configuração mais concreta do meu desejo. O lugar onde minha alma de criança achava repouso. Quem um dia soube admirar um brinquedo na vitrine mesmo sabendo que nunca poderia ser seu, teve uma experiência primaria de Deus, a quem amamos sem possuir''. Marlon.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Prefácio


Quando criança eu escrevia poemas e histórias infantis e já me via totalmente vitimado pelo desejo de ser escritor. Cresci, virei um homem, deixei muita coisa para trás e permiti que muitos sonhos se perdessem, mas nunca desisti de minha arte (escrever), e sinto que é só por meio dela é que consigo nascer para a vida de meu coração. Mandei meus poemas para algumas editoras, mas não houve retorno. Em razão disso comecei a pensar na possibilidade de contar para o mundo experiências vivenciadas por garotos de programa em São Paulo. Comecei meu trabalho de pesquisa nas ruas. Visitei lugares de orgia, conversei com pessoas que tinham participado de uma, conheci pontos alternativos de sexo livre, onde tive a oportunidade de conversar com pessoas no ponto mais alto de seus desejos. Entendi um pouco o sentido do sexo anônimo, ou sem rosto, e conversei com pessoas totalmente dependentes e viciadas em sexo pago. Visitei também baladas em geral, a “boca do lixo” e outros lugares que no decorrer da leitura você terá a oportunidade de saber. Mas cabe ressaltar que dentre todos com quem conversei, um deles me chamou atenção – Diego pois contava-me uma história carregada de suspense, dor e alegria e porque não dizer, magia. Resolvi então contar a sua história fazendo uma junção com tudo o que eu havia pesquisado, com minha fértil imaginação e colocando também punhados de minha ideologia. Após inúmeros encontros para a extração de mais informações, Diego, que já havia se tornado meu amigo, colocou em minhas mãos todas as suas anotações secretas e proibidas sobre a comercialização de seu próprio corpo e sentimentos. Comecei então a escrever uma história chocante, e por contar em um livro acontecimentos tão inacreditáveis ou indizíveis, senti medo do julgamento social, do ódio ou de perder o amor das pessoas. A junção das anotações, a organização do roteiro e a construção do livro, de forma geral, foram tranquilas, pois sou filósofo e isso me garante um domínio razoável da escrita. Eu até ri muitas vezes, mas ao final do livro, que levei três anos para concluir, resolvi ler a minha obra e chorei muito, chorei e me perguntei mil vezes como Diego pôde viver tudo aquilo sem enlouquecer? Venci o medo, a vergonha e o desânimo. Em nome de minha arte, quero explodir uma bomba de amor no coração das pessoas; se por acaso dentro de você não houver espaço para esta notícia se acomodar não tem importância; de qualquer forma, cumpro meu papel de promover um encontro entre você e sua arma mais poderosa: a reflexão.

Odeio


PELÉ, RONALDINHO E NEYMAR . . . Que bom que o Brasil esta acordando, meu coração de retirante baiano hoje vive em São Paulo com um pouco não de alegria, mas de esperança. Espero que as melhoras comecem pela saúde publica, pois já precisei e fui tratado como bicho. Chega de futebol, detesto futebol e odeio o culto que os brasileiros fazem a ele. Nunca vi um jogo de futebol na minha vida, prefiro ver o chaves é muito mais legal. Neymar é um tolo que distribui autógrafos, mas nunca usou seu poder para distribuir ideologia. Pelé que todos aplaudem e chamam de rei rejeitou a própria filha Sandra Arantes do Nascimento, ela morreu implorando por um afago dele que nunca aconteceu e dois dias antes dela morrer ele inaugurou uma quadra de esportes em Santos do lado do hospital que ela estava internada e não teve coragem de deixar com ela um ultimo gesto de carinho. Pelé é o rei do abandono e da arrogância, o Brasil deveria cuspir na cara dele. Ronaldinho é um fascista porque transou com a travesti Andreia Albertini no dia seguinte disse que só percebeu que ela era travesti depois de ter transado, existe algo a mais no corpo das travestis que os homens adoram, mas negam até a morte. Para completar agora elaboraram a cura gay ainda que fosse possível como se daria isso em uma sociedade obcecada pelo sexo onde homossexualidade, bissexualidade, e heterossexualidade habitam o mesmo copo, todos bebem, todos negam. Os governantes investem tudo em estádios e nada em hospitais, investem tudo em clubes e nada em pesquisas cientificas. Os brasileiros ficam horas na frente da tevê vendo futebol, isso é inútil, isso emburrece, no final de tudo quem ganha é apenas os jogadores que ganhar uma fortuna para gastar com prostitutas e travestis e o povo cada dia mais na pior. Nada contra prostitutas e travestis, apenas odeio o fascismo. MARLON DE ALBUQUERQUE.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Em obras.


Nem sei por que escrever isso, talvez para colocar a minha criança interior na janela para receber um pouco a luz do sol. Parece-me que estamos todos dispersos, insanidade cíclica, lembro-me do pequeno príncipe, ele dizia: tú te tornas eternamente responsável por tudo aqui aquilo que cativas. Devemos ou deveríamos ter uma responsabilidade com tudo aquilo que lançamos dentro do outro, mas eu percebo que as pessoas não estão muito preocupadas com aquilo que ela deixa dentro da gente, elas tomam nosso corpo como se fosse um taxi, e desce logo ali arrumando o cabelo. Elas poderiam deixar poesia, uma musica um punhado de luz, mas elas só deixam lixo afetivo e uma sensação de abandono emocional e uma pergunta que não tem resposta, ele não voltam, eles nunca voltam para consertar o estrago deixado. Como pode um humano usar outro apenas para inflar sua vaidade e sua CRUELDADE? Pois é meu amigo, é jogo, é roda, é jaula, é cativeiro, é gaiola,é labirinto . . . Sua casa é de vidro, mas seu coração é de flor isso basta porque nessa dinâmica de desencontro eu sei, eu sinto que haverá sempre alguém no céu disposto a nós proteger das pedras que vem de fora. Eles compram afeto, cospem palavras, abortam carinho e vivem sozinhos, mas só pra contrariar vou oferecer ainda mais, a minha ternura, o meu amor e o meu melhor, porque eu quis, eu quero ficar fora da roda, fora da maldade, do egoísmo e da arrogância humana, esta fora não traz alegria, mas traz uma sensação de nobreza, essa nobreza esta totalmente ligada ao meu coração. Sociedade virou um palco onde se celebra internet, baladas, e outras dores todos sofrem, mas ninguém que da o primeiro passo. Ainda continuo sem saber por que estou escrevendo tudo isso, mas uma coisa é certa: a palavra permite travessias e seu chegar a algum lugar eu te aviso meu amigo, e se não gostar do que escrevi, peço desculpas pelo transtorno estou em obras.

domingo, 17 de novembro de 2013

Sim


''O único sim que você precisa é o seu próprio sim, abrace seu coração, seja livre por dentro, amar é nobre, a pior solidão não é a do corpo, mas a do pensamento''. MARLON

sábado, 16 de novembro de 2013

Goiabada


Tem saudades que são tão fortes, cortantes e sepultantes que levemente nos convida desnascer . . .Tenho conhecido todos os tons da palavra saudade, mas vou esgota-los de tanto comer goiabada.Por fora encanto, por dentro espanto. Marlon de Albuquerque

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Salve rainha!


Maria santíssima a mãe de Jesus entrou no céu porque ela era LEVE, Maria era uma flor, mas as mulheres de nossa atualidade não querem ser tratada como flor e sim como fruta, deixam de ser elemento de beleza para ser elemento de sabor, você já imaginou o trabalho que deve ser para levar uma melancia daqui até o céu? Marlon Albuquerque.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Preciso de você


"Meu amor Deus usou linhas de ternura para costurar a minha alma na sua meu AMOR. É amor sim, porque emprestou sabor, emprestou sentido, e me devolveu os símbolos que me abrem as asas. Preciso perder o medo de dizer que PRECISO DE VOCÊ, assim fica mais calmo, humano e possível, é tão certo, é tão simples porque somos apenas o que nos falta". Marlon.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Papa Francisco


''Qualquer pessoa pode emitir sua opinião, mas ninguém pode interferir na vida pessoal de gays e lesbicas, porque Deus ama os perseguidos''. Papa Francisco.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Sempre Caio


Mexa-se "Se a sua vida estiver muito amarga, dê uma rebolada bem de leve. Às vezes o açúcar deve estar lá no fundo." Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Dinheiro, luz e luxo


Tememos a doença que nos diminui. Ter de ser lavado por alguém, perdem os controles básicos de defecar ou urinar, basta um acidente e todos os movimentos se vão. Porque a arrogância?porque a mesquinharia e um ar de superioridade incomodativo? Que nossas dores nos ensinem a compreender que o outro também fracassa, que o outro também sente dor. Sejamos compreensivos com a dor humana, porque gente feliz demais não serve nem para criar peixes! Nada de exibicionismos. Nada de ostentação. Apenas a capacidade singular de ouvir estrelas. Salve o poeta Olavo Bilac. Ouçamos estrelas, então. Grandeza é algo superior a dinheiro, luz e luxo. Marlon de Albuquerque

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Pureza


''Eu não sei partir, eu não sei chegar, eu não sei passar, eu só sei ficar, em razão da minha PUREZA que eu nunca sei usar, ela não se gasta e isso dói'' MARLON DE ALBUQUERQUE.

sábado, 11 de maio de 2013

Sobre o gosto do sexo sem rosto.


O diário secreto de um garoto de programa. Relato cruel e pertubador sobre o submundo do sexo pago. É uma história verídica e isso torna o livro ainda mais fabuloso! É importante que pessoas como Diego contem as suas experiências no mundo da comercialização do proprio corpo para os jovens . consegui ver experiências minhas nele mas nunca pensei que o sexo nos levasse a descer tão baixo. Um livro pesado em algumas partes, mas necessario. Um texto muito veloz; faz-nos ir do céu ao inferno em questão de segundos.É preciso captar a essência do livro. um garoto com um coração enorme em um mundo tão cheio de dilemas éticos e morais. Nem todo mundo é capaz de compreender esta grandeza implícita no livro, é um livro para sempre: atualidade e liberdade são máximas do livro. Sentimento sem emocionalismo barato. O livro é um espelho, o que conseguimos ver nele nos leva a reflexão dos nossos valores, da nossa autenticidade (falida) e da capacidade que tempos de nos tornarmos hipócritas e bem educados. Samuel Cavalcante- RJ-Leitor.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Um amor de MIOJO.


Nunca foram ouvidas tantas frases feitas como hoje em dia. E existe um clamor, talvez mesmo um modismo, do preciso dizer “te amo”. É tão banal, que nem dá para acreditar que é verdade. São palavras ao vento, que se dissipam com os sentimentos, outrora tão sublimes. E somos enganados por tudo que criamos. Aliás, não sei quem criou esta história de “ficar” com alguém. Mas, o negócio pegou tanto que todo mundo “fica” com todo mundo, mas no fim, “fica” sozinho. E pessoas e coisas ficam todas no mesmo saco do descartável. O que mais vamos inventar? Tem gente que pensa que relacionamento é miojo. Em três minutos está pronto, fumegante, bonitinho. O problema é que não sacia fome alguma. É aquela coisa instantânea, em que sempre fica faltando alguma coisa. Mas, também, o miojo é algo que não dá trabalho. Está ali, é só seguir uma receitinha, porque todo mundo tem pressa e não quer ter dor de cabeça. Pois relacionamentos mais consistentes precisam de mais dedicação. Demoram a apurar. Mas, são muito mais gostosos. Não é só chegar, fazer acontecer e comer. Tudo tão banal!! Não tem graça… Tenho visto pessoas cada vez mais insatisfeitas pela falta de maturidade com que encaram os relacionamentos e pela falta de discernimento do que é mesmo o amor. Tudo bem, cada um tem uma noção subjetiva do amor. Mas, de uma coisa eu tenho certeza: amor não dá porrada, não te bota para baixo, não te larga em momento difícil, não te passa a perna, não transforma um sentimento em uma prostituição diária pelo bem estar mútuo. Amor, aliás, é algo tão bom que nem dá para explicar. É algo que transcende. E é algo que dura mais que pilha alcalina. Mas, num mundo como o nosso – em que tudo parece dentro de uma garrafa PET pronta para ser esvaziada e ir para a reciclagem – é difícil (re)conhecer o amor. E o que temos é um bando de gente comendo tudo quanto é miojo, mas se sentindo vazio por dentro. Um vazio que não há massa instantânea que resolva. Um vazio que pressiona por mudanças, mas que ninguém quer sair à frente e ser o primeiro, embora seja preciso. Encaremos a realidade: estamos menos felizes, seja com alguém do lado ou sem ninguém. Enjoamos muito fácil das coisas e das pessoas. Não queremos trabalho. Não queremos um miojo que se transforme numa lasanha. E perdemos ainda mais massa encefálica em relacionamentos fadados ao fracasso. Entretanto, não queremos ficar sozinhos. Como assim? Façamos um minuto de silêncio. Pelo amor que morreu. Pelo amor que não se conhece. Pelo amor miojo. E enterremos tudo o que não faz bem, para o verdadeiro amor renascer. Amemonos mais. E saibamos amar os outros. Pelo bem dos relacionamentos. Pelo nosso próprio bem. Monica Kikuti.

domingo, 14 de abril de 2013

Fim


''Quando voce foi embora fiquei olhando voce de longe até sumir, eu achava mesmo que era o fim e foi, mas a vida de forma mansa e desconcertante te faz repousar em meu pensamento todos os dias. Eu vivo hoje assim longe de teus braços, não importa se é carencia, loucura ou apenas um desejo infantil, o fato é que os dias passam e voce não morre em meu coração, passei a tarde rezando na esperança de que Deus pudesse te apagar da memoria dos meus olhos, mas isso não aconteceu. Volta parte adorada de mim, volta e eu serei mil vezes mais feliz.Volta dê esse presente aos meus olhos e meu sorriso vai iluminar o mundo inteiro''! MARLON DE ALBUQUERQUE.

Na boca.


''Eu sempre fui angustia na sua vida, a dor de cabeça mal resolvida, eu fui o silêncio que não se deu, fui o sorriso que não bastou e hoje nada me cura de voce. Eu não precisava do sol, nem do mar, nem da cidade alta, nem da cidade baixa, voce era a Bahia inteira na minha cama. Era bom o gosto do seu mel escorrendo na minha boca, porque seu corpo era o meu altar.'' MARLON DE ALBUQUERQUE.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Alegramentos


Na revista H MAGAZINE de fevereiro tem uma matéria maravilhosa sobre meu livro e meu trabalho, também este mês a revista JUNIOR publicou uma entrevista comigo, onde revelo bastantes coisas (ambas estão nas bancas). Nos últimos tempos meu coração foi visitado por inúmeros alegramentos, havia apenas um menino e um sonho ser escritor e calar os choros do mundo com mamadeiras de palavras. Escrevo desde criança, amo, gozo escrevendo, até quando estou paralisado estou escrevendo por dentro. Escrevo coisas estranhas, sou apaixonado por aqueles que vivem nos escombros e transitam livremente na contramão da vida. A minha escrita é assim atormentada e cheia de ternura. A minha escrita, assim como a minha vida é como uma colha de retalhos, eu misturo tudo sem mascaras e pudores, as alegrias não anulam tristezas, mas a junção torna tudo mais leve. Tomei coragem e escrevi um livro, ele não é pior nem melhor que os outros, mas nele escrevi coisas que jamais um escritor teve coragem de escrever, por isso encontrei muitas pedras no caminho, é horrível alimentar um sonho sozinho, ninguém acreditava, mas eu segui meu coraçãozinho de baiano. Depois de inúmeras tentativas meu livro nasceu, mas nasceu com todas as setas do fracasso apontadas para ele, mas o improvável aconteceu os meus inúmeros leitores o acolhei de forma apaixonante e automaticamente me salvaram dos lençóis do anonimato me proporcionando visibilidade e alegria, hoje o meu livro já esta entre os mais vendidos nas livrarias iba, no aeroporto de Brasília e em outros canais também, agradeço meus amigos do face que compartilharam meu link, agradeço também aqueles que vilipendiaram meu trabalho por ser de ordem pornográfica. Todas as pessoas aqui no face e fora dele que criticaram o meu trabalho só serviram para me fazer entender que a palavra pobreza esta muito mais ligada às coisas do coração do que a restrição material. Quero de coração aceso convidar todos vocês para meu evento de lançamento que será dia 06/03 em São Paulo. De toda essa historia sobrou apenas um orgulho doido de ser nordestino, retirante, baiano, filosofo e escritor. MARLON DE ALBUQUERQUE.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Pode me comer.


''Volte amanhã, coma meu corpo, volte quando quiser, mas aborte em minha pele essa missão tristeza''. MARLON DE ALBUQUERQUE.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Botões, alavancas, recursos...


"É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando. Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro. Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente."