Surpresa

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Maneco


A poesia do Manoel de Barros anda para trás,
para longe da loucura do mundo adulto. Para isso ele
não mede palavras:
Preciso de atrapalhar as significâncias. O
despropósito é mais saudável que o solene. Para limpar
as palavras de alguma solenidade - uso bosta. Nasci
para administrar o à-toa, o em vão, o inútil. Prefiro as
máquinas que servem para não funcionar: quando
cheias de areia, de formiga é musgo - elas podem um
dia milagrar de flores. Também as latrinas desprezadas
que servem para ter grilos dentro - elas podem um dia
milagrar violetas. Senhor, eu tenho orgulho do
imprestável.

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