Surpresa

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domingo, 28 de dezembro de 2014

Clarice Lispector


Por onde passo tento deixar o melhor de mim, se ninguém percebe é porque tem o coração fechado''.

sábado, 27 de dezembro de 2014

E você daria?


A Boneca Fashion Happy que vem vestida de "fadinha" , salto alto , asinhas e maquiagem foi o assunto da semana por todo o mundo .
O que ela tem de tão diferente ?
É por essa ninguém podia imaginar , a linda boneca tem uma genitália masculina por de baixo da saia , e isso chocou adultos e crianças .
A boneca é produzida na china e já é vendida na Argentina . Uma mãe ao adquiriu a boneca e viu o órgão genital Masculino na mesma se escandalizou e logo postou um video e uma foto em sua rede social .
Agora você me diz , será que o povo argentino são tão liberais assim que já querem ensinar as crianças desde muito cedo a tolerância ?!
Essa boneca ainda vai dar muito o que falar já que a comunidade transgênero da Argentina se pronunciou dizendo que a infância de muitos teria sido mais fácil se brinquedos como esses existissem quando eram crianças .
A rumores que muitas bonecas do tipo serão lançadas . Vamos esperar para ver .
E você daria essa boneca para sua filha ou filho ?
Marlon

Jacqueline Rodrigues


O GOSTO DO SEXO SEM ROSTO... Sem dúvida uma história de vida, e superação. Um livro fantástico, envolvente do início ao fim,, superando medos, carência e preconceitos... Diego, vítima de uma sociedade hipócrita e mascarada....

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Ana Paula Matos


Parafilias, violência e derramamento de amor, tudo isso costurado no tecido humano chamado Diego. Parabéns escritor por esse livro tão sensível e feliz.
Diego somos todos nós cheios de ingenuidade roubada e inundados de indigências anônimas.

Jessica Silva


Obrigado leitora Jessica Silva pelo carinho imenso com meu trabalho e comigo.
Marlon

Tenda


Meu amigo há uma beleza insondável no verbo ‘’entender’’. Há uma riqueza infinita no conceito sugerido. Entender é entrar na tenda. É penetrar o significado. Eu o entendo à medida que entro na tenda com você. Eu compreendo melhor quando faço o exercício de entrar em seu mundo. Entro para conhecer seus bastidores. Entrar cabe a mim, mas a minha permanência depende de você.
MARLON

domingo, 21 de dezembro de 2014

Pacto


''Não era amor, era um pacto de dor que ela havia feito consigo mesma''.
MARLON

O outro


''O outro que caminha ao nosso lado cheio de feridas no coração nos recorda o que somos e dessa recordação nasce o nosso desprezo, não aprendemos a lidar com esse confronto''.

Não presta


A minha palavra será sempre vitoria da fragilidade,porque ela é capaz de construir um pódio para o perdedor,porque ela é contraria, e porque é contraria ela é capaz de constatar beleza nos restos de gente espalhados por ai.Minha palavra é um pacto irrecusável com o direito de ser precário,inadequado,limitado e medroso. Nela eu reconheço o meu desejo de retornar ao paraíso curar seus habitantes da vergonha e contar a historia de outra forma. Covardia e coragem me define e me absolve pelo desejo de revelar as belezas do mundo a partir do que ''não presta''.
MARLON

O amor sobrevive


''O amante nunca esgota a pessoa amada, porque esse esgotamento é morte pura do amor. O amor não sobrevive do que sabemos e sim do que ainda não sabemos. Esse misto de mistério e sacralidade é o que nos faz eleger o outro como lugar de nossa reinauguração humana''.
MARLON

A volta de Jesus


Jurgen Moltmann, grande teólogo alemão contemporâneo, aprofunda de maneira muito preciosa o conceito de esperança .
Segundo ele, a esperança cristã deve ser sempre operante, porque nos mobiliza a atualizar no tempo a presença do esperado.A preocupação com a volta de Jesus por exemplo não faz o menor sentido se ela não nos encoraja a pelo menos tentar diminuir as dores do mundo''.
MARLON

sábado, 20 de dezembro de 2014

O fim do mistério


Frequentemente sou questionado por leitores, sobre o prostíbulo onde se passa a historia central do meu livro, alguns personagens tiveram nomes modificados a pedido dos mesmos, e a própria casa de prostituição eu mudei o nome, para evitar problemas, mas atendendo a pedidos inúmeros, o mistério acabou O GOSTO DO SEXO SEM ROSTO se passa neste lugar. Master boys o lugar onde Diego ganhava o pão e comia a carne.
MARLON


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Jean Willys


Jean desde que lancei O GOSTO DO SEXO SEM ROSTO a minha vida tem sido marcada por inúmeras alegrias, sem duvida ser lido por você é uma das maiores. Obrigado pelo carinho com meu trabalho e comigo. Você me representa e isso não tem fim.
Grande beijo!
Marlon

Cleuza Costa




Confesso que fiquei com um pouco e vergonha de ler este livro, mas a cada pagina uma ansiedade de ir para a próxima pagina e próxima da próxima. Afinal eu tinha que saber qual seria o fim do Diego, do Alexandre e foi surpreendente.

Vagner Vieira





Boa noite, li seu livro e amei a história o livro e ótimo. Parabéns!
Eu trabalho em uma distribuidora de livros, vi o titulo e a capa e me interessei.
O meu departamento inteiro esta lendo rs.
Mas Diego é bem poético,então isso da uma amenizada na pornografia.
Umas das cenas mais picantes foi quando o Diego fez um programa junto com o Sandro,e a cena dos irmãos gêmeos também.
Sinceramente, muitas são realidades.
Uma das cenas mais chocantes é a que o Michel fala que chupou o próprio pai.
Cara... Sinceramente achei o livro ótimo do começo ao fim.
Não sou muito chegado à leitura, mas esse livro eu li inteiro em três dias.
Amei.
Só achei que deveria ter falado mais sobre a identidade do Alexandre.
Pois é, um livro pornográfico, mas de uma historia muito emocionante.
Parabéns!

Lesbica cristã se mata por medo da rejeição da familia


Elizabeth Lowe, de 14 anos, tinha contado aos amigos mais íntimos que poderia ser lésbica e que estava lutando para conciliar seus sentimentos com a sua própria fé. Ela também estava preocupada com ter que contar a seus pais sobre sua orientação sexual.Um dos colegas de Lizzie contou à polícia que a amiga tinha dúvidas se seus pais aceitariam bem sua orientação sexual. A adolescente também havia falado sobre suicídio com os amigos e já tinha se automutilado no passado, o que chamava de “mecanismo de defesa”. Outro conhecido disse que ela estava “encontrando dificuldade para se conectar com Deus, porque achava que estava mentindo para ele”.




quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Santidade




Não precisa ser homossexual para saber que essa comunidade sofre preconceitos avassaladores por parte da comunidade evangélica, sou a favor da liberdade, seja como for, seja quem for. Antes de ser escrita a primeira linha da bíblia já existia homossexualidade, entre os bichos também ha homossexualidade, o apostolo Paulo era homoafetivo e a teologia esta ai para provar. A teologia também pelo menos uma parte dela que o rei Davi teve um relacionamento homossexual com Jonatas. Jesus em tempo algum jamais disse uma palavra se quer que reprove a pratica homoafetiva. A homossexualidade não é um comportamento aprendido e sim um instinto natural e necessário. 94% dos jovens gays que se matam no Brasil são evangélicos, ou seja, o discurso do ódio sim é algo diabólico, Aconselho aqui quem quiser entender melhor como a ideologia dos evangélicos serve de combustível para assassinatos de homossexuais a assistir o filme ORAÇÕES PARA BOB. Bom, essa é a minha humilde opinião de pesquisador e ser humano, um beijo não fere ninguém porque o mundo esta carente de amor, a homofobia sim fere e MATA cruelmente. Viva as diferenças. Deus, só Deus pode julgar!
A família não é destruída quando um gay revela-se como tal, a família é destruída quando a policia liga na casa dele e diz que ele foi cruelmente assassinado pelo simples fato de ser homoafetivo, ou quando a policia avisa que ele se matou por aceitar a culpa e a autopunição imposta pela sociedade. Sou católico praticante, filosofo poeta, escritor, filho de Deus e a bíblia não me representa, porque sou livre por dentro e não sei viver em gaiolas, mas se ela te representa eu respeito porque sou a favor da DIVERSIDADE, apenas te peço humildemente que não se utilize dela para fazer com que mais sangue seja derramado!
Em minhas vivencias em vários momentos percebi mais santidade na lama do que nos altares, acho que prostitutas travestis e michês e outros que a sociedade empurra para os escombros do mundo tem prioridade no reino de Deus, porque esses sim não possuem vaidade espiritual e porque Deus ama os perseguidos.
Marlon Albuquerque.


Juliana Camillo




Um livro onde o herói sente medo, chora, sofre, sonha, corta as unhas, come goiabada e mente as vezes. Inusitada e corajosa a sua escrita Marlon.Delicia de livro. Indico com muita alegria sua obra Marlon. Amei!
Diego é um herói possivel.


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Raridade


''Você é um espelho que reflete a imagem do senhor, não importa se o mundo ainda não notou, já é o bastante Deus reconhecer o seu valor''.
Anderson Freire

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A nudez de Juliano Cazarré



Filho do escritor infanto-juvenil e jornalista Lourenço Cazarré, vencedor do Prêmio Jabuti de 1998, a família do ator mudou-se para Brasília pouco tempo após seu nascimento.
Formado artes cênicas na Universidade de Brasília (UnB), Juliano entrou no teatro participando de importantes montagens sob direção de Hugo Rodas. Dentro desse contexto, nunca tinha pensado em fazer teatro, nem enveredado por oficinas da área, até o terceiro ano do ensino médio, quando participou de uma feira cultural no colégio Leonardo da Vinci. Avesso às disciplinas exatas, inscreveu-se em artes cênicas por sugestão do pai. Mudou-se para São Paulo em 2007. Juliano estreou na TV em Alice, série que a HBO Brasil começou a exibir em setembro de 2008; era um funcionário de uma financeira que sonhava e conseguiu virar DJ. Foi indicado para o prêmio de melhor ator no Festival de Gramado pelo filme Nome Próprio, em 2007. Em 2008 participou do clipe da música Desabafo do cantor Marcelo D2.
Em 2011 participou de Insensato Coração. Em 2012, viveu o analfabeto Adauto na novela Avenida Brasil, sendo um dos grandes destaques da trama com seu jeito cômico.
Em 2013 atua em Amor à Vida como um dos personagens principais da trama, ao lado de Paola Oliveira e Malvino Salvador.
É sobrinho-neto dos irmãos atores e dubladores Older Cazarré e Olney Cazarré.

Fotografia



Santos ou promotores do Diabo?



A mais diabólica vaidade é a religiosa.Colocar sobre o ódio o manto de santidade é uma atitude perniciosa.Maldades e mais maldades revestidas de sacralidade.Então o mal começa a frequentar o altar que deveria ser lugar de santidade e a armadura religiosa passa a ser disfarce para os maus, um recurso que empresta vestes santas para os promotores do Diabo.
Marlon

Eu choro por tudo e por nada e daí ?


Quando uma criança chora prontamente arrumamos uma forma de faze- lá calar o choro.
Outro dia conversando com uma amiga ela chorou a partida do seu namorado e outro amigo que estava conosco prontamente lhe ofereceu lenços para enxugar as lagrimas e a olhou com olhos de reprovação pelo pranto dispensado. Tenho uma prima que apanhava da mãe quando criança e sempre que a mãe a submetia de sessões cruéis de espancamento a proibia de chorar e se ela não aguentasse e chorasse ela apanhava mais ainda e nessa hora ela experimentava na carne o desejo genuíno de desnascer.
Embora eu seja católico tenho ainda certa dificuldade de entender Jesus na perspectiva de santo, prefiro Jesus como um Deus humano. Outro dia alguém me disse que Jesus também chorava, achei digno, e mais ainda me disseram que Jesus quando ia a um velório ao contrario do que todos pensam ele não ia para consolar as pessoas, mas sim para chorar com os familiares, fiquei emocionado ao saber e para variar chorei por entender que participar do choro é mais nobre que consolar. Se Jesus que era Deus encarnado não abria mão do seu direito de ser frágil porque eu preciso abrir?
Se eu pudesse eu convidaria todos os viventes para chorar as dores do mundo, não aquele choro que promove a amargura, mas aquele choro que nos religa a nossa humanidade esquecida.
Reparando alguns loucos eu percebo que eles são os únicos seres que podem chorar sem motivos e que podem chorar sem a obrigação de da explicação, porque a loucura também é livre.
Outro dia eu vi uma imagem da virgem Maria amamentando o menino Jesus, eu não sei traduzir em palavras o que naquela obra de barro provocava tanta sensibilização em mim, eu só sei que chorei ao ver aquela imagem, não havia nela nada de surpreendente, nada de novo nada de revelador, havia ali apenas beleza, e se existe uma palavra que tem o poder de nos congregar a sacralidade essa palavra é beleza, sim, sim, o belo é Deus.
Se eu pudesse eu libertava todos os corações da ordem macabra de ser forte, de não chorar, porque fui aprendendo pouco a pouco que existem alegrias suicidas e a tristeza pode ser bonita se olharmos para ela de um jeito certo, permitindo que haja em nos através da lagrima rolada uma reconciliação entre nosso ego e o humano em nós. A terra prometida está nas pedras.

MEREPRESENTA.NET

Marlon Albuquerque

Permitido



Em Hong Kong, é permitido à mulher traída matar o marido infiel, desde que use apenas as mãos, sem armas.MARLON

Significar


''Palavras são tão parecidas com pessoas, o sonho delas é significar''. Marlon

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Levanta-te


''Cair é humano, permanecer caído é diabólico . Marlon

BLZ


''Todas as dores do mundo estão gravidas de beleza''Marlon

Por Bill Santos


Além der ser uma narrativa interessante o livro nos obriga a pensar em nossas escolhas e como vamos nos comportar nesse mundo. Além da história do título, ainda tem várias estórias bem interessantes que daria outro livro. Conflitos, brigas, reconciliações, medos, verdades e tantas coisas que é impossível o leitor não se identificar. Posso dizer que é uma das melhores histórias que li nos últimos tempos. E o como seria o final? Depende das escolha que fazemos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Mineirinho



É, suponho que é em mim, como um dos representantes do nós, que devo pro­curar por que está doendo a morte de um facínora. E por que é que mais me adianta contar os treze tiros que mataram Mineirinho do que os seus crimes. Perguntei a minha cozinheira o que pensava sobre o assunto. Vi no seu rosto a pequena convulsão de um conflito, o mal-estar de não entender o que se sente, o de precisar trair sensações contraditórias por não saber como harmonizá-las. Fatos irredutíveis, mas revolta irre­dutível também, a violenta compaixão da revolta. Sentir-se dividido na própria perple­xidade diante de não poder esquecer que Mineirinho era perigoso e já matara demais; e no entanto nós o queríamos vivo. A cozinheira se fechou um pouco, vendo-me talvez como a justiça que se vinga. Com alguma raiva de mim, que estava mexendo na sua alma, respondeu fria: “O que eu sinto não serve para se dizer. Quem não sabe que Mineirinho era criminoso? Mas tenho certeza de que ele se salvou e já entrou no céu”. Respondi-lhe que “mais do que muita gente que não matou”.Por que? No entanto a primeira lei, a que protege corpo e vida insubstituíveis, é a de que não matarás. Ela é a minha maior garantia: assim não me matam, porque eu não quero morrer, e assim não me deixam matar, porque ter matado será a escuridão para mim.
Esta é a lei. Mas há alguma coisa que, se me faz ouvir o primeiro e o segundo tiro com um alívio de segurança, no terceiro me deixa alerta, no quarto desassossegada, o quinto e o sexto me cobrem de vergonha, o sétimo e o oitavo eu ouço com o coração batendo de horror, no nono e no décimo minha boca está trêmula, no décimo primeiro digo em espanto o nome de Deus, no décimo segundo chamo meu irmão. O décimo terceiro tiro me assassina — porque eu sou o outro. Porque eu quero ser o outro.
Essa justiça que vela meu sono, eu a repudio, humilhada por precisar dela. Enquanto isso durmo e falsamente me salvo. Nós, os sonsos essenciais.
Para que minha casa funcione, exijo de mim como primeiro dever que eu seja sonsa, que eu não exerça a minha revolta e o meu amor, guardados. Se eu não for sonsa, minha casa estremece. Eu devo ter esquecido que embaixo da casa está o terreno, o chão onde nova casa poderia ser erguida. Enquanto isso dormimos e falsamente nos salvamos.
Até que treze tiros nos acordam, e com horror digo tarde demais — vinte e oito anos depois que Mineirinho nasceu - que ao homem acuado, que a esse não nos matem. Porque sei que ele é o meu erro. E de uma vida inteira, por Deus, o que se salva às vezes é apenas o erro, e eu sei que não nos salvaremos enquanto nosso erro não nos for precioso. Meu erro é o meu espelho, onde vejo o que em silêncio eu fiz de um homem. Meu erro é o modo como vi a vida se abrir na sua carne e me espantei, e vi a matéria de vida, placenta e sangue, a lama viva.
Em Mineirinho se rebentou o meu modo de viver. Como não amá-lo, se ele viveu até o décimo-terceiro tiro o que eu dormia? Sua assustada violência. Sua violência inocente — não nas conseqüências, mas em si inocente como a de um filho de quem o pai não tomou conta.
Tudo o que nele foi violência é em nós furtivo, e um evita o olhar do outro para não corrermos o risco de nos entendermos. Para que a casa não estre­meça.
A violência rebentada em Mineirinho que só outra mão de homem, a mão da esperança, pousando sobre sua cabeça aturdida e doente, poderia aplacar e fazer com que seus olhos surpreendidos se erguessem e enfim se enchessem de lágrimas. Só depois que um homem é encontrado inerte no chão, sem o gorro e sem os sapatos, vejo que esqueci de lhe ter dito: também eu.
Eu não quero esta casa. Quero uma justiça que tivesse dado chance a uma coisa pura e cheia de desamparo em Mineirinho — essa coisa que move montanhas e é a mesma que o fez gostar “feito doido” de uma mulher, e a mesma que o levou a passar por porta tão estreita que dilacera a nudez; é uma coisa que em nós é tão intensa e límpida como uma grama perigosa de radium, essa coisa é um grão de vida que se for pisado se transforma em algo ameaçador — em amor pisado; essa coisa, que em Mineirinho se tornou punhal, é a mesma que em mim faz com que eu dê água a outro homem, não porque eu tenha água, mas porque, também eu, sei o que é sede; e também eu, que não me perdi, experimentei a perdição.
A justiça prévia, essa não me envergonharia. Já era tempo de, com ironia ou não, sermos mais divinos; se adivinhamos o que seria a bondade de Deus é porque adivinhamos em nós a bondade, aquela que vê o homem antes de ele ser um doente do crime. Continuo, porém, espe­rando que Deus seja o pai, quando sei que um homem pode ser o pai de outro homem.
E continuo a morar na casa fraca. Essa casa, cuja porta protetora eu tranco tão bem, essa casa não resistirá à primeira ventania que fará voar pelos ares uma porta tran­cada. Mas ela está de pé, e Mineirinho viveu por mim a raiva, enquanto eu tive calma.
Foi fuzilado na sua força desorientada, enquanto um deus fabricado no último instante abençoa às pressas a minha maldade organizada e a minha justiça estupidificada: o que sustenta as paredes de minha casa é a certeza de que sempre me justificarei, meus amigos não me justificarão, mas meus inimigos que são os meus cúmplices, esses me cumprimentarão; o que me sustenta é saber que sempre fabricarei um deus à imagem do que eu precisar para dormir tranqüila e que outros furtivamente fingirão que esta­mos todos certos e que nada há a fazer.
Tudo isso, sim, pois somos os sonsos essenciais, baluartes de alguma coisa. E sobretudo procurar não entender.
Porque quem entende desorganiza. Há alguma coisa em nós que desorganizaria tudo — uma coisa que entende. Essa coisa que fica muda diante do homem sem o gorro e sem os sapatos, e para tê-los ele roubou e matou; e fica muda diante do São Jorge de ouro e diamantes. Essa alguma coisa muito séria em mim fica ainda mais séria diante do homem metralhado. Essa alguma coisa é o assassino em mim? Não, é desespero em nós. Feito doidos, nós o conhecemos, a esse homem morto onde a grama de radium se incendiara. Mas só feito doidos, e não como sonsos, o conhecemos. É como doido que entro pela vida que tantas vezes não tem porta, e como doido com­preendo o que é perigoso compreender, e só como doido é que sinto o amor profundo, aquele que se confirma quando vejo que o radium se irradiará de qualquer modo, se não for pela confiança, pela esperança e pelo amor, então miseravelmente pela doente coragem de destruição. Se eu não fosse doido, eu seria oitocentos policiais com oitocentas metralhadoras, e esta seria a minha honorabilidade.
Até que viesse uma justiça um pouco mais doida. Uma que levasse em conta que todos temos que falar por um homem que se desesperou porque neste a fala humana já falhou, ele já é tão mudo que só o bruto grito desarticulado serve de sinalização.
Uma justiça prévia que se lembrasse de que nossa grande luta é a do medo, e que um homem que mata muito é porque teve muito medo. Sobretudo uma justiça que se olhasse a si própria, e que visse que nós todos, lama viva, somos escuros, e por isso nem mesmo a maldade de um homem pode ser entregue à maldade de outro homem: para que este não possa cometer livre e aprovadamente um crime de fuzilamento.
Uma justiça que não se esqueça de que nós todos somos perigosos, e que na hora em que o justiceiro mata, ele não está mais nos protegendo nem querendo eliminar um criminoso, ele está cometendo o seu crime particular, um longamente guardado. Na hora de matar um criminoso - nesse instante está sendo morto um inocente. Não, não é que eu queira o sublime, nem as coisas que foram se tornando as palavras que me fazem dormir tranqüila, mistura de perdão, de caridade vaga, nós que nos refugiamos no abstrato.
O que eu quero é muito mais áspero e mais difícil: quero o terreno.

CLARICE LISPECTOR

Mil vezes diva



Pelo Deus


''Eu juro pelo Deus mais lindo do mundo, o meu desejo nunca foi que todos me amem , o meu desejo é que todos se amem’’.
MARLON

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Paul Verlaine


Não há nada melhor para uma alma do que tornar menos triste outra alma.

Charles Chaplin


Não fique triste quando ninguém notar o que fez de bom.
Afinal, o sol faz um enorme espetáculo ao nascer, e mesmo assim, a maioria de nós continua dormindo.

Marlon


A alegria de saber que você existe faz-me forte para suportar a tristeza de sua ausência.
Eu amo você!

Chico Xavier


Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!

Marlon


Quem sou eu? A alegria de quem me ama, a tristeza de quem me odeia e a ocupação de quem me inveja!

Zygmunt Bauman


"Os governos são vistos como instituições que nunca cumprem suas promessas. É um grave problema. Porque significa que, embora saibamos como criar uma sociedade mais humana – e no momento abandonamos a esperança de poder projetá-la–, a grande pergunta, para a qual não tenho resposta, é quem vai transformá-la em realidade".

Albert Einstein


Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.

Martinho Lutero


A medicina cria pessoas doentes, a matemática pessoas tristes, a filosofia pessoas livres e a teologia, pecadores.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Adriana Vargas


Um livro que investe na trama dos mistérios do amor para dar espaço a um texto vibrante e particularmente contagiante.
No seu livro o amor é colocado à prova e vence preconceitos. Uma mão invisível às vezes, ajuda! Aqueles que não acreditam atribui essa ajuda ao destino, mas os corações sonhadores sabem que uma historia de amor não depende de um fim para ser vitoriosa.
Uma leitura dinâmica, veloz e sedutora, em muitos momentos eu me lembrei de'' A insustentável leveza dos ser''- Milan Kundera, mas o que me fascinou de fato em sua obra foi à presença de um silêncio Lispectoriano, que saltava de suas paginas visitando diretamente meu coração. Fantástico!
Eu realmente precisava ler este livro para aprender a voar, ou aprender a voar de um Jeito diferente, eu particularmente adoro livros que fala de gente, o seu venceu todas as barreiras do humano uma vez que Clarice se deixa seduzir por essa humanidade do começo ao fim, vale ressaltar que seu livro é bem triste, mas eu adoro esse tipo de literatura, tristeza, amor e sexo são meus temas preferidos.
Tem um filosofo que ele diz: AMAR É EMPRESTAR SENTIDO... eu concordo. Eu sempre concordei, mas apenas lendo seu livro é que eu entendi realmente o que isso quer dizer.
Klaus emprestou sentido a Clarice e visse - versa perceber isso foi magico.
A poesia em sua obra funciona como mero anestésico para a dor da personagem e do leitor de descobrir que orgulhos e princípios da vida cotidiana se desintegram com mais facilidade do que um câncer resistente, face à humilhação de estar nas mãos, como cobaia, de uma equipe médica fria e objetiva.
O texto é difícil e exige atenção, pois recorre numerosas vezes à hermenêutica para expor as mudanças e os medos por que passa Clarice diante da proximidade da morte de seu amor. Mas, se resistir, o leitor ganhará mais do que lágrimas no comovente final. Ele terá a certeza de que a literatura ainda tem o poder de mexer com o ser humano, de fazê-lo pensar sobre si, e sobre o ser e sobre o nada.
Seu livro é belo amiga, e isso não tem volta. A sua genialidade esta provada na beleza de suas palavras. . . Eu amei, vou ler outras vezes, vou recomendar para os meus leitores e vou torcer por você e pela sua obra enquanto eu viver. Marlon

Porcaria de texto


Tantas pessoas felizes porque mesmo em fase terminal conseguem beber um pouco de água mesmo que sendo exprimida em um algodão, enquanto tantos adolescentes idiotas ficam depressivos porque os anabolizantes não fizeram o efeito esperado. Tantas mães felizes porque o filho com câncer conseguiu comer uma fatia de melancia, enquanto outras tentam se matar porque o filho é homoafetivo. Tantas madames ricas ficam neuróticas porque a internet esta lenta, enquanto tantas outras estão felizes por da à luz a um filho com síndrome de dawn. Tantos carinhas imersos na idiotização coletiva ficam depressivos porque os boffs dos aplicativos não respondem, enquanto outros estão pulando de alegria porque conseguiu perdoar o pai pelos maus tratos da infância. Tantas pessoas ficam irritadas no restaurante porque a cebola não veio dourada, enquanto tantos estão felizes por ter conseguido comprar um panetone com sabor de goiabada para os filhos. Tantas pessoas infelizes porque o chuveiro elétrico queimou, enquanto outras preferem tomar banho de chuva sem culpas,
Tantas pessoas grudadas nas redes sociais enquanto tantas outras estão precisando de uma palavra amiga.
Tantas pessoas infelizes e depressivas porque não conseguem emagrecer, enquanto tantas outras vivem alegremente tentando superar o vírus HIV.
Tantas pessoas loucas e arrasadas porque não recebem curtidas nas redes sociais, enquanto muitos moradores de rua estão rindo com pureza e alegria porque ganharam um sanduíche de presunto .
Tantas pessoas desequilibradas postando selfies o tempo inteiro, enquanto outras gastam seu tempo visitando velhinhos abandonados em abrigos imundos.
Tantas pessoas lotando academia e esvaziando bibliotecas.
Sinto pena, muita pena, isso tudo é muito triste, o mundo caminha para uma dor emocional insustentável.
Vamos repensar, porque a vida me revela o tempo inteiro que o mundo da voltas, todos sentimos dores na alma e não é a internet e nem os anabolizantes que vão resolver isso, porque não existe felicidade fora da sensibilidade de olhar o outro com um olhar demorado de ternura, amor e acolhimento.
Os bens adquiridos, o corpo sarado e os títulos adquiridos logo, logo vão passar, é só esperar para ver um dia você vai lembrar-se dessa porcaria de texto que acabei de escrever.
Sou um indigente cheio de misérias, mas eu meu coração nunca faltou amor para com negros, gays, gordos, pobres, prostitutas, drogados, Deficientes, travestis, idosos e todos que a sociedade hipócrita insiste em lançar nas periferias da vida , porque tenho certeza de que esses estão mais próximos de Deus do que eu e do que todos que rodam nessa roda idiota, emburrecedora e assassina.
Fumo sem culpa, bebo cachaça, odeio academia, como goiabada todo dia sem pular um e sou muito feliz por isso, porque consigo me reconciliar com meus limites todos os dias. Nunca deixei de derramar luz no sonho alheio por mais absurdo que seja porque o mundo precisa de amor, isso todo mundo repete, mas fica irritado quando o porteiro demora 10 segundos para abrir o portão, esses seres das trevas um dia vão entender pela dor, que verdadeira felicidade esta mais ligada as coisas do coração do que o corpo anabolizado e uma internet super veloz.
Pode discordar se quiser, quando os antidepressivos não fizerem mais efeito vai sobrar apenas poesia ou cemitério.
OBS: Estou em obras.
Metade de mim é amor e a outra não sei dizer!
Vamos juntos explodir uma bomba de amor nesse planeta que insistimos em deixar cada dia mais porco.
Grande beijo a todos!
MARLON

Fica ligado


No dia 09/12/2014 sou o convidado para falar de variações sexuais e afetividades no programa ESTUDIO ABERTO No canal 15 da net e canal 8 da cabonet.As 11h00min da manhã .
Quem não conseguir ver pela televisão pode acessar na hora o www.tvcidade.net.com.br
As 11h00min da manhã serão transmitidas também ao vivo pela internet. Nosso sonho não é ilusão. Contrariando todas as previsões meu livro a cada dia entra no coração de mais pessoas. Tenho recebido inúmeras manifestações de apoio aos meus personagens, tão humanos, tão insanos e apaixonantes, tenho recebido também incontáveis convites de jornalistas, apresentadores e produtores, pessoas que traz alegrias e desperta em meu coração uma gratidão do tamanho do mundo.
Grande beijo principalmente aos meus leitores que pouco a pouco estão transformando o meu livro O GOSTO DO SEXO SEM ROSTO em um grande sucesso.
Convite todos os meus leitores e seguidores para acompanhar a entrevista.
Obrigado mil vezes Euds Ricardo Consoli Polito e Rubi Branco pela oportunidade.
Passei pelo desanimo, por portas fechadas, por preconceitos, pela inveja, mas estou aqui inteiro e cheio de força e esperança, graças a Deus e aos meus leitores.
É o triunfo da sensibilidade sobre o mau gosto do mundo.
Mais uma vez muito obrigado a todos do fundo do meu coração!
Marlon

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Coração, pica, cu e palavras



''Nasci com uma leve e doce inclinação para o insano do mundo, gosto de gente fraca, de bebida pirata, e de ideias marginais. Tenho profundo amor por quem vive na lama, gente feliz é chata demais meu Deus, elas reclamam de tudo, vivem o tempo inteiro grudadas no celular, e na pressa de encontrar não percebem absolutamente nada.
Sou refém de seres ‘’decadentes’’ porque esses já se deram todos os direitos do mundo, inclusive de amar, com o coração, a pica, o cu e as palavras.
Aquilo esta me cheirando mal, é por ali que eu vou. É como se meus pés perdessem a harmonia diante do sol que brilha muito. Já vivi o suficiente para perceber que muitas vezes existe mais santidade na LAMA do que nos altares.
Detesto academia e nunca precisei dela para ser amado, nunca precisei dela para me amar. Adoro goiabada e como todos os dias sem pular um, acho fascinante deixar para amanhã o que posso fazer hoje.
Perdi muitas e muitas guerras por ser forte demais, e ganhei tantas outras por ser frágil e assim vou seguindo na contra mão da vida carregando o peso e a glória de ser quem sou, marcado pelos avessos do mundo.
Sou pessimista convicto, sempre acho que vai da tudo errado, mas sempre, sempre da tudo certo.
O humano em mim nasce de uma ciranda louca entre anjos e demônios. Eu sempre no centro bêbado, chupando dedo, nascendo, nascendo, nascendo. A minha gloria é essa, partir de mim sem nunca ter chegado, depois de cansado de amar regresso ao perverso de mim e me lanço ao mar, fraco bêbado e pirata, totalmente renascido na verdade blindado contra seu farol de luminosidade duvidosa e inundado de ausências’’.Como dizia o poeta talvez o avesso seja meu lado CERTO!
MARLON

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O gosto do sexo sem rosto: capítulos


Festival de picas.
Entrevista: teste do pauzão.
Michê de rua aperta o pau na calça jeans.
Pornografia pesada.
Travesti na cama com Diego.
O cheiro da cueca vermelha.
O prazer do anal é a dor?
Apenas chupei o cu dele.
Chupei meu próprio pau, bebi minha própria porra; confesso, porra de baiano é deliciosa.
Sexo como você nunca viu
Primeiro programa: Diego e Alexandre. Tocar em suas mãos apresentou ao meu coração um sentimento antes desconhecido, mas não sei dizer...
Revelando o inusitado.
Uma pica gigantesca.
O melhor da vida é goiabada.
Gozei na boca e na cara dele.
O avesso dos desejos.
Todo michê foi criança, sentiu medo de fantasmas e chorou no colo da mãe.
Como impressionar o parceiro na cama.
A tolerância é o termômetro da conversão.
O melhor de ser garoto de programa é fazer aviãozinho, dizia Tonny.
É pecado se render aos sentimentos homoafetivos?
Na urgência de um abraço.
Até que ponto somos vítimas do hábito?
O céu de minha infância.
Bissexualidade é o sexo do futuro?
Alexandre: quem é esse homem, afinal?
Avenida Paulista.
Avenida São João.
Diego, Sandro e mais um.
Museu do Ipiranga.
A morte de um sonho é mais triste do que a morte de um homem?
Parque do Carmo.
Alexandre com o juízo preso em minha cueca.
Favônio.
Sua mão é meu abrigo.
Deus, antes de ser de justiça, é de misericórdia. A Bíblia me parece excludente e contraditória.
Como aceitar as descontinuidades?
Avenida Vieira de Carvalho: orgias, drogas e baladas LGBT.
Diego e o suicida.
Comunhão na hora do orgasmo.
Parada LGBT em São Paulo.
A profecia da borboleta marrom.
Ganhando o pão e comendo a carne.
Diego, Deus e diálogos malditamente permitidos.
Matei Deus e saí da gaiola.
Pavor é uma vida sem amor.
Michel volta para o jogo. Mas existe jogo?
Sexo como você nunca viu.
Percebendo os sinais... Mas havia sinais?
A rejeição dói como um câncer aceso no coração de Diego.
Descobrindo meu próprio sol.
Coração de príncipe.

O coração humano como praça publica


Nem sei por que escrever isso, talvez para colocar a minha criança interior na janela para receber um pouco a luz do sol. Parece-me que estamos todos dispersos, insanidade cíclica, lembro-me do pequeno príncipe, ele dizia: tu te tornas eternamente responsável por tudo aqui aquilo que cativas. Devemos ou deveríamos ter uma responsabilidade com tudo aquilo que lançamos dentro do outro, mas eu percebo que as pessoas não estão muito preocupadas com aquilo que elas deixam dentro da gente, elas tomam nosso corpo como se fosse um táxi, e desce logo ali arrumando o cabelo. Elas poderiam deixar poesia, uma musica um punhado de luz, mas elas só deixam lixo afetivo e uma sensação de abandono emocional e uma pergunta que não tem resposta, eles não voltam, eles nunca voltam para consertar o estrago deixado. Como pode um humano usar outro apenas para inflar sua vaidade e sua CRUELDADE? Pois é meu amigo, é jogo, é roda, é jaula, é cativeiro, é gaiola, é labirinto. . . Sua casa é de vidro, mas seu coração é de flor isso basta porque nessa dinâmica de desencontro eu sei, eu sinto que haverá sempre alguém no céu disposto a nós proteger das pedras que vem de fora. O coração humano não pode mais ser tratado como praça publica, onde as pessoas passam e jogam seus lixos e rascunhos de vida. Eles compram afeto, cospem palavras, abortam carinho e vivem sozinhos, mas só pra contrariar vou oferecer ainda mais, a minha ternura, o meu amor e o meu melhor, porque eu quis, eu quero ficar fora da roda, fora da maldade, do egoísmo e da arrogância humana, esta fora não traz alegria, mas traz uma sensação de nobreza, essa nobreza esta totalmente ligada ao meu coração. Sociedade virou um palco onde se celebra internet, baladas, e outras dores todos sofrem, mas ninguém que da o primeiro passo. Ainda continuo sem saber por que estou escrevendo tudo isso, mas uma coisa é certa: a palavra permite travessias e seu chegar a algum lugar eu te aviso meu amigo, e se não gostar do que escrevi, peço desculpas pelo transtorno estou em obras.
Marlon Albuquerque

Caio para sempre


Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta."
Caio Fernando de Abreu

Bebendo mijo


Segundo Freud, a culpa pelo nosso sofrimento não é dos nossos desejos, mas sim das barreiras sociais e religiosas, pois elas nos fazem sublimar aquilo que realmente somos. Nossa natureza é animal, livre, cheia de desejos. Porém, aos tentarmos nos moldar àquilo que é moralmente aceito, nos tornamos seres sociais, artificiais, meros reflexos pálidos de nós mesmos.
E por isso adoecemos. Criamos dentro de nós travas para bloquear nossos desejos, e essas travas nos envenenam, nos entopem, nos intoxicam. Para alcançar a cura, precisamos nos libertar, e aceitar nossos próprios desejos e fetiches! Podemos encontrar uma forma saudável e social de adequarmos nossos desejos ao mundo real, dando vazão àquilo que queremos ser, sem perder de vista, aquilo que somos obrigados a ser. Então, que viva a liberdade.
MARLON

O gosto do sexo sem rosto: apresentação


Amado ou usado? Vítima ou culpado? Um garoto baiano vem para São Paulo para viabilizar um sonho. Vitimado pelas circunstâncias, acaba na cama de homens, mulheres, travestis e casais. E foi justamente por meio do erotismo praticado de todas as formas que Diego conheceu o gosto do sexo sem rosto. Um romance polêmico, fascinante, bombástico e erótico-recreativo com gosto de morte e vida como nunca houve. Em meio a tudo isso Diego encontra Alexandre, que trazia consigo a proposta de um prazer demasiadamente grande. Esse encontro é marcado por uma interrogação: o papel do amor é nos lembrar que o inferno existe?
Mais que uma história de amor, este livro propõe, pela história real de um garoto de programa, uma discussão isenta de fascismos sobre euforia, solidão, hedonismo, compulsão sexual, drogas,
relacionamento aberto, vaidade incesto e depressão pós-sexo dentro da indústria do sexo em São Paulo.
Diálogos afiados e descrições precisas levam o leitor a uma história plena de prazer e emoção, proporcionando o que se espera de um bom livro: diversão.
Sem pieguice, esta obra apresenta uma trama capaz de conduzir o leitor até as últimas páginas sem artifícios mirabolantes.
Ainda sem o maniqueísmo de muitos livros, este de forma equilibrada, dosa cada palavra, permitindo preencher suas páginas com o que existe de melhor na literatura, daí o prazer em disponibilizá-lo para publicação.
Fruto da coragem e ousadia, ele é um texto sensível, forte e picante que tem a missão de provocar. Cada palavra é amparada pelo desejo profano e humano de declarar a morte do pecado.
A confissão categórica de quem comeu, bebeu e viveu a prostituição. Aqui gargalhadas, esperma e lágrimas têm cor, gosto e cheiro. Um retrato explícito de uma realidade sexual latente.
“O gosto do sexo sem rosto” inaugura uma nova e corajosa forma de fazer literatura. Pornografia e subjetividade se encontram e desse duelo nasce à prova irrecusável de que é possível revelar a nudez que nos faz experiênciar sensações antes desconhecidas e seduzir a vida.
Apresento aqui formas de fome sexual que o próprio desejo desconhece, proponho ao leitor conhecer e desafiar os limites do próprio corpo e do próprio tesão, utilizando sempre o pensamento como campo definitivo de atuação.

O verdadeiro amor nasce da inutilidade



Tenho muitos amores e minha mãe certamente é um deles, minha mãe tem um papel fundamental na minha vida porque ela me faz pensar que sou possível. Mas o maior amor da minha vida é minha avó Maria, ele sempre me deixou chorar a vontade, ela nunca abortou minhas lagrimas, ela sempre me acolheu sem perguntar nada, sem questionar, jamais em tempo algum outro amor me completou tanto, ela é sem duvida o único ser humano que conheci e nunca em tempo algum quis roubar o meu direito de ser frágil. Ela esta idosa e frágil, às vezes lucida às vezes não e a cada dia que ela perde um pouco os movimentos emocionais ou físicos eu morro um pouco. Vejo na internet sempre vários grupos, organizado querendo resgatar animais que sofrem maus tratos, vejo grupos sendo solidários aos gays que sofrem violência em casa ou na rua, vejo pessoas indignadas com a violência contra as mulheres e tudo isso acho fantástico e apoio, mas nunca vi um grupo se organizar para resgatar idosos que são abandonados pela família em abrigos imundos pelo simples fato de perderem suas utilidades, a grande maioria dos abrigos para idosos no Brasil é um verdadeiro inferno, eles apanham, ficam dias sem tomar banho, são torturados e experimentam na carne a dor pior desse mundo que é o ABANDONO. já vi campanhas adote um cachorro, adote uma criança com câncer, adote um menino de rua, e tantas outras.Penso que seria linda uma campanha adore um idoso, por que os inúteis também sentem fome de amor e poesia.
O poeta e cantor Carlinhos Brawn disse certa vez que abandonar é um dos piores crimes que um humano pode cometer. Eu concordo totalmente.
A utilidade é um território muitíssimo perigoso, porque nos convida o tempo inteiro a amar apenas o que é útil, o que produz o que soma.
O que mais me da orgulho de ser escritor é que esse oficio, me oferece condições de visitar os contrários da condição humana, escrever me da livre aceso a minha indigência e através dela eu visito a do outro.
Esta semana um amigo me contou que leu em um jornal que uma moça espancou o pai de 75 anos pelo simples fato de ter pedido a ele para pagar algumas contas na internet e ele não conseguiu. A minha alma de criança chorou, a minha alma de idoso quis morrer.
Acredito sim na força de todos nos humanos empenhados em mudar a realidade que nossa vista esta cansada de ver e de tão cansada se acostumou. Preconceito é sempre igual, e racionalizar o fato de que o outro seja ele quem for também sente dor é o jeito mais bonito de ser pessoa.
Já fui fã, admirador e outras coisas mais de Clarice Lispector, hoje sou apenas devoto dela, é uma devoção quase suicida, mas me faz bem. Clarice disse certa vez: ‘‘eu gosto do que não presta pra nada’’. Mergulhar na inutilidade do outro é uma forma interessante de tentar desvendar o mistério de ser quem sou. Se depois de ter diante dos seus olhos um ser inútil você consegue ama-lo, tire a sandálias dos pês e agradeço a Deus, porque sem duvida nesse mundo de almas raquíticas você é um ser sublime, ou especial no sentido mais especial da palavra especial.
Voltando a minha avó Maria ela não presta para mais nada, mas eu não sei viver sem ela. Pouco a pouco ela esta saindo do mundo das utilidades, mas não para entrar no mundo do esquecimento e sim para entrar no mundo dos significados.
Se conhece alguma história de maus tratos com idosos entre em contato conosco, prometo que junto com meus colaboradores faremos o possível a ajuda-lo.
Veja o vídeo é emocionante demais . . .


Obs: essa matéria eu dedico de coração aceso ao meu avô Waldemar Albuquerque, a meu avô João de Deus e a minha vó Maria essa que aprece na foto.
Grande beijo!
merepresenta.net
Marlon Albuquerque.

O gosto do sexo sem rosto: prefácio



Quando criança eu escrevia poemas e histórias infantis e já me via totalmente vitimado pelo desejo de ser escritor. Cresci, virei um homem, deixei muita coisa para trás e permiti que muitos sonhos se perdessem, mas nunca desisti de minha arte (escrever), e sinto que é só por meio dela é que consigo nascer para a vida de meu coração.
Mandei meus poemas para algumas editoras, mas não houve retorno. Em razão disso comecei a pensar na possibilidade de contar para o mundo experiências vivenciadas por garotos de programa em São Paulo.
Comecei meu trabalho de pesquisa nas ruas. Visitei lugares de orgia, conversei com pessoas que tinham participado de uma, conheci pontos alternativos de sexo livre, onde tive a oportunidade de conversar com pessoas no ponto mais alto de seus desejos. Entendi um pouco o sentido do sexo anônimo, ou sem rosto, e conversei com pessoas totalmente dependentes e viciadas em sexo pago. Visitei também baladas em geral, a “boca do lixo” e outros lugares que no decorrer da leitura você terá a oportunidade de saber. Mas cabe ressaltar que dentre todos com quem conversei, um deles me chamou atenção – Diego pois contava-me uma história carregada de suspense, dor e alegria e porque não dizer, magia.
Resolvi então contar a sua história fazendo uma junção com tudo o que eu havia pesquisado, com minha fértil imaginação e colocando também punhados de minha ideologia. Após inúmeros encontros para a extração de mais informações, Diego, que já havia se tornado meu amigo, colocou em minhas mãos todas as suas anotações secretas e proibidas sobre a comercialização de seu próprio corpo e sentimentos. Comecei então a escrever uma história chocante, e por contar em um livro acontecimentos tão inacreditáveis ou indizíveis, senti medo do julgamento social, do ódio ou de perder o amor das pessoas.
A junção das anotações, a organização do roteiro e a construção do livro, de forma geral, foram tranquilas, pois sou filósofo e isso me garante um domínio razoável da escrita. Eu até ri muitas vezes, mas ao final do livro, que levei três anos para concluir, resolvi ler a minha obra e chorei muito, chorei e me perguntei mil vezes como Diego pôde viver tudo aquilo sem enlouquecer?
Venci o medo, a vergonha e o desânimo. Em nome de minha arte, quero explodir uma bomba de amor no coração das pessoas; se por acaso dentro de você não houver espaço para esta notícia se acomodar não tem importância; de qualquer forma, cumpro meu papel de promover um encontro entre você e sua arma mais poderosa: a reflexão.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Forma ideal


Os alimentos que emagrecem são alimentos com poucas calorias ou que possuem algum ingrediente que pode ajudar a emagrecer, como os morangos, pepinos, aveia ou maçã, que além de possuírem poucas calorias, são ricos em substâncias que ajudam a reduzir o apetite e aumentam o metabolismo.

Outra característica de alguns alimentos que emagrecem é pertencerem ao grupo dos alimentos que contêm tão poucas calorias que o organismo gasta mais calorias para digerir o alimento do que as calorias que o alimento fornece.
Alimentos que aceleram o metabolismo

Água gelada: beber 8 copos ao dia pode queimar, aproximadamente, 100 calorias
Pimenta vermelha e gengibre: aumentam o metabolismo em até 20%
Canela: tira a fome
Chá verde: favorece a queima de gorduras localizadas
Óleo de coco: sacia e pode acelerar o emagrecimento em até 7 vezes
Estes alimentos são considerados termogênicos e ajudam a emagrecer, mas, para atingir este objetivo, devem ser consumidos em pouca quantidade, todos os dias.

*Alimentos que possuem poucas calorias

Espargo, brócolis, cenoura, couve-flor, repolho, alface
Cebola, espinafre, nabo, pepino, pimenta vermelha, abobrinha
Chicória, aipo, berinjela,
Toranja , limão, mprango, goiaba, mamão papaia, pêssego, melão, tangerina, melancia, tangerina, framboesa, amora preta e ameixa.
Esses alimentos possuem poucas calorias e o organismo gasta mais calorias na sua digestão. E, por isso, são ótimos para quem deseja emagrecer. Porém, eles não devem ser consumidos de forma exclusiva, e sim, acompanhada de uma regime alimentar variado.

Além de consumir os alimentos que emagrecem, para um emagrecimento saudável, é importante manter o metabolismo acelerado fazendo de 5 a 6 refeições por dia, em pequena quantidade, comendo devagar.
A prática regular de exercícios físicos são de extrema importância para se conseguir emagrecer e manter o peso sob controle.

MARLON


Pensa


Inteligência é o maior afrodisíaco que um homem pode oferecer.Acho que poucas coisas nesta vida são mais eróticas e provocantes do que a inteligência.
Marlon