Surpresa

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quinta-feira, 29 de maio de 2014

LGBT



A maioria dos países do mundo condena o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas essa é uma prática que está mudando consideravalmente ano a ano. Desde 2011, 14 países já permitiram o casamento homossexual, entre eles a Argentina, o Canadá, Portugal, Espanha, Suécia, Uruguai e, recentemente, a França. No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu no ano passado a união estável entre casais do mesmo sexo. Na prática, isso significa que os mesmos direitos concedidos a casais heterossexuais, como pensões, aposentadorias, inclusão em planos de saúde e heranças, também valem para os homossexuais.
Mas a luta pelos direitos homossexuais está longe de acabar. Casos de violência motivada por homofobia ainda são constantes em todo o mundo. Em 2011, no Brasil, foram ao todo 278 assassinatos relacionados à homofobia, sem contar a ocorrência de 6.809 denúncias de violações aos direitos humanos de homossexuais de acordo com dados da Secretaria de Direitos Humanos. Um relatório da ONU divulgado no ano passado pede oficialmente que os governos de todo o mundo protejam gays, lésbicas, bissexuais e transexuais.





Perdoar é um erro




Perdoar é tão injusto muitas vezes, as vezes a vingança é o único caminho para uma alma perdida encontrar a luz.A misericórdia também corrompe!
MARLON

Câncer


''O abandono afetivo é um câncer social. A palavra amor esta vazia porque ninguem quer morar dentro dela.''
MARLON.

Claricinha mil vezes diva



Queria saber: depois que se é feliz o que acontece? O que vem depois?
-Clarice Lispector

Jesus


Se Jesus voltasse lutando pelas minorias como fez anteriormente seria mais uma vez crucificado pelos seus próprios seguidores !
Marlon

Filosofia


“O problema crucial é o seguinte: a filosofia aspira à verdade total, que o mundo não quer.”
―Karl Jasperss

Filosofia


O professor em dias de hoje, principalmente o professor de filosofia tem uma incrível batalha a desempenhar. Alem de ter de conseguir trazer a tenção do aluno para as aulas, é também responsável pelo desenvolvimento pessoal dos mesmos, uma vez que a filosofia tem como objetivo principal tornar o homem pessoa de fato.Todos os dias somos gentilmente seduzidos pela possibilidade de não pensar,essa proposta perversa nos é feita pela mídia,pela sociedade, até mesmo pelos professores, que muita vezes nos torna especialistas em bibliografia filosófica sem jamais nos tornar filósofos.
A ação puramente pratica instrumentaliza a razão, contando apenas com recursos mecânicos e buscando a eficácia técnica.
Penso que o maior desafio dos professores de filosofia será o exercício diário de propor aos alunos o desafio de ser pessoa.
Marlon

Me entende



Me entende, eu não quis, eu não quero, eu sofro, eu tenho medo, me dá a tua mão, entende, por favor. Eu tenho medo, merda!Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto.
Caio F Abreu

Vamos amar


''Vamos amar o próximo. Pois o anterior agente sabe que não deu certo''.
Marlon

Cazuza


"Alguém entra na sua vida, rouba seu tempo, destrói sua confiança, agride sua auto-estima, estilhaça o pouco que resta da sua esperança no amor. E sai ileso. Não adianta desperdiçar sofrimento por quem não merece. É como escrever poemas em papel higiênico e limpar o cu com os sentimentos mais nobres." (Cazuza)

Nota de falecimento



Morre em São Paulo uma grande estrela da noite paulistana. Maria do Bairro.
Os contratantes de shows da noite descartam como lixo os artistas, idosos, fora de forma ou doentes.
O publico LGBT que tantas vezes riu com ela, não chorou com ela no pior momento. A nossa estrela morreu longe dos palcos e dos aplausos do ‘’seu’’ publico.
No enterro de Maria só havia duas pessoas, o coveiro e seu namorado. Isso tudo é muito triste!
Marlon

terça-feira, 27 de maio de 2014

A cada dia uma nova alegria


Prezado Marlon de Albuquerque,



Há uns meses, numa banca de um shopping de São Paulo, a capa do seu livro “O Gosto do Sexo sem Rosto” chamou a minha atenção. E comprei-o.Tenho esta paixão compulsiva pela leitura e, infelizmente, por falta de tempo, não consigo ler tão rápido quanto adquiro livros, pelo que o resultado são duas filas de espera crescentes (uma aqui no Brasil, outra em Portugal) .
E assim ficou o seu livro, na tal pilha, esperando a sua vez (que chegou na passada quinta-feira).
Já há algum tempo que não lia um livro tão rapidamente como devorei o “O Gosto do Sexo sem Rosto”. Apesar de violentíssima, achei a história doce e recheada de amor; apesar de pesada, achei-a escrita com uma leveza e finura poéticas.
Por isso, envio-lhe este email (que espero chegar ao seu destinatário): primeiro, para lhe dar os parabéns pela forma como escreveu a história e, ainda, como a foi polvilhando com reflexões tão necessárias, que levam a conclusões infelizmente não tão óbvias para a grande maioria das pessoas; em segundo lugar, para desejar ao Diego que, se não conseguiu realizar o seu sonho de ser piloto de aviões, pelo menos que não se esqueça da poesia (o mundo cinzento dos dias que correm precisa, cada vez mais, de poetas…) e que jamais perca o seu lindo e doce coração, seguramente com sabor a goiabada…
Seja o Diego fictício ou real (ou algo entre as duas fases), peço-lhe um favor: da próxima vez que o vir, dê-lhe um abraço meu, prolongado. E diga-lhe que enriqueceu a vida de mais uma pessoa – a minha. Enriquecer a vida de alguém é a melhor referência para se colocar num currículo…
Jorge Serrano- Leitor.

Domingo



''Domingo tedio, goiabada acabou, saudade doce, saudade AMARGA, alegria dificil, net ruim, sobrou apenas o café e o cigarro, mas eu queria mesmo outra coisa mas ainda não sei o nome dela''.
Marlon de Albuquerque

Perigo



‘’As pessoas que reconhece o erro com muita facilidade, que chora com facilidade, que pede perdão com facilidade são as mais PERIGOSAS do mundo’’.
Marlon.

Meu livro



Quando terminei de ler "O gosto do sexo sem rosto" definitivamente me senti mais humano, o livro aborda questões delicadas da vida de um garoto de programa e eu não imaginava que eu pudesse me identificar tanto. O livro traz uma suavidade na filosofia de uma forma tão real e natural que é impossível não se emocionar.
Michael Josh- leitor.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Nicolly Navarro





Transexualidade é a condição considerada pela OMS como um tipo de transtorno de identidade de gênero, mas pode ser considerada apenas um extremo do espectro de transtorno de identidade de gênero. Refere-se à condição do indivíduo que possui uma identidade de gênero diferente da designada ao nascimento, tendo o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto. Usualmente, os homens e as mulheres transexuais apresentam uma sensação de desconforto ou impropriedade de seu próprio sexo anatômico e desejam fazer uma transição de seu sexo de nascimento para o sexo oposto (sexo-alvo) com alguma ajuda médica (terapia de reatribuição de gênero) para seu corpo. A explicação estereotipada é de "uma mulher presa em um corpo masculino" ou vice-versa, ainda que muitos membros da comunidade transexual, assim como pessoas de fora da comunidade, rejeitem esta formulação.
Na França, deixou de ser considerada como transtorno mental em 2010 e foi o primeiro país a tomar esta decisão.
Marlon.



Aqui e AGORA



Esta semana em uma entrevista me pediram para eu me definir, eu não soube dizer nada, eu não sei muito sobre isso, mas vou tentar fazer AQUI e AGORA.
Existem ‘’amigos’’ que tem o dom de promover a nossa falência humana e eles ainda acham que o jeito de ser deles é o mais certo do mundo. Tem gente que tem o dom de alojar dentro de si o mau gosto do mundo. Adoro minhas magoas, tirei todas elas da condição de defeito e as coloquei na condição de enfeites.
Tenho plena consciência de que meu desejo muitas vezes foi assunto no inferno, mas sei que meu desejo também muitas vezes já foi assunto no céu, dois em um, dois em mim.
Estou começando a olhar devagar para mim. Esse olhar demorado revela-me tantas coisas. Estou adorando. Estou deixando de ser retirante, poeta, homem para ser apenas pessoa. Eu sou misérias e riquezas e nesse imperativo ético eu sofro na carne o mistério de ser quem sou. Tenho um lado bem normal, como goiabada, faço kung fu, bato punheta, vou à missa. No sexo vou do branco ao preto, passo por todos os tons de cinza, porque para mim chifre é como anemia, só tem quem come mal.
Percebo pouco a pouco que o que me define de fato como pessoa, não é o que sei dizer sobre mim, más o que eu não sei. Acho que sou um bom amigo porque sei ouvir até o que não foi dito, a minha completude é composta muito mais de silencio do que de palavras. Por tudo isso ultimamente só tenho conseguido amar as pessoas que me trazem um jeito novo de interpretar o que sou. Em contra partida existe seres humanos que consegue me reinaugurar apenas com um olhar. Uma coisa é certa: quem nos ama nos protege das dores do mundo e quando não consegue nos ajuda a fazer a alquimia da dor.
Hoje é dia de reinauguração, resolvi colocar novas luzes na vitrine de minha alma e nela não terá figurantes, apenas pessoas empenhadas há melhorar um pouco que seja o edifício do meu EU, porque a obra continua. Vou ficando por aqui antes que aconteça um acidente e minha visibilidade seja atropelada pela lágrima rolada.
MARLON DE ALBUQUERQUE.

Lacan


"Lacan tem aquela frase extraordinária que cito muitas vezes: «O amor é darmos uma coisa que não temos a alguém que não precisa dela». O mesmo Lacan também explicitou que amamos no outro precisamente aquilo que ele não tem. E o outro fica fascinado com esse objeto de fascínio que é aquilo que imaginamos nele. O que o outro deseja não é aquilo que lhe podemos dar, mas aquilo que imaginamos nele. E que de fato não existe."
Marlon.

Personagem do meu livro


Muito bom o livro. Fui garoto de programa e sou um dos personagens desse livro revelador ''TONNY” li e recomendo o livro intrigante e prende-nos ate a ultima pagina muitas coisas que na real aconteceram histórias em São Paulo que nos bastidores, só quem viveu sabe o que se passou.
Parabéns pela iniciativa Marlon de Albuquerque um filosofo inteligente que soube colocar as histórias num texto maravilhoso e bom de ler.
Jafet de Paula

...


"E eu descobri que não são os amores felizes que mexem o mundo, mas sim, os contrariados."

Ele pode


"Ele pode estar olhando as suas fotos.Neste exato momento . Porque não ? Passou-se muito tempo . Detalhes se perderam . E daí ? Pode ser que ele faça todas as coisas que você faz. Escondida . Sem deixar rastro nem pistas. Talvez ele passe a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram seus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E ainda assim preferir o silêncio. Ele pode reler seus bilhetes, procurar o seu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as suas músicas, procurar a sua voz em outras vozes. Quem nos faz falta acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez ele perceba que você faz falta e diferença. De alguma forma, numa noite fria. Você não sabe."
Caio Fernando de Abreu

Um amigo


''Um amigo me chamou pra cuidar da dor dele, guardei a minha no bolso e fui''.Quando voltei a minha havia desaparecido.
Caio F. Abreu.

94%


Não precisa ser homossexual para saber que essa comunidade sofre preconceitos avassaladores por parte da comunidade evangélica, sou a favor da liberdade, seja como for, seja quem for. Antes de ser escrita a primeira linha da bíblia já existia homossexualidade, entre os bichos também ha homossexualidade, o apostolo Paulo era homoafetivo e a teologia esta ai para provar. Jesus em tempo algum jamais disse uma palavra se quer que reprove a pratica homoafetiva. A homossexualidade não é um comportamento aprendido e sim um instinto natural e necessário. 94% dos jovens gays que se matam no Brasil são evangélicos, ou seja, o discurso do ódio sim é algo diabólico, Aconselho aqui quem quiser entender melhor como a ideologia dos evangélicos serve de combustível para assassinatos de homossexuais a assistir o filme ORAÇÕES PARA BOB. Bom essa é a minha humilde opinião de pesquisador e ser humano, um beijo não fere ninguém porque o mundo esta carente de amor, a homofobia sim fere e MATA cruelmente. Viva as diferenças. Deus, só Deus pode julgar!
Marlon Albuquerque.

Bíblia


Porque que as pessoas que seguem a bíblia são tão maléficas, arrogantes, perversas racistas e homofobicas? A bíblia é uma gaiola, por causa dela e em nome dela muito sangue foi derramado. Deus é maior!
Marlon.

Carta de um leitor


O Gosto gostoso é realmente ler esse livro
Impossível parar de ler
A historia mega intrigante !!
A realidade da vida de muitas pessoas que vem pra são paulo e passam realmente Por isso .
Entre varias historias que conheço ,parecidas como a de Diego !!
um romance cheio de trajetórias e erotismo.
Critico com a realidade de nossos tempos ! Com a Observação e Ótima colocação do grande Marlon Albuquerque .
Leitor Nenno Mello Lisboa, obrigado por esse depoimento!.

C.F


"... Já coloquei a música que me fazia mal e fechei os olhos, lembrando de tudo que estava me corroendo, só pra chorar, na esperança de tudo aquilo passar..."
Caio F Abreu

Súmula



Festival de picas.
Entrevista: teste do pauzão.
Michê de rua aperta o pau na calça jeans.
Pornografia pesada.
Travesti na cama com Diego.
O cheiro da cueca vermelha.
O prazer do anal é a dor?
Apenas chupei o cu dele.
Chupei meu próprio pau, bebi minha própria porra; confesso, porra de baiano é deliciosa.
Sexo como você nunca viu
Primeiro programa: Diego e Alexandre. Tocar em suas mãos apresentou ao meu coração um sentimento antes desconhecido, mas não sei dizer...
Revelando o inusitado.
Uma pica gigantesca.
O melhor da vida é goiabada.
Gozei na boca e na cara dele.
O avesso dos desejos.
Todo michê foi criança, sentiu medo de fantasmas e chorou no colo da mãe.
Como impressionar o parceiro na cama.
A tolerância é o termômetro da conversão.
O melhor de ser garoto de programa é fazer aviãozinho, dizia Tonny.
É pecado se render aos sentimentos homoafetivos?
Na urgência de um abraço.
Até que ponto somos vítimas do hábito?
O céu de minha infância.
Bissexualidade é o sexo do futuro?
Alexandre: quem é esse homem, afinal?
Avenida Paulista.
Avenida São João.
Diego, Sandro e mais um.
Museu do Ipiranga.
A morte de um sonho é mais triste do que a morte de um homem?
Parque do Carmo.
Alexandre com o juízo preso em minha cueca.
Favônio.
Sua mão é meu abrigo.
Deus, antes de ser de justiça, é de misericórdia. A Bíblia me parece excludente e contraditória.
Como aceitar as descontinuidades?
Avenida Vieira de Carvalho: orgias, drogas e baladas LGBT.
Diego e o suicida.
Comunhão na hora do orgasmo.
Parada LGBT em São Paulo.
A profecia da borboleta marrom.
Ganhando o pão e comendo a carne.
Diego, Deus e diálogos malditamente permitidos.
Matei Deus e saí da gaiola.
Pavor é uma vida sem amor.
Michel volta para o jogo. Mas existe jogo?
Sexo como você nunca viu.
Percebendo os sinais... Mas havia sinais?
A rejeição dói como um câncer aceso no coração de Diego.
Descobrindo meu próprio sol.
Coração de príncipe.

Francisco


''Qualquer pessoa pode emitir sua opinião, mas ninguém pode interferir na vida pessoal de gays e lesbicas, porque Deus ama os perseguidos''.
Papa Francisco.

Orgasmo


‘’Comunguei em seu orgasmo, bebi sua saliva e pude encontrar o Deus não em ti, mas em mim. Não era amor, era melhor’’.
Marlon Albuquerque.

CU


''Uma da coias mais deliciosas desse mundo é aquilo que só pode ser fabricado pelo cu: ovo''.
MaRLON Albuquerque.

O gosto do sexo sem rosto


Falando sério
É bem melhor você parar com essas coisas
De olhar pra mim com olhos de promessas
Depois sorrir como quem nada quer

Você não sabe
Mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez
E tenho medo de fazer planos
De tentar e sofrer outra vez

Falando sério
Eu não queria ter você por um programa
E apenas ser mais um em sua cama
Por uma noite apenas e nada mais

Falando sério
Entre nós dois tinha que haver mais sentimento
Não quero seu amor por um momento
E ter a vida inteira pra me arrepender
Roberto Carlos.
OBS:quando meu livro virar filme essa musica será o tema.

domingo, 25 de maio de 2014

Feliz dia dos namorados



''Estar solteiro no dia dos namorados é o mesmo que estar vivo no dia de finados. Você não participa das comemorações, mas talvez, esteja bem melhor que os homenageados''.
Marlon Albuquerque.

C.F


"De repente ouvi teu nome, e quase que imediatamente te procurei à minha volta. Não te encontrei, mas me dei conta de que eu estava sorrindo..."

(Caio F Abreu)

Morde que eu gosto


''Sem mordidas violentas nenhum amor sobrevive''.
Nelson Rodrigues.

Por Edineia Santos




Bom fui convidada para o lançamento do livro O gosto do sexo sem rosto, no mesmo dia adquiri o livro, quando comecei a ler de cara já gostei, pois o livro aborda esse assunto de prostituição masculina que a sociedade gosta muito de camuflar, mas além disso me identifiquei muito com o personagem principal o Diego, pois percebi a medida que eu ia lendo de como as pessoas que veem de outro estados sofrem tanto com a discriminação aqui no estado de são Paulo.
A impressão que se tem é que os paulistas se acham superiores as demais pessoas, tenho certeza que tudo que o Diego se submeteu a fazer foi puro e simplesmente pelo preconceito que sofreu aqui por ser baiano.
quero que saibam, o livro O gosto do sexo sem rosto é um ótimo livro, nos abre os olhos para várias coisas e realidades que a sociedade faz tanta questão de mascarar.

Remar


"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar."
Caio Fernando De Abreu

MEU BEM


Essa tontura que você está sentindo não é porre, não. É vertigem do pecado, meu bem, tontura do veneno.
C.F.Abreu.

SÚMULA



Festival de picas.
Entrevista: teste do pauzão.
Michê de rua aperta o pau na calça jeans.
Pornografia pesada.
Travesti na cama com Diego.
O cheiro da cueca vermelha.
O prazer do anal é a dor?
Apenas chupei o cu dele.
Chupei meu próprio pau, bebi minha própria porra; confesso, porra de baiano é deliciosa.
Sexo como você nunca viu
Primeiro programa: Diego e Alexandre. Tocar em suas mãos apresentou ao meu coração um sentimento antes desconhecido, mas não sei dizer...
Revelando o inusitado.
Uma pica gigantesca.
O melhor da vida é goiabada.
Gozei na boca e na cara dele.
O avesso dos desejos.
Todo michê foi criança, sentiu medo de fantasmas e chorou no colo da mãe.
Como impressionar o parceiro na cama.
A tolerância é o termômetro da conversão.
O melhor de ser garoto de programa é fazer aviãozinho, dizia Tonny.
É pecado se render aos sentimentos homoafetivos?
Na urgência de um abraço.
Até que ponto somos vítimas do hábito?
O céu de minha infância.
Bissexualidade é o sexo do futuro?
Alexandre: quem é esse homem, afinal?
Avenida Paulista.
Avenida São João.
Diego, Sandro e mais um.
Museu do Ipiranga.
A morte de um sonho é mais triste do que a morte de um homem?
Parque do Carmo.
Alexandre com o juízo preso em minha cueca.
Favônio.
Sua mão é meu abrigo.
Deus, antes de ser de justiça, é de misericórdia. A Bíblia me parece excludente e contraditória.
Como aceitar as descontinuidades?
Avenida Vieira de Carvalho: orgias, drogas e baladas LGBT.
Diego e o suicida.
Comunhão na hora do orgasmo.
Parada LGBT em São Paulo.
A profecia da borboleta marrom.
Ganhando o pão e comendo a carne.
Diego, Deus e diálogos malditamente permitidos.
Matei Deus e saí da gaiola.
Pavor é uma vida sem amor.
Michel volta para o jogo. Mas existe jogo?
Sexo como você nunca viu.
Percebendo os sinais... Mas havia sinais?
A rejeição dói como um câncer aceso no coração de Diego.
Descobrindo meu próprio sol.
Coração de príncipe.

Meu papel


Meu coração meio FLOR meio de AÇO, vai achando seu compasso e vai cumprindo aos poucos seu papel . . .

Sem vergonha


> Por que um garoto vira michê?
> A profissão é de “vida fácil”?
> O que buscam os clientes
> Os riscos de se contratar um scort
> Preconceito, homofobia e violência
> Histórias curiosas
> Saúde e sexualidade
> Locais de trabalho: ruas, cinemas, saunas… e muito mais!
Tire todas as suas dúvidas e debata, sem medo, sem segredos e sem vergonha!

Por JOHN FELIX




O nome já diz um “bocado” do que se trata o livro. E foi assim que achei meu desafio.
Desafio completo porque, além de ser um livro erótico, ele é (acredito eu) destinado ao publico GLBT. . .
-Mas acho que ele não deveria ser rotulado por isso, porque mesmo sendo, para mim ele se adapta para todos os tipos de leitores.
O livro fala sobre o sonho (Americano?). Não! -Ele fala sobre o sonho paulista!
O sonho que muitas pessoas têm de que vindo para a cidade grande, os sonhos vão acontecer, a vida vai melhorar, talvez as coisas sejam diferente.
E o livro aborda suavemente essa questão, tudo começa quando um garoto inocente chamado Diego, tem seu sonho interrompido em contrate com a dura realidade. E acaba caindo no mundo da prostituição.
Eu poderia ficar falando sobre o choque do feio e bonito desse universo. Ou sobre o choque que tive com a realidade posta no livro.
Realidade mesmo! Marlon deu um show ao não poupar gírias, e detalhes nas descrições de sexo (com tudo que é gente) que aconteceu durante toda a leitura.
O livro é tão, magicamente realista e surreal que realmente mexeu com minha mente.
Teve pontos positivos e pouquíssimos negativos. E teve ate mesmo aqueles pontos que eu não sei dizer se são bons ou ruins.
O livro não é dividido por capítulos. Isso de inicio pareceu uma coisa ruim, mas quando percebi já estava na metade do livro, achando que ainda estava no prólogo.
Fora as marcações que fiz no decorrer da leitura no livro.
Frases marcantes e que realmente me fez pensar em algumas coisas, que acontece na vida, e que com a correria do dia a dia deixamos de notar seu brilho especial.
De um todo o livro é ótimo, porem muito realista.
-Mas quem disse que o feio, não é bonito???
No final eu apenas tenho que agradecer ao Marlon Albuquerque por essa incrível, assustadora, angustiante, e deliciosa leitura.
Agora eu sei qual é O Gosto Do Sexo Sem Rosto!

Mente


Mente pra mim, a verdade de hoje é vazia, mente pra mim e devolve a minha alegria.

Marlon Albuquerque

Acidente


''Visibilidade atropelada pela lágrima rolada''
Marlon.

Nelson Rodrigues


Sem paixão não dá nem pra chupar uma pica.
Nelson Rodrigues

Obrigado


Chega um momento em nossa vida que passamos a dar mais valor aos nossos sonhos, e percebemos que existem pessoas pequenas de mais para nos acompanhar nessa jornada, e por mais dolorosa que seja a renuncia ela se faz necessária, para que uma nova historia seja iniciada. Dar amor, transbordar amor não faz de ninguém um coitado, muito menos infantil, ou equivocado, o amor só se apresenta pra quem esta pronto para senti-lo e obviamente dá-lo, e no final das contas, o ser humano sempre na busca por felicidade esquece que ela vive bem do seu lado, em cada detalhe em cada sorriso em cada vento fresco no rosto, em um desabrochar a vida, em um abraço afetuoso, em uma palavra amiga, carinhosa, desprovida de intenções, ser feliz é ser apaixonante, e ser apaixonante é algo complexo e cheio de magia, é ser sempre um poço fundo onde a cada instante pode se encontrar um novo sonho uma nova oportunidade, é saber ver nas coisas a simplicidade, e acima de tudo para ser apaixonante precisamos ser apaixonados por nós mesmos.

essa foi uma breve descrição do livro, gostei muito!
Jean Pierry - São Paulo.

C. F


''Soltei o mundo para segurar apenas sua mão''.
Caio F.Abreu

Leitor


A cada pagina eu leitor escorrego um pouco mais surpreso e encantado com a precisão das palavras e a beleza triste da historia, todos somos Diego estrangeiros, sozinhos e sonhadores.
A cada pagina eu Robson emudeço, te encontro escritor em cada poesia, alguma coisa muda em mim, mas não sei dizer.
Parabéns escritor por sua obra, e a você Diego meu eterno carinho. Obrigado por ter mostrado a alma o SEXO e o rosto.
Robson Marques-Leitor.

Adoro


''Adoro seu jeito, adoro seu olhar de quem não sabe ser feliz direito''
MARLON

O melhor presente do mundo


''O melhor presente que um homem pode dar a uma mulher , é uma pica bem dura"
Jorge Amado

Obrigado leitores



Prezado Autor,
Fizemos caminhos contrários. Vim para a Bahia (Ilhéus) já faz seis anos. Um concurso na universidade estadual me trouxe para o sul da Bahia. Sou do Sul, porém morei muitos anos em São Paulo. Onde fiz um doutorado em antropologia. Andarilhava com um amigo pelo shopping e me deparei com seu livro "O Gosto do Sexo sem Rosto". Fiquei interessado e esse amigo resolveu me presentear. Só o abri aqui em Ilhéus. E me deparei com algo especial. Li seu livro de chofre. No final me peguei chorando com a trajetória desse rapaz. Sou antropólogo. Pesquiso violência sexual e "performance love". Minha intenção é parabenizá-lo por seu livro. Lembro que quando cheguei em São Paulo tive muitas dificuldades. Até encontrar um local para morar foi muito difícil. Sem bolsa. Conheci muito as ruas noturnas em São Paulo. E quando estamos na rua tantas ideias passam pela nossa cabeça. Medo e coragem ficam de mãos dadas. E é necessário uma tremenda força para perseverar. Justamente a que você imprimiu em Diego. Chorei pra caramba .
Parabens.
Leitor, Wladimir Blos.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Eu



Esta semana em uma entrevista me pediram para eu me definir, eu não soube dizer nada, eu não sei muito sobre isso, mas vou tentar fazer AQUI e AGORA.
Existem ‘’amigos’’ que tem o dom de promover a nossa falência humana e eles ainda acham que o jeito de ser deles é o mais certo do mundo. Tem gente que tem o dom de alojar dentro de si o mau gosto do mundo. Adoro minhas magoas, tirei todas elas da condição de defeito e as coloquei na condição de enfeites.
Tenho plena consciência de que meu desejo muitas vezes foi assunto no inferno, mas sei que meu desejo também muitas vezes já foi assunto no céu, dois em um, dois em mim.
Estou começando a olhar devagar para mim. Esse olhar demorado revela-me tantas coisas. Estou adorando. Estou deixando de ser retirante, poeta, homem para ser apenas pessoa. Eu sou misérias e riquezas e nesse imperativo ético eu sofro na carne o mistério de ser quem sou. Tenho um lado bem normal, como goiabada, faço kung fu, bato punheta, vou à missa. No sexo vou do branco ao preto, passo por todos os tons de cinza, porque para mim chifre é como anemia, só tem quem come mal.
Percebo pouco a pouco que o que me define de fato como pessoa, não é o que sei dizer sobre mim, más o que eu não sei. Acho que sou um bom amigo porque sei ouvir até o que não foi dito, a minha completude é composta muito mais de silencio do que de palavras. Por tudo isso ultimamente só tenho conseguido amar as pessoas que me trazem um jeito novo de interpretar o que sou. Em contra partida existe seres humanos que consegue me reinaugurar apenas com um olhar. Uma coisa é certa: quem nos ama nos protege das dores do mundo e quando não consegue nos ajuda a fazer a alquimia da dor.
Hoje é dia de reinauguração, resolvi colocar novas luzes na vitrine de minha alma e nela não terá figurantes, apenas pessoas empenhadas há melhorar um pouco que seja o edifício do meu EU, porque a obra continua. Vou ficando por aqui antes que aconteça um acidente e minha visibilidade seja atropelada pela lágrima rolada.
MARLON DE ALBUQUERQUE.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

É a vida


A parte que o pai do Michel goza na boca dele não precisava ser contada. Algumas páginas foram complicadíssimas de ler e eu quase não consegui em vários momentos. Tive muita, muita vontade de desistir, mas me forçava a lembrar "É um desafio, continue!".
Não é um livro para corações e estômagos frágeis, mas é um livro esclarecedor. Me fez sair de vez do meu mundinho colorido, no final senti vontade de chorar e de amar.
Gustavo Silva- leitor

Filosofia


Nietzsche (1844-1900 d. C.) defendeu que a grandeza do homem grego – e com ela a grandeza da humanidade – teve fim quando a filosofia substituiu a tragédia. Enquanto essa última representava a vida na sua crua realidade, sem mascarar evidência de um homem dominado por forças incontroláveis a ele superiores. A partir de Sócrates prevaleceu uma atitude de fuga em relação à vida, uma patologia do espírito, cujos sintomas são o medo e a insegurança psicológica, unidos ao absurdo desejo de encontrar uma explicação racional para qualquer evento, de modo a esterilizar a vitalidade do mundo e dos instintos por meio do uso constante e absoluto da razão (Giles, 1989; Reale e Antiseri, 1990).
• Invertendo a ordem tradicional de valores, Nietzsche identifica na morte de Sócrates, no seu desejo de morrer, o primeiro e mais evidente sintoma dessa milenar doença (a filosofia), que deprime o homem ocidental. A expectativa da perfeição num outro mundo levou os homens a desvalorizarem e a suportarem as imperfeições desse mundo. Em vez de lutarem para se tornarem perfeitos aqui, colocam a confiança num futuro distante, numa vida além. O anúncio da morte de Deus, o núcleo da reflexão de Nietzsche, indica o progressivo desaparecimento na cultura do homem moderno de todas as filosofias, religiões ou ideologias que no passado exerciam a tarefa de iludí-lo e consolá-lo (Nicola, 2005; Nietzsche, 1979).
• A necessidade de Deus já desapareceu da consciência do homem moderno. Deus está morto, pois os homens o mataram. As explicações cientificas e iluministas tomaram seu lugar. Aquele que é capaz de suportar psicologicamente esse evento, não necessita mais de ilusões tranqüilizadoras porque com o espírito dionisíaco aceita a vida com seu caos intrínseco e ausência de sentido. Para Nietzsche Dionísio representa vida, força vital, saúde, instinto, escuridão e embriaguez. Já Apolo representa morte, racionalidade, doença, intelecto, luz, imobilidade e sonho (LeFranc, 2005).
• Segundo Nietzsche, o niilismo passivo, ou niilismo incompleto é a negação do desperdício da força vital na esperança vã de uma recompensa ou de um sentido para a vida; opondo-se frontalmente a autores socráticos e, obviamente, à moral cristã, nega que a vida deva ser regida por qualquer tipo de padrão moral tendo em vista um mundo superior, pois isso faz com que o homem minta a si próprio, falsifique-se, enquanto vive a vida fixado numa mentira. Assim no niilismo não se promove a criação de qualquer tipo de valores, já que ela é considerada uma atitude negativa.
• Niilismo ativo ou niilismo-completo propõe uma atitude mais ativa: renegando os valores metafísicos, redireciona a sua força vital para a destruição da moral. No entanto, após essa destruição, tudo cai no vazio: a vida é desprovida de qualquer sentido, reina o absurdo e o niilista não pode ver outra alternativa senão esperar pela morte (ou provocá-la). No entanto, esse final não é, para Nietzsche, o fim último do niilismo: no momento em que o homem nega os valores de Deus, deve aprender a ver-se como criador de valores e no momento em que entende que não há nada de eterno após a vida, deve aprender a ver a vida como um eterno retorno, sem o qual o niilismo seria sempre um ciclo incompleto (Nietzsche, 2009).
• As doutrinas éticas do passado sempre viram nos valores morais um sistema absoluto e universal independentemente do período histórico e da localização geográfica. A hipótese genealógica de Nietzsche sugere, ao contrário, a possibilidade de desenvolver uma história de valores morais identificando o seu nascimento em condições histórico-sociais específicas. O efeito é obviamente uma relativização dos próprios valores, capaz de revelar o conteúdo humano (demasiado humano, no dizer de Nietzsche) que está na sua base. Ou seja, o homem criou os valores que o regem, os naturalizou, esqueceu disso e acredita que eles sempre existiram como algo fixo, sólido e imutável (Nietzsche, 2009).
• Para Nietzsche, matar Deus significa liberta-se das cadeias do mundo sobrenatural, ser capaz de viver falsas esperanças (a imortalidade da alma, o Paraíso), aceitando com alegria a vida na sua totalidade, incluindo a morte. Isso significa ficar preso a terra, o Super-Homem (novo homem) é aquele que, longe de querer entender o significado do mundo, consegue impor ao mundo os seus significados. Como Protágoras, Nietzsche também afirma que o homem é a medida de todas as coisas, porque dele, da sua vontade de potência, cada coisa adquire um sentido. Daí surgem as características do Super-Homem que está além da racionalidade, despreza todo valor ético, vive num mundo dionisíaco, reconhece o engano inerente a todas as filosofias, percebe o tempo como eterno retorno (Nietzsche, 1999).
• A teoria do eterno retorno de Nietzsche era fazer com que os homens pensassem que ao morrerem, retornariam ao exato momento de seu nascimento e tudo o que passou seria exatamente repetido infinitas vezes. Nietzsche acreditava que se pensássemos na vida tendo como referência esse "eterno retorno", seríamos muito mais responsáveis nas escolhas de nossos atos, porque saberíamos que cada ato, cada palavra, cada ação, assim como a ausência delas, seria repetida pela eternidade. Seu intuito era que o homem enxergasse assim a vida para que a vivesse da forma mais plena possível. Assim, Nietzsche coloca a seguinte pergunta: essa vida, assim como você a vive hoje, seria digna de ser repetida por toda eternidade? (Nietzsche, 1979).

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Andar com salto agulha em cima do corpo do parceiro, provocar queimaduras, amarrar, vendar os olhos, e até mesmo argolas para amarrar os mamilos, o pênis ou o clitóris e puxar. Essas são algumas das práticas que os casais sadomasoquistas gostam de fazer na cama. Entre os objetos preferidos estão roupas de couro bem coladas, pois definem o corpo, tachas pontiagudas, algemas, bandagens, vela, chinelos, cordas, cadeados, fitas adesivas, chicotes, roupas de couro e de metal. o prostituto conta que existe até quem é adepto da asfixia sexual, ou seja, quando o parceiro chega ao orgasmo, o outro o sufoca com um saco para sentir prazer com o sofrimento alheio.

Pecado?


Sempre houve um debate muito grande entre cristãos e homossexuais a respeito do que a Bíblia fala sobre homossexualidade. Aqueles textos bíblicos que falam sobre o assunto, condenando a prática, sempre foram rechaçados pelos homossexuais como sendo textos que não representam o pensamento de Deus sobre o assunto. Porém, nos últimos tempos temos visto muitos homossexuais procurando na Bíblia textos que possam apoiar seus sentimentos. Um dos textos que têm sido usados é o que fala a respeito de Jônatas, filho do rei Saul, e o rei Davi. Os dois textos mais contundentes usados para afirmar que Jônatas e Davi tinham um relacionamento homossexual são os dois abaixo:
“Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma. Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que tornasse para casa de seu pai. Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma.” (1 Samuel 18.1-3)

“Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; tu eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres.” (2 Samuel 1.26)

Do meu livro



Ele começou a penetrar. De uma vez só, mesmo que delicadamente, enfiava tudo aquilo dentro de mim. Cheio de fome, ele me comeu nos primeiros minutos, mas eu logo pedi para ele ir com calma. Mas pediu para eu pagar mais um boquete. Ele segurou minha cabeça e me prendeu de boca aberta, engolindo tudo aquilo. 23cm de nervos e tesão. Até que começou a estocar dentro da minha boca. Comecei a chorar, por não estar agüentando tudo aquilo dentro de mim. Foi então que ele falou. “Não tava querendo sentir minha pressão? Agora agüenta sua vadia!”. Sorri, posicionei meus joelhos no chão e disse pra vir. Ele segurou meus quadris e começou o vai-e-vem mais gostoso que senti na vida. Ele forçava minha costas para baixo, pois, como não conseguia agüentar tudo aquilo tentava fugir, mas não tive escapatória.Na mesma posição, após uma longa felação, o garotão se vira e pede para eu chupá-lo até gozar. Foi quando ele disse que só conseguia gozar durante um bom boquete. Pensando que iria chupá-lo por mais algum tempo, percebi que me enganara. O garoto ainda tava duraço e sem nenhum sinal de êxtase se aproximar. Chupei de várias maneiras, até que finalmente ele tremeu e jorrou porra na minha boca.

Urgente


Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores…
Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.
Cuidado com os amores passageiros… eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam…
Cuidado com os invasores do seu corpo… eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem…

Marlon.

Alegria pura


Quando o Sandro pega o Diego, pra mim aquilo foi o momento mais afetivo que eu tiro do livro: Ele sentiu desejo, ele sentiu vontade espontânea de estar na cama com alguém. Mesmo depois de inúmeros atendimentos ele ainda quis compartilhar-se com alguém. Aquila cena me ganhou profundamente. E me ganhou porque você a deixou fluir sem colocar os seus juízos ali. Deixou que o leitor interepretasse o que aconteceu e pq teria acontecido.Eu gostei das descrições das cenas de sexo, achei bastante criativo e fluído. Não ficava cansado. Morro de preguiça com livros de erotismo porque me remetem muito aos filmes pornográficos.
Você conseguiu prender a minha leitura e me deixou super excitado. Uma novidade pra mim, que nunca fico.
Túlio Perreira-Ba.

Sexo é bom



Por isso o sexo bom é o sexo sujo, suado. Saliva, mãos, os cheiros, o gemido que só chega ao ser tocado. Mostrar o pau quando alguem quer ver é lindo. Mas a sensação estúpida só aparece ao ser tocado, ao sentir a mão envolvendo o pau. Não os dedos, a mão toda. O contato humano deve ser pleno, exacerbado.
MARLON

Sobre meu livro



Depois de 2 dias lendo, enfim terminei! Fica aqui a dica do livro do Marlon Albuquerque, "O gosto do sexo sem rosto". Imagine os aspectos complicados na nossa sociedade: Homossexualidade, promiscuidade, linguagem pesada e prostituição. Imaginou isso? Agora imagina tudo isso junto em 257 páginas, descrevendo completamente o cotidiano de um garoto que vira michê afim de juntar dinheiro e realizar o seu sonho. Nesse meio tempo a vida lhe ensina várias coisas, e a mais importante delas, como lidar com o sentimento e o amor por outra pessoas. No final o livro deixa um ensinamento e uma reflexão espetacular! Quem puder e desejar, leia esse livro, garanto que nenhuma hora de leitura será desperdiçada!
Leonardo Nascimento-RJ

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Fale certo



As expressões “entrega em domicílio” e “entrega a domicílio” são muito recorrentes em restaurantes, nas propagandas televisivas, nos outdoors, nos folders, nos panfletos, nos catálogos, na fala, etc.

Convivem juntas sem problemas maiores porque são entendidas da mesma forma, com um mesmo sentido.

No entanto, quando falamos de gramática normativa, temos que ter cuidado, pois a forma “a domicílio” não é aceita. Por quê? A regra estabelece que essa última locução adverbial deve ser usada nos casos de verbos que indicam movimento, como: levar, enviar, trazer, ir, conduzir, dirigir-se.

Portanto, “A loja entregou meu sofá a casa” não está correto.

Já a locução adverbial “em domicílio” é usada com os verbos sem noção de movimento: entregar, dar, cortar, fazer.

A dúvida surge com o verbo “entregar”: não indicaria movimento?
De acordo com a gramática purista não, uma vez que quem entrega, entrega algo em algum lugar.

Porém, há aqueles que afirmam que esse verbo indica sim movimento, pois quem entrega se desloca de um lugar para outro.

Contudo, obedecendo às normas gramaticais, devemos usar “entrega em domicílio”, nos atentando ao fato de que a finalidade é que vale: a entrega será feita no (em+o) domicílio de uma pessoa.
MARLON

Fica a dica



Ela quer se aparecer.


Termo muito usado e completamente errado. Certos verbos são essencialmente pronominais como suicidar-se, por exemplo. Outros, porém, jamais podem ser usados com pronomes, como os verbos da dica anterior, simpatizar ou antipatizar.

Trazemos um desses verbos que jamais são usados com pronome, que é o verbo aparecer. Esse é um típico verbo intransitivo. Não admite voz reflexiva, objetos de espécie alguma. Não se pode aparecer ninguém e, também, aparecer a si mesmo. Escreve-se corretamente, assim: Ela quer aparecer.
Marlon

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Convite



É como muita honra que aceitei o convite do político, amigo e militante Bill Santos para ser colunista fixo da revista eletrônica ME REPRESENTA, não sou um grande estudioso de política, mas sou filosofo e tenho um entendimento razoável sobre o pensamento, os melhores e os piores deles.
Aceitei porque Admiro demais a ideologia do Biil, que ao contrário de muitos busca a mudança pela argumentação e não pelo grito.
Estou apaixonado pelo projeto, porque assim como Bill e todos os seus colaboradores acredito que através da reflexão podemos transformar a sociedade em um território mais leve, humano e livre. Será um espaço bombástico, polemico e inusitado, mas nossa missão não é criar mais feridas e sim tentar cicatrizar as que já temos e para isso em muitos momentos será necessário visitar os avessos do mundo.
Coração acelerado, medo, vontade boa, ansiedade, amor e de tudo isso que sinto agora sobra o desejo mais profundo de derramar um punhado de sol que seja em espaços onde só há escuridão.
Convido todos os meus leitores, seguidores e amigos para nos acompanhar a partir do dia 19/05/2014.
Quero aqui desejar muita coragem e axé a todos os idealizadores e colaboradores do projeto.
Grande beijo a todos!
Marlon de Albuquerque.


Esse é o meu livro



Qual o sabor do
Gosto do sexo sem rosto?

• Entrevista: teste do pauzão.
• Primeiro programa: Diego e Alexandre. Tocar em suas mãos
apresentou ao meu coração um sentimento antes desconhecido,
mas não sei dizer...
• Revelando o inusitado.
• Diego se apaixona por Amanda e pretende partir com ela.
•O assustador mundo do sexo.
• Sou heterossexual e posso provar.
• O melhor da vida é goiabada.
• O avesso dos desejos.
•Michel chupou a pica do próprio pai.
• Todo michê foi criança, sentiu medo de fantasmas e chorou
no colo da mãe.
• Como impressionar o parceiro na cama.
• A tolerância é o termômetro da conversão.
• O cheiro do seu gozo
• O melhor de ser garoto de programa é fazer aviãozinho, dizia
Tonny.
• É pecado se render aos sentimentos homoafetivos?
•Alexandre e Diego na urgência de um abraço.
• Até que ponto somos vítimas do hábito sexual?
• O céu de minha infância.
• Bissexualidade é o sexo do futuro?
• Alexandre: quem é esse homem, afinal?
• Avenida Paulista.
•Afonso troca o amor de todos os homens, por o amor de uma única mulher.
• Avenida São João.
• Diego, Sandro e mais um.
• Museu do Ipiranga.
• A morte de um sonho é mais triste do que a morte de um
homem?
• Parque do Carmo.
• Alexandre com o juízo preso em minha cueca.
• Favônio.
• Sua mão é meu lugar.
• Deus, antes de ser de justiça, é de misericórdia. A Bíblia me
parece excludente e contraditória.
• Como aceitar as descontinuidades?
• O prazer do anal é a dor?
• Avenida Vieira de Carvalho: orgias, drogas e baladas LGBT.
• Diego e o suicida.
• Comunhão na hora do orgasmo.
• Parada LGBT em São Paulo.
• A profecia da borboleta marrom.
• Ganhando o pão e comendo a carne.
• Diego, Deus e diálogos malditamente permitidos.
• Travesti na cama com Diego.
• Matei Deus e saí da gaiola.
• Pornografia pesada.
• Pavor é uma vida sem amor.
• Michel volta para o jogo. Mas existe jogo?
• Michê de rua aperta o pau na calça jeans.
• Chupei meu próprio pau, bebi minha própria porra; confesso,
porra de baiano é deliciosa.
• A vida abortando meu carnaval.
•Variações sexuais.
• Percebendo os sinais... Mas havia sinais?
• A rejeição dói como um câncer aceso no coração de Diego.
• O diabo havia sido muito generoso: dois irmãos gêmeos
idênticos na cama de Diego.
• Descobrindo meu próprio sol.
• Coração de príncipe.

domingo, 18 de maio de 2014

Porque eu me imaginava mais forte



Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu queria amar o que eu amaria - e não o que é. É também porque eu me ofendo a toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim. Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente. Talvez eu tenha que chamar de “mundo” esse meu modo de ser um pouco de tudo. Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário (…). Eu que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu.

(Clarice Lispector - do Livro: Felicidade Clandestina)

Deus



''Me sinto muito mais próximo de Deus quando escrevo poemas do que quando rezo''.
Marlon Albuquerque

sábado, 17 de maio de 2014

Caio F.



''Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe? Quero acabar com as leis da física, dois corpos ocuparem o mesmo lugar.”
“O dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato.”
“Eu queria ir pra um lugar onde eu tivesse uma sensaçãozinha, ilusória que fosse, de que tinha alguém prestando atenção em mim.”
“Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.”
“Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe?”
“Dói muito, mas eu não vou parar. A minha não desistência é o que de melhor posso oferecer a você e a mim neste momento.”
“Mas que seja bom o que vier, para você, para mim.”
“A impressão que tenho é que nunca vai passar… Que a cicatriz não fecha… Que só de esbarrar, sangra.”
“Uma coisa é certa: está tudo errado.”
“O meu dia só existe porque você existe dentro dele. Porque se você não vem é como se o tempo fosse passado em branco.”
“Tudo isso me deixa com calafrios na barriga, e uma certeza maluca de que o que realmente quero é na verdade o oposto de tudo isso, entende?”
“Guerras, pestes, são os tempos. Estou louco para cair fora deste vendaval contaminado que virou o planeta.”
“Vê se ri um pouco. Tenho aprendido que tudo tem jeito, o tempo é remédio pra tudo, vivendo e aprendendo. Por aí. Ai que preguiça.”
“Tenho achado viver tão bonito. Talvez porque ande, como nunca, perto da idéia da morte.”
“Pedi demissão. Prefiro vender pastéis.”
“Ainda não perdi a esperança de receber notícias suas. Sou tão inseguro, meu bem, não faça assim comigo não.”
“Viver só por viver consome, mas é o que sei fazer melhor.”
“Não se pode ser infeliz, não se pode morrer em vida, não se pode desistir de amar, de criar. Não se pode: é pecado, é proibido.”
“Não me mande coisas assim raivosas. Eu não tenho anticorpos para esse tipo de coisa.”
“O amor que sinto pelos outros quase sempre é suficiente, não precisa nem ter volta.”
“Sei que o tempo que eu tiver será exato. E sei também que pode acontecer não ‘um milagre’, mas uma sobrevivência maior.”
“Não adianta nada ficar do lado de fora, vendo fantasmas, imaginando coisas que não existem. Melhor entrar de uma vez.”
“Boas e bobas, são as coisas todas que penso quando penso em você.”
“Não importa quanto vai durar – é infinito agora.”
“Na minha memória tão congestionada e no meu coração tão cheio de marcas e poços, você ocupa um dos lugares mais bonitos.”
“Esperar dói. Esquecer dói. Mas não saber se deve esperar ou esquecer é a pior das dores.”
“Eu sempre acho que cansei de ti, de mim, mas ai vem o amor e revigora.”
“Acho que fiz tudo do jeito melhor, meio torto, talvez, mas tenho tentado da maneira mais bonita que sei.”
“Nenhuma luta haverá jamais de me embrutecer, nenhum cotidiano será tão pesado a ponto de me esmagar, nenhuma carga me fará baixar a cabeça. quero ser diferente. eu sou. e se não for, me farei.”
“Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa.”
“Talvez tudo, talvez nada. Porque era cedo demais e nunca tarde.”
“Quis morrer de novo, engoli outra rejeição – mas estou vivo e, sinto muito, vou continuar.”
“Muita coisa que ontem parecia importante ou significativa amanhã virará pó no filtro da memória. Mas o sorriso (…) ah, esse resistirá a todas as ciladas do tempo.”
“Tenho tentado aprender a ser humilde. A engolir os nãos que a vida me enfia pela goela a baixo. A lamber o chão dos palácios. A me sentir desprezado-como-um-cão, e tudo bem, acordar, escovar os dentes, tomar um café e continuar.”
“Não é que pensei outra coisa de gente grande? Esta é assim: tudo que parece meio bobo é sempre muito bonito, porque não tem complicação. Coisa simples é lindo. E existe muito pouco. ”
“Quando se quer explicar o inexplicável sempre se fica um pouco piegas.”
“Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia – qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê.”
“De repente a gente se encontra numa esquina, num outro planeta, no meio duma festa ou duma fossa, a gente se encontra, tenho certeza.”
“Vontade de pedir silêncio. porque não seria necessária mais nenhuma palavra um segundo antes ou depois de dizerem ao mesmo tempo:
- quero ficar com você.”
“Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar — mesmo assim era bom viver.”
“Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem.”
“Garçom, uma dose de amnésia e duas de desapego, por favor…”.
“As pessoas escorregam e, se num momento foram, no seguinte já não mais o são.”


sexta-feira, 16 de maio de 2014

Ainda somos humanos?


Chegamos à balada na frente à mentira inteligível, por trás a verdade incompreensível. E somos alguém, alguma coisa, mas ninguém pode saber que usamos o vaso sanitário, que somos vitimas da solidão, que choramos, temos medo, fome de amor e goiabada . Se souberem que somos humanos deixamos de ser alguém e passamos a ser ninguém.
O rosto é de barro as mãos são frias, e o que era para ser acessório de frente passa a ser acessório de trás, é um inferno coletivo, mas todo mundo esta feliz. O doce do erotismo condenado ao silêncio, um triunfo do desespero sobre a inteligência. Estamos aqui vivos e sorridentes, mas isso já não tem se quer um significado.
Essa reflexão desordenada é um elemento fundamental para completar esse edifício critico do pensamento, contribuindo para erigir um pensamento inconformista diante de um mundo que instrumentaliza o humano.
O discurso fatalista de que as coisas são assim, caracteriza o triste cenário do mundo capitalista. O conhecimento e a tecnologia dele derivada são formas de conhecimento ditas racionais,mas a racionalidade de fato se torna vitima da ciência da renuncia.
Em outras palavras é como se a indústria cultural pudesse doar a felicidade através do consumo. O consumo é a grande fantasia de felicidade, reforçando a identidade das pessoas, satisfazendo e valorizando egos.Diante de uma sociedade fraca, doente e mentirosa o consumo aparece como analgésico contra as dores promovidas pelo processo de desumanização.
MARLON DE ALBUQUERQUE

terça-feira, 13 de maio de 2014

E a outra metade também




Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.
(Oswaldo Montenegro)

WWW



Nossa evolução como seres humanos pensantes esbarra nas telas de 14 a 20 polegadas. É ali, marginalizados e subversivos que caímos na isca doce de cometer diversos males. Pois é, não temos mais para onde "voar" tudo já foi dito e ensinado, mas o www não nos deixa ter tempo de aprender. Isso, o que chamamos de evolução, é tão somente um necrotério "à tela aberta". Pênis, vaginas, ânus, felações, ejaculações, "fistações" etc. Tudo deflagrado aos milhões de acesso world wide. Arrebenta-me de tristeza esse abraço que jamais será dado, senão pela ponta dos dedos; esse beijo que não passará de uma abreviação digitada. Sim, estamos em plena GRANDE REVOLUÇÃO das aproximações globais sem ao menos reproduzir um mínimo, mas essencial, olho no olho. As pessoas tem se aproximado em relações comerciais, não daquelas existentes para certo equilíbrio, mas aquelas de prostituição, de promiscuidade... Quantos anos? Idade? Altura? Dinheiro? Roupa? Balada? Potência e posição sexual? Pronto! Está feito o check out. Se você atendeu aos requisitos, terá, ao menos, alguns minutos de uma "trepada" (perdão). Se você não atendeu aos critérios daquele que te avalia com a prancheta de um legista, num necrotério construído por nós, paciência! Terá de se isolar nos becos que ainda restam para os que não cumprem as exigências mínimas - há lugares escuros (e onde estão os claros?) por aí, onde você não é visto, não se apresenta nem é questionado de nada. Apenas goza. Ao final da esmola de alguns centímetros de nervo cavernoso de sangue que te foi dado ou pedido. Ouse rir e achar demasiado o que escrevo. Amanhã, estará você no centro dessa imundície a que chamamos: RELAÇÃO HUMANA NECESSÁRIA. Tudo bem, o seu maior desejo a essa altura é recusar o que escrevo e bravejar: Eu não! Xiste puro! Somos todos iguais. Eu poderia buscar com a superstição verbal a minha absolvição. Mas não quero. Estou cansado. Entrego-te a palavra que pode me condenar à verdade. Pior morte. E o que está nisto que tentamos ensinar um ao outro? Está toda a contaminação do pouco que aprendemos e, por ser pouco, tornou-se o pior veneno. Esta substância está percorrendo todo o nosso ser, corroendo a miséria farta que temos. Por desespero, passamos por cima de tudo e de todos. Afinal, eu e somente eu tenho que sobreviver. Desejamos que fosse diferente, mas foi só o que aprendemos. Você está on line? Tc de onde? Como seguirá a sua história?
Adriano Gustavo Di Andrade.

domingo, 11 de maio de 2014

FAUZI ARAP



Eu vou te contar que você não me conhece...
E eu tenho que gritar isso porque você está surda e não me ouve!
A sedução me escraviza à você...
Ao fim de tudo você permanece comigo, mais presa ao que eu criei e não a mim.
E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa...
Você não tem um nome, eu tenho...
Você é um rosto na multidão, e eu sou o centro das atenções, mas a mentira da aparência do que eu sou, é a mentira da aparência do que você é.
Por que eu, eu não sou o meu nome, e você não é ninguém...
O jogo perigoso que eu pratico aqui, ela busca a chegar ao limite possível da aproximação.
Através da aceitação, da distância, e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia que nos separa...
Eu quero que você me veja nua, eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada, te denuncia, e te espelha...
Eu me relato, tu me delatas...
Eu nos acuso, e confesso por nós.
Assim, me livro das palavras,
Com as quais você me veste."

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Tonny



Como foi bom deliciar pagina por pagina do livro O gosto do sexo sem rosto”. E o melhor lendo sobre o personagem Tonny no qual emprestei meu corpo pra viver naquela casa e vida, uma experiência louca, mas de aprendizagem. Sinto orgulho de saber que sou um dos personagens do livro e minha historia, emociona e contribui para reflexão de um numero cada vez maior de pessoas, aquele tempo de prostituição, perigos e amores ficará na minha memória para sempre. Agradeço ao escritor por respeitar cada passo da entrevista nem acrescentando nem diminuindo o que falei. Jafet de Paula , leitor e personagem do livro.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Liberte-se



Nenhum ser – humano consegue se desenvolver integralmente e transitar pelos territórios dos afetos quando estão presos em gaiolas construídas cruelmente pela sociedade, pelas religiões ou pelas leis.
Marlon

Tristeza



''Gente complexada muda todo dia a foto de perfil, e de hora em hora posta uma frase idiota tentando ser engraçado''.
Marlon.

Bob


Queria ser um baseado
Para nascer em seus dedos, morrer em seus lábios,
E fazer sua cabeça.
Bob Marley

Inferno humano


“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano ''.
Clarice Lispector.

Gosto do que não presta


O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão.
CLARICE LISPECTOR.

Amor


''O abandono afetivo é um câncer social. A palavra amor esta vazia porque ninguém quer morar dentro dela.''
MARLON.

A pior dor


"Esperar dói. Esquecer dói. Mas não saber se deve esperar ou esquecer é a pior das dores."
Caio Fernando Abreu

Qual nome dela?


Goiabada acabou, saudade doce, saudade AMARGA, alegria dificil, net ruim, sobrou apenas o café e o cigarro, mas eu queria mesmo outra coisa mas ainda não sei o nome dela''.
Marlon de Albuquerque

Inferno


O inferno está cheio de almas que, em vida, juravam amor eterno e no outro dia já estava "amando" outra pessoa.
Marlon.

?


Queria saber: depois que se é feliz o que acontece? O que vem depois?
-Clarice Lispector

Sobre o meu livro


Parte que li do suicídio do padre tirou meu oxigênio na hora!
Marlon dentro daquele enredo do livro ele é um do clímax
abala quem ler, provoca , deixa a gente completamente arrasado,
Marlon essa parte no livro é a ponta de lança para provocar esse tipo de sentimento em quem ler seu livro;
Da raiva na gente de Diego.
Seu livro merece ser estudado.
Ele abarca muita coisa menino o que mais me chamou atenção foi o antagonismo entre Diego e Alexandre e entre os dois o desejo ardente que os ligavam!!!!!
Eu vou escrever sobre seu livro em breve, parabéns escritor, e parabéns a todos que colaboraram para o nascimento desse livro tão forte!
Gilvan Santos Lelis- Leitor.

Laços


Crie laços com as pessoas que lhe fazem bem, que lhe pareçam verdadeiras e desfaça os nós que lhe prendem àquelas que foram significativas na sua vida, mas infelizmente, por vontade própria, deixaram de ser. Então o amor, a amizade é isso, não prende, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó já deixou de ser um laço. Nó aperta, Laço enfeita.
Caio F. Abreu.

No fundo todo mundo tem vontade de da o cu para um retirante nordestino



Descriminar nordestinos é crime de injuria qualificado e leva a cadeia.
Marlon.

Odeio eternamente


Uma coisa que não canso de repeti: ODEIO FUTEBOL.
Marlon

Cuidado



Meu amor por você continua no mesmo formato CUIDAR!
Marlon.

Marlon



''Você me deu um abraço tão apertado que todos os pedaços quebrados dentro de mim se juntou novamente''
MARLON

Perdoar?



Perdoar é tão injusto muitas vezes, as vezes a vingança é o unico caminho para uma alma perdida encontrar a luz.A misericórdia também corrompe!
MARLON

O diário secreto de um garoto de programa- Jorge Serrano



Prezado Marlon de Albuquerque,



Há uns meses, numa banca de um shopping de São Paulo, a capa do seu livro “O Gosto do Sexo sem Rosto” chamou a minha atenção. E comprei-o.Tenho esta paixão compulsiva pela leitura e, infelizmente, por falta de tempo, não consigo ler tão rápido quanto adquiro livros, pelo que o resultado são duas filas de espera crescentes (uma aqui no Brasil, outra em Portugal) .
E assim ficou o seu livro, na tal pilha, esperando a sua vez (que chegou na passada quinta-feira).
Já há algum tempo que não lia um livro tão rapidamente como devorei o “O Gosto do Sexo sem Rosto”. Apesar de violentíssima, achei a história doce e recheada de amor; apesar de pesada, achei-a escrita com uma leveza e finura poéticas.
Por isso, envio-lhe este email (que espero chegar ao seu destinatário): primeiro, para lhe dar os parabéns pela forma como escreveu a história e, ainda, como a foi polvilhando com reflexões tão necessárias, que levam a conclusões infelizmente não tão óbvias para a grande maioria das pessoas; em segundo lugar, para desejar ao Diego que, se não conseguiu realizar o seu sonho de ser piloto de aviões, pelo menos que não se esqueça da poesia (o mundo cinzento dos dias que correm precisa, cada vez mais, de poetas…) e que jamais perca o seu lindo e doce coração, seguramente com sabor a goiabada…
Seja o Diego fictício ou real (ou algo entre as duas fases), peço-lhe um favor: da próxima vez que o vir, dê-lhe um abraço meu, prolongado. E diga-lhe que enriqueceu a vida de mais uma pessoa – a minha. Enriquecer a vida de alguém é a melhor referência para se colocar num currículo…
Jorge Serrano- Leitor.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Meu amigo



Meu Amigo, não sou o que pareço. O que pareço é apenas uma vestimenta cuidadosamente tecida, que me protege de tuas perguntas e te protege da minha negligência.
Meu Amigo, o Eu em mim mora na casa do silêncio, e lá dentro permanecerá para sempre, despercebido, inalcançável.
Não queria que acreditasses no que digo nem confiasses no que faço – pois minhas palavras são teus próprios pensamentos em articulação e meus feitos, tuas próprias esperanças em ação.
Quando dizes: “O vento sopra do leste”, eu digo: “Sim, sopra mesmo do leste”, pois não queria que soubesses que minha mente não mora no vento, mas no mar.
Não podes compreender meus pensamentos, filhos do mar, nem eu gostaria que compreendesses. Gostaria de estar sozinho no mar.
Quando é dia contigo, meu Amigo, é noite comigo. Contudo, mesmo assim falo do meio-dia que dança sobre os montes e da sombra de púrpura que se insinua através do vale: porque não podes ouvir as canções de minhas trevas nem ver minhas asas batendo contra as estrelas – e eu prefiro que não ouças nem vejas. Gostaria de ficar a sós com a noite.
Quando ascendes a teu Céu, eu desço ao meu Inferno – mesmo então chamas-me através do abismo intransponível, “Meu Amigo, Meu Companheiro, Meu Camarada”, e eu te respondo: “Meu Amigo, Meu Companheiro, Meu Camarada” – porque não gostaria que visses meu Inferno. A chama queimaria teus olhos, e a fumaça encheria tuas narinas. E amo demais meu Inferno para querer que o visites. Prefiro ficar sozinho no Inferno.
Amas a Verdade, e a Beleza, e a Retidão. E eu, por tua causa, digo que é bom e decente amar essas coisas. Mas, no meu coração rio-me de teu amor. Mas não gostaria que visses meu riso. Gostaria de rir sozinho.
Meu Amigo, tu és bom e cauteloso e sábio. Tu és perfeito – e eu também, falo contigo sábia e cautelosamente. E, entretanto, sou louco. Porém mascaro minha loucura. Prefiro ser louco sozinho:
Meu Amigo, tu não és meu Amigo, mas como te farei compreender? Meu caminho não é o teu caminho. Contudo juntos marchamos, de mãos dadas.
(Excertos de “O Louco”)

sábado, 3 de maio de 2014

Olha o que sobra de tudo isso



Que vontade desconcertante e cheia da mais pura ira de olhar no fundo dos teus olhos e dizer, você não presta,vai se fuder, você vale nada, quero distancia de tuas caras todas, seja muito infeliz, eu te amo.
Marlon de Albuquerque

O amor vem sim


Nada como o tempo:
Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz
com outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama
( ou acha que ama ) e que não quer nada com você,
definitivamente não é o alguém de sua vida.

Você aprende a gostar de você e,
principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim, para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando você!

O amor é igual a uma borboleta,
quando você tenta pegá-la, ela foge,
mas quando você está distraído,
ela vem e pousa em você!

Mário Quintana




Papa Francisco




"Não podemos nos calar diante da realidade vivenciada por esta população, que é alvo do preconceito e vítima da violação sistemática de seus direitos fundamentais, tais como a saúde, a educação, o trabalho, a moradia, a cultura, entre outros", afirma, em nota, a entidade da Igreja Católica.

A comissão diz também que LGBTs "enfrentam diariamente insuportável violência verbal e física, culminando em assassinatos, que são verdadeiros crimes de ódio".

A entidade convida "pessoas de boa vontade e, em particular todos os cristãos, a refletirem sobre essa realidade profundamente injusta das pessoas LGBT e a se empenharem ativamente na sua superação, guiados pelo supremo princípio da dignidade humana".

Ainda de acordo com a nota, o posicionamento da entidade, "fiel à sua missão de anunciar e defender os valores evangélicos e civilizatórios dos direitos humanos, fundamenta-se na Constituição Pastoral Gaudium et Spes, aprovada no Concílio Vaticano II: "As alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrais e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo", diz o documento.


sexta-feira, 2 de maio de 2014

O cheiro da CUECA vermelha


''Quanta saudade sinto de suas mãos percorrendo meu pescoço quase me matando e eu conhecendo o céu. Seu corpo dentro do meu pulsando entrando e saindo promovia meu encontro com o Deus, não no outro mais em mim.
Fuder em comunhão com o sagrado, não no outro mais em mim, que saudade sem fim. Sem segurar suas mãos meus pés só conhecem a escuridão. Sei que vive bem entre amigos, musicas e gargalhadas intermináveis, mas eu continuo aqui e cada hora que passa é para promover o suicídio da minha fé, eu precisava odiar alguma coisa, mas acabei odiando todas elas. Tudo morre até eu, mas o meu desejo segue e desaba dentro de mim. Sabe sua cueca vermelha? Eu roubei, sinto o cheiro dela todas as noites, ela é minha cidade, meu estado, minha nação, ela é meu pranto e oração. Fico assim sem você, sem açúcar, sem sal, tentando sufocar esse desejo desconcertante de desnascer''.
Marlon de Albuquerque.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

O gosto do sexo sem rosto- Diário secreto de um garoto de programa




O príncipe baiano, feito de goiabada e poesia.
Nunca um livro me impactou e me prendeu tanto, cheguei a dizer que era meu segundo melhor livro, me equivoquei, é o primeiro e melhor de todos.
A história de um menino que foi da Bahia pra São Paulo pra ser piloto de avião e acabou por se tornar garoto de programa, tinha tudo para ser apenas mais uma história cheia de pornografia, sexo e drogas, mas acabou por me surpreender, como um lindo romance que não acabou com o clichê “Felizes para sempre”.
Passei por tudo junto com ele, conheci o Star Boys, cheguei a me imaginar na sala de TV, na cozinha conversando com os demais rapazes, cheguei a sentar na área externa e fumar um cigarro com Diego (que eu nem sei o verdadeiro nome), cheguei a fazer programas com ele e a dividir o prazer e o repúdio de se entregar ao prazer do outro.
Passei pela alegria de me redescobrir e enfim me aceitar homossexual, pela tristeza e revolta de lembrar os momentos ruins da infância, passei pela saudade da família, pelo vislumbre de conhecer lugares novos e nem sempre achá-los interessantes. Excitei-me com novas fantasias, me assustei com alguns pedidos, me identifiquei com situações.
Entristeci ao ver tantas pessoas desistirem de seus sonhos e se acomodarem a uma vida medíocre de ser apenas o objeto de gozo de outrem, me entristeci ao passar por tantas pessoas cheias de si e vazias de amor.
Chorei pela perda do peixe e entendi o porquê Diego diz sermos tão parecidos com eles, chorei pela partida de Afonso que foi viver uma história de amor não muito comum, chorei pelas inúmeras vezes em que Diego se sentiu só e nem Alexandre, nem eu estávamos lá pra segurar sua mão.
Passei a ver a poesia como alimento diário, entendi que ela é apenas o vômito daquilo que o mundo nos faz engolir e que sendo alegres ou tristes, cada uma tem seu valor.
Aprendi que sonhar é bom, que realizar sonhos nem sempre é prazeroso, mas que perdê-los é como morrer. Aprendi que a felicidade é subjetiva e tão efêmera quanto à vida de uma lagarta.
Entrei em choque ao perceber coisas que são a mais pura verdade e que eu nunca havia pensado sobre, como por exemplo, o amor que nasce do sexo não é o amor puro, e se acaba quando o prazer do sexo acaba.
A forma como Marlon Albuquerque conseguiu entrelaçar, pornografia, romance, amor, poesia, sexo e goiabada me fascinou.
Amei cada página, vivi a Star Boys como se fosse um dos garotos, tentei experimentar de tudo um pouco sem pré-conceitos.
Noite passada sonhei com Diego.
Cheguei à Star Boys e pedi a Eduardo que chamasse o “Baiano feito de goiabada e poesia”, conversamos por um tempo, ali mesmo, na garagem, até que perguntei a Diego se poderia beijá-lo, ele me olhou com aqueles olhos doces e me respondeu dizendo que – se pra mim aquilo fosse importante, que eu fizesse – e então nos beijamos.
Assim acabei minha experiência com o “O gosto do sexo sem rosto”, esperando que Diego tenha feito a escolha certa, não necessariamente nessa ordem de sentimentos, as coisas iam e vinham, precisei voltar algumas vezes pra ver se tinha perdido algum detalhe, as coisas se encaixaram e por fim eu aceitei o FIM.
Felipe Cazazco – Natal 01.05.2014 – 03: 46 am.