Penso em minha mãe. No seu jeito triste de me amar. Gostaria de vê -la só mais uma vez. Só parar ter a oportunidade de dedicar-lhe um olhar demorado, sem distâncias. Queria ficar com ela em solidão. Destrancar seus lábios para que pudesse falar de seus medos, receios, desejos. Queria sentar com ela na cama, entrelaçar-lhe as mãos em movimento de cumplicidade e contar-lhe tudo que a vida me permitiu viver, e ouvir as confissões de seu coração envelhecido. Queria perguntar-lhe o que nunca soube perguntar. Queria desenterrar de sua boca a risada, o grito, o desabafo. Queria fazer o que nunca recordo ter feito. Aconchegar minha cabeça em seu colo, pedir-lhe socorro e proteção. E depois, balbuciando como uma criança que se sabe amada, eu lhe pediria que me retornasse ao ventre. Pe. Fábio de Melo
Sou MARLON DE ALBUQUERQUE , filosofo, poeta, colunista, escritor e psicanalista . Esse blog transita pelo território da liberdade, sou livre por dentro então aqui você pode encontrar orações,enquetes, poesias, literatura, protesto social, vídeo erótico - recreativo, receita de bolo, filosofia, variações sexuais, filmes, atualidades e muitas PARAFILIAS . Barulho do vento é a totalidade da vida humana em pauta. Estamos abertos para criticas, elogios e comentários, por favor, PARTICIPE!
sábado, 16 de fevereiro de 2019
Sim
Penso em minha mãe. No seu jeito triste de me amar. Gostaria de vê -la só mais uma vez. Só parar ter a oportunidade de dedicar-lhe um olhar demorado, sem distâncias. Queria ficar com ela em solidão. Destrancar seus lábios para que pudesse falar de seus medos, receios, desejos. Queria sentar com ela na cama, entrelaçar-lhe as mãos em movimento de cumplicidade e contar-lhe tudo que a vida me permitiu viver, e ouvir as confissões de seu coração envelhecido. Queria perguntar-lhe o que nunca soube perguntar. Queria desenterrar de sua boca a risada, o grito, o desabafo. Queria fazer o que nunca recordo ter feito. Aconchegar minha cabeça em seu colo, pedir-lhe socorro e proteção. E depois, balbuciando como uma criança que se sabe amada, eu lhe pediria que me retornasse ao ventre. Pe. Fábio de Melo
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