Que basta um gole de vida verdadeira e o oculto se manifesta em formato de massacre pessoal e eu que sou um rebanho de pensamentos incomunicáveis neles choro, neles moro, neles oro.
Agora eu sei que é sábado ainda que eu já não o tenha em meu corpo.
Olho para o ontem olho para aquilo tudo que foi antes do ontem e alguém me pergunta se foi bom, eu anestesiado de maneira escandalosa de tão anônima, mesmo gostando de cavalos marinhos e tendo interesse profundo por eles não soube parir mais nada além do quase muito que ousei dizer um dia, e a minha mudez parada me renuncia, me denuncia e me anuncia ,era o que eu tinha e só.
A lucidez é um projeto de loucura que não deu certo e disso tudo sobra à pergunta: o que fazer de uma vida toda quando ela vira apenas um retrato empoeirado na gaveta do silencio?
O amor, a vida, o corpo e a morte espraiados no asfalto em pleno meio dia onde o sol é um inferno celebrando a desgraça de uma amizade que não se deu.
Saber-se amado é também uma forma de prisão, ao passo que passar sem ser amado é ser livre de alguma coisa que vem espanta, cega e antes do fim paralisa.
Sempre que se é alguma coisa na mesma hora se é o contrario dessa alguma coisa e ele ‘’segue’’ se tornando vagarosamente tudo que por maldade genuína outrora desprezou.
O sacrifício me interessa tanto que chego a pensar que existe uma riqueza insondável na tolice. Para todo ser humano existe um pote de ouro, fumaça e miséria entende? Melhor não, entender é também uma maneira de desorganizar alguma coisa. O que agora?
Há tempos alguém me disse com a mesma ternura de quem colhe rosas que tudo isso não passa de uma grande bobagem.
Marlon-Príncipe maluco
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