Sou esquizofrênico, por isso posso escrever, dizer e
fazer tudo que eu quiser. Doente, louco, histérico e no fim totalmente livre.
Gloria, gloria, gloria.
Nem todas as Helenas de Manoel Carlos amou tanto.
De suas cuecas quero apenas o cheiro, assim como se
eu fosse um menino arteiro.
Tu ES meu acendedor de sonho torto, tatuado em meu
corpo morto.
O ventre de uma barata morta muitas vezes é mais
imaculado do que o ventre de muitas mulheres. Estou obcecado por baratas, não
paro de pensar nelas, talvez porque só elas conseguem me fazer esquecer que
faltam apenas onze dias para novembro.
Minha mulher, meu homem, meu gosto do sexo sem
rosto, minha língua em seu corpo, era a ressureição do meu corpo morto.
Desde doze de agosto meu nome é desgosto.
Tenho duas doenças graves, uma chama-se FIM, e a outra
chama-se distancia, hoje enquanto eu regava de lagrimas as nascentes que você secou,
me perguntei: será possível o impossível um dia?
Hoje com
minha calculadora de general calculei minha solidão e no final das contas
sobrou seu sorriso a decorar meu coração ferido.
Quero muito te matar hoje, mas como posso se te amo?
O mesmo homem, o mesmo nome, a mesma flor, a mesma
cor, a mesma dor.
Inferno. Porque me trouxe rosas, se seu coração é feito
de espinhos?
Quem provoca desejo e depois renuncia, merece pior
morte.
Te odeio, volta, te amo.
Você nua é sol, estrelas e mais e mais estrelas.
Você nua é lua.
Seu misto de amor e desamor, cheios de malabarismos retóricos,
me transformou em um cadáver robótico a povoar o avesso desse mundo caótico.
ES tu a ultima frase da minha canção, ES tu a ultima
fase da minha oração.
Riqueza, riqueza, riqueza, minha riqueza, liberta
com suas digitais minha alma presa.
Se vier um dia me avisa, te encontro em alguma
esquina da alma ou do seu para-brisa, me avisa.
Minha garganta grita, grita, grita e nada acontece.
Minha garganta grita com esse i de maldita.
Quando me lembro de que nunca mais vou caminhar
segurando sua mão, sinto tristeza maior que a imensidão, sinto dor pior que câncer
no coração.
De que me adianta a garganta para gritar, se tu és
surdo e não me ouve?
Tenho fugido o tempo inteiro, para meu esconderijo
verdadeiro, lá me acho, me perco, choro e fico ali dias a fio.
Já não há mais nada a ser esperado, ou desesperado,
fama de louco, mau com U, esquisito, maldito, me traz também a liberdade que
preciso para dizer o que digo.
Sem tu nessa cidade, eu rolo ladeira a baixo da
invisibilidade.
Mais uma vez estou parado, patético diante da velha
mansão, não vou entrar. Se você do meu lado infernizando meu juízo nada é
verdadeiro, é apenas prejuízo derradeiro.
Sabe onde fica meu esconderijo secreto?
Desejo tanto juntar minha mão na sua novamente, não
precisa me beijar, nem revelar os segredos da cueca vermelha, a mim bastaria quebrar
as regras do tempo e caminhar de mãos dadas contigo para sempre rumo à terceira
margem, mas não posso, não consigo porque Sergipe é ficção.
Agora vou escovar os dentes e depois gritar
histericamente seu nome por onze anos, mesmo sabendo que ainda que eu gritasse
por onze séculos você não voltaria.
No final da historia, volto para meu esconderijo.
Sabe qual é meu esconderijo? Meu ESPELHO!
Cansei de chorar para seu corpo bailar, nada mais me
interessa, apenas o punhal e seu sangrento golpe fatal.
Príncipe Marlon ( com P de PICA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário