Sou MARLON DE ALBUQUERQUE , filosofo, poeta, colunista, escritor e psicanalista . Esse blog transita pelo território da liberdade, sou livre por dentro então aqui você pode encontrar orações,enquetes, poesias, literatura, protesto social, vídeo erótico - recreativo, receita de bolo, filosofia, variações sexuais, filmes, atualidades e muitas PARAFILIAS . Barulho do vento é a totalidade da vida humana em pauta. Estamos abertos para criticas, elogios e comentários, por favor, PARTICIPE!
sábado, 22 de junho de 2019
Porto
MARLON DE ALBUQUERQUE
sábado, 15 de junho de 2019
sexta-feira, 14 de junho de 2019
Respeito , por favor
No Redtube, um vídeo com a tag “travesti”, acumula mais de 450 milhões de visualizações. No Brasil off-line, nos primeiros 50 dias de 2019, ao menos 564 brasileiros foram assassinados por não se identificarem com o gênero que lhes foi designado ao nascerem.
Brasileiros são os que mais buscam imagens de travestis no mundo virtual, ao mesmo tempo são eles os que mais matam travestis no mundo.
Marlon príncipe
quinta-feira, 13 de junho de 2019
Amarelo manga
Do nada vem na mente a palavra cega e desejosa, tento escrever e acabo me perdendo.
Tudo já foi dito, não se pode mais esperar e nem desesperar.
Não tenho energia para sair de cena, ou talvez eu fique por puro ódio inocente mesmo.
Se insisto no que digo é para provar ao mundo, que tu és meu verdadeiro abrigo.
O mundo rodando e eu me lascando, tento dançar o que eu já havia desaprendido.
A musica era da Maysa, e meu sorriso de tanto durar falsamente, ficou amarelo manga.
O fim é uma fabrica de suicidas.
Te olhar e não te ter é o mesmo que morrer.
Corro ao contrario do sol, em estado solene de pura escravidão, rumo a escuridão que salva.
O segredo para suportar a claridade é a rendição, pura e plena de coração.
Acaba o dinheiro, a saúde, ou o amor e logo o cara se mata.
Nem tudo está perdido, está chegando à estação das flores trazendo novos amores.
O fim é o pior veneno para um homem menino ainda pequeno.
Palavras são como flores, nascem e morrem, sem que eu possa salva-las ou abortá-las.
Não é mentira o mundo está rodando e tu tens a senha para girar junto com ele.
Minha professora de matemática foi noiva por dezenove anos e Wilson a abandonou e casou-se com outra. Defasada e desprezada pelo homem amado, por mim ela teria carta branca para acelerar a hora da estrela.
Um homem de verdade nunca despreza uma mulher, nunca, nunca mesmo, isso é pior do que bater nela.
Multipersonalistico, eu soube cedo que nenhuma das dores em ti, em mim, é pior do que a palavra fim.
Recomeçar é tão difícil, porque tudo acaba?
Uma coisa me deixa contente, a frágil certeza de que o amor AUMENTA a gente.
Marlon- Príncipe
sábado, 8 de junho de 2019
Rafael
Clara já foi chamada de porca, ela não liga, uma vez que transita no terreno áspero da maldade. É uma maldade que salva, ela ama parafilias e arvores de natal. Ela assume que já foi viciada em algofilia, ainda gosta da dacnomania, e às vezes no metro pratica fronttage, ela é livre como todo ser vivente que sabe que as verdades, assim como as mentiras são todas impermanentes.
Nesse mundo louco de gente careta, você é um presente que me recuso a devolver para a natureza.
Tenho o dom de dar. É bíblico, Deus só ama quem dar com alegria, nessa hora que dou algo a alguém que nem sei quem é, nem sei como, nem sei por que aquilo que eu doava se tornava eternamente meu.
O ladrão nunca é o verdadeiro dono do ouro, mesmo estando dentro de sua própria pátria.
Dizem que quem divulga caridade, perde com Deus, meu amor é maior, eu divulgo porque não espero nada do Deus, que outrora me fez sangrar.
Os homens e Deus são tempestades.
Sinto prazer em doar.
Balada, internet , sexo e outros demônios é o verdadeiro laço do passarinheiro.
Hoje Clara esteve aqui, Clara e sua claridade, mas eu estava mudo, não de voz, mas de alma.
Uma pessoa me beijou hoje, por um momento assumi o que tenho de mais carnal: o desejo de segurar sua mão de inferno a verão.
Quando eu tinha por volta de dezessete anos eu vi o dono de uma lanchonete jogando um homem embriagado com toda força e crueza na calçada da humilhação.
Fiquei em choque, era o mundo se revelando diante dos meus olhos arregalados. Passaram-se anos, mas nunca mais consegui refazer os soluços de meu sorriso.
Sinceramente? Perdi-me no mundo, assim como estou perdido nessa escrita, agora.
Vendi meus livros para ter o que comer, meu Deus que tristeza.
Você acredita que até O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO eu tive que vender?
Tem tanta gente amarga de tão carente , precisando de um colo quente.
Ontem Rafael me ligou, ele vende opioides, e brisa , nas madrugadas picha muros.
Meu sentimento agora é de pura estranheza, sou estranho a mim mesmo inclusive, será meu destino?
Vivo a duras penas arrepiado de medo e loucamente desejoso do grande final.
Tem gente que sofre mais do que a escrava Isaura, porque seu algoz é seu próprio destino. Esse cara sou eu? Somos nós? Existe nós?
Marlon- Príncipe maluco
sexta-feira, 7 de junho de 2019
Mayã Frota
Acontece que uma fotos do jovem dotado está circulando pela internet. No clique, Mayã aparece peladão, como veio ao mundo, excitado. Tem mais de 18 anos e ficou a fim de conferir?!
terça-feira, 4 de junho de 2019
A morte dos palhaços
A linguagem que uso é simples é a da rua, do ponto de ônibus, do barulho do vento.
Lembro-me dos vinte anos, eu infantilizado pela idéia de amor ideal, como um cachorro lambendo o chão da multidão. Amor ideal não existe.
E o logos que um dia eu fui, morreu!
Sempre fui um bom menino e nunca ganhei troféus ou flores por isso, meu crime foi revelar sem enfeites que o mundo é macabro e o homem está imerso em sua brutalidade.
Eu tenho um ponto fraco, ou todos temos?
Eu tenho uma interrogação, será que todos têm?
-Você mente, dizia ele.
- Mais do que você, ou qualquer outra pessoa comum?
Precisei aprender a mentir, para sobreviver e sorrir sem a menor vontade, com a finalidade de sobreviver a tudo inclusive a falta que você faz nesse pequeno apartamento, de amor derramado, concreto e ressentimento.
Se eu falasse somente a verdade eu já estaria morto e no inferno a sua espera.
Para ele viver é um tormento que apodrece o pensamento.
Chega, você tanto fez, e agora tanto faz.
Não vou mudar nada do que ousei dizer um dia, minhas roupinhas de anjo foram todas para o fogo do pentecostes.
Sou um prisioneiro (essa palavra é linda em italiano). Por quê? Segredo!
Se escrevo em um guardanapo, ou na areia da praia adivinhada, sou livre e é a mais bela e singela liberdade.
Ninguém precisa ler o que escrevo, mas se vier vai ter.
É tão legitimo quanto o erro de ter em mãos um guarda chuva e preferir se molhar, em quanto segue nas bermas da estrada, somente para dizer que sua tuberculose foi culpa da chuva.
A minha liberdade hoje, mais precisamente agora, é justamente aquela que se chama liberdade.
Mentir é divertido e fácil demais.
Sei que há e sempre haverá algumas poucas pessoas que pagam para ler o que escrevo, outros tantos detesta porque por pura vaidade, inerente aos malditos eu nunca te prometi final feliz, nem sei se ele existe.
Você nem se quer sabe o qual a diferença entre vida real e vida ideal e ainda quer que eu me submeta a caridade gratuita?
Levo-te sim até meu altar, você chora e eu te perdoarei. Prometo!
Agora vou fazer aquilo que até a ultima madrugada eu julgava o pior dos pecados.
Talvez eu tenha que acarinhar esse meu ego latente que deseja a morte dos palhaços!
Marlon de Albuquerque
domingo, 2 de junho de 2019
O CÉU É DE VERDADE?
Quanto tempo perdi com idiotas, acreditando que o idiota era eu.
Escrevo sem enfeite, mas também não abro mão de fazer exatamente como faço. Fiz uma espécie de pacto prosaico com o insondável.
Não sou do mal, mas sei que quando escrevo , sou agressivo e raivoso, como cão, bebo até o ultimo gole da minha revolta sepultante.
Escrevia para me vingar, para ganhar dinheiro, para chorar depois, para ser amado, porem hoje não sei por quê? Para quem?
Escrever muitas vezes me parece um dom inútil.
Essa coisa de escrever é altamente perigosa, ao passo que sou a favor da legalização de todas as drogas inclusive a do amor e sexo.
Não sei escrever, misturo tudo e no final bebo do meu próprio veneno, ao passo que sou escrito pelo que escrevo.
Já passei décadas diante do espelho, somente depois de atravessar seu contrario, me encontrei inerte e drogado de pura vida.
Estou finalizando a leitura de O LOBO DA ESTEPE (primeiro livro que Clarice Lispector leu).
Harry matou meu sorriso, tenho medo que minha paralisia particular seja definitiva como a ultima pagina desse livro.
Já escrevi muitas coisas , rasguei e coloquei no fogo.
O primeiro livro que escrevi eu tinha onze anos, se chama; Historias que contei para meu peixe dormir. Ninguém deu importância, mas tudo bem, nunca o publiquei, e talvez nunca o faça, estou escrevendo meu ultimo livro com intuito comercial.
Enquanto isso eu era péssimo na escola, tinha dificuldades de aprender, de ser amado, repeti de ano varias vezes.
Em uma madrugada qualquer por volta dos dez anos comecei a escrever, e logo senti o controle, era como se o mundo estivesse na palma da minha mão.
Não sei matemática, informática, invencionatica de modo que escrever é somente o que sei.
Talvez um pouco criativo e hermético ao mesmo tempo, mas de nada sei ao certo e do mundo o máximo que consegui escrevendo foi me submeter a ele.
Conheço pessoas, gosto delas, cuido delas depois esqueço, depois escrevo.
Quando eu era criança meu padrinho Francisco me perguntou o que eu queria ser quando ficasse adulto eu respondi: aposentado.
Escrever é também uma forma de morrer aos poucos, escrever é também uma forma demente, porem gloriosa de renascer muitas vezes.
De uma forma ou de outra a vida acaba realizando tudo que pensamos, ainda que às avessas.
Marlon Príncipe maluco.
sábado, 1 de junho de 2019
OS BARCOS
OS BARCOS DE OUTRORA JÁ SE FORAM. OS DE AGORA JÁ SE FAZEM PRESENTES. E VOCÊ AUSENTE DE MEUS REPAROS, LEVASTES TODAS AS TINTAS QUE UM DIA PINTASTE MINHA VIDA, E ESSE VENTO DE ENCANTO RECOLHIDO TOCA MEUS OLHOS CONFESSANDO PELO CAMINHO DE LÁGRIMAS, A VONTADE AQUIETADA PELO DESESPERO DE SENTAR NAS PEDRAS E ESPIAR OS BARCOS COM TODAS AS CORES QUE SÓ TU CONSEGUE DEIXAR EM MEUS OLHOS.
Marlon-Principe maluco
MARCOS
É por você grande amor da minha vida, que sigo sem a menor condição de ir.
Pés cansados e feridos, eu era ainda um tolo que não enxuga o cabelo depois do banho.
Sentado nas bermas da estrada, no sol de meio dia, sem saber se aquela felicidade que eu buscava em toda sua nudez era aquela chamada felicidade ou a felicidade adivinhada.
Depressão é excesso de passado, mas Guimarães Rosa nos ensina que lembrar-se é uma maneira infalível de para sempre ter.
Minha verdadeira vontade é contar de vez o que me ocorrera antes de todas as acontecências. . .
Eu tenho a ti quando beijo estrelas, gosto delas e depois esqueço. . .
Não foi o pileque, é tão simples te dizer que tudo que um dia havia em mim somente te amava, ‘’sigo’’ sem você, mas nada conta como vida.
Você é meu lugar de viver, sonhar, morrer. . .
Você foi meu melhor presente, mesmo que ausente, e também o meu pior castigo, mesmo que presente!
Estava escrito nas estrelas (gosto desta frase), hoje sobrou somente o fim.
Não sinto vontade de voltar a ser criança, não tenho saudade de nada, nada mesmo. Até as crianças se tornam muitas vezes tristes e diabólicas.
Marcos, um garoto do meu prédio, coleguinha dos meus filhos, apertava todos os botões do elevador, e vivia sua gloria infantilizada.
O Marcos esse garoto que tantas vezes vi dançando e cantando no jardim, hoje se matou se jogando do décimo terceiro andar, com apenas nove anos.
Deixou em cima da cama um bilhete para seus pais.
Foda-se o destino, eu quero você agora, quero sua mão acendendo meu corpo para que eu possa luxuosamente comungar em seu orgasmo, tão divino e tão carnal.
Em mim você cabe toda, na mesma frase, na mesma, cama, no mesmo verso, no mesmo drama.
A morte da esperança que outrora Povoou meu pensamento idiossincrático acontece mil vezes em um dia, eu só penso em você.
Sim, eu sei que ainda temos bolas de gude, mas para minha pior morte o amor não é um jogo de criança.
Era março e sujei minha alma, dessa vez não foi de carvão.
O que fazer quando temos um presente lindo e não há quem o queira recebê-lo.
Antes do primeiro toque eu já te amava, como o menino Marcos eu vou morrer sem você, é simples eu amo você.
Entendam crianças jamais podem ser brinquedos de adultos.
Por todos os insultos de Deus, ele me deve você de volta, esperada, desesperada, cinderela desencantada.
Se eu pudesse escolher algo na hora da estrela, eu escolheria sua mão segurando a minha apenas isso, legitimaria toda uma vida vazia de sentido real.
Quero como querem as crianças sua mão invulgar, em meu suspiro final, caso não possa ficarei por aqui para sempre, me recuso a partir de outra forma.
Antes de se jogar o Marcos escreveu no bilhete: não tenho roupas para hoje.
Nosso encontro banhado de luzes e rosas era minha terra prometida naquela noite chuvosa.
Eu amo você, não tenho outra noticia e sinceramente nem a quero.
Marlon Príncipe
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