Surpresa

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sábado, 8 de junho de 2019

Rafael




Clara já foi chamada de porca, ela não liga, uma vez que transita no terreno áspero da maldade. É uma maldade que salva, ela ama parafilias e arvores de natal. Ela assume que já foi viciada em algofilia, ainda gosta da dacnomania, e às vezes no metro pratica fronttage, ela é livre como todo ser vivente que sabe que as verdades, assim como as mentiras são todas impermanentes.
Nesse mundo louco de gente careta, você é um presente que me recuso a devolver para a natureza.
Tenho o dom de dar. É bíblico, Deus só ama quem dar com alegria, nessa hora que dou algo a alguém que nem sei quem é, nem sei como, nem sei por que aquilo que eu doava se tornava eternamente meu.
O ladrão nunca é o verdadeiro dono do ouro, mesmo estando dentro de sua própria pátria.
Dizem que quem divulga caridade, perde com Deus, meu amor é maior, eu divulgo porque não espero nada do Deus, que outrora me fez sangrar.
Os homens e Deus são tempestades.
Sinto prazer em doar.
Balada, internet , sexo e outros demônios é o verdadeiro laço do passarinheiro.
Hoje Clara esteve aqui, Clara e sua claridade, mas eu estava mudo, não de voz, mas de alma.
Uma pessoa me beijou hoje, por um momento assumi o que tenho de mais carnal: o desejo de segurar sua mão de inferno a verão.
Quando eu tinha por volta de dezessete anos eu vi o dono de uma lanchonete jogando um homem embriagado com toda força e crueza na calçada da humilhação.
Fiquei em choque, era o mundo se revelando diante dos meus olhos arregalados. Passaram-se anos, mas nunca mais consegui refazer os soluços de meu sorriso.
Sinceramente? Perdi-me no mundo, assim como estou perdido nessa escrita, agora.
Vendi meus livros para ter o que comer, meu Deus que tristeza.
Você acredita que até O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO eu tive que vender?
Tem tanta gente amarga de tão carente , precisando de um colo quente.
Ontem Rafael me ligou, ele vende opioides, e brisa , nas madrugadas picha muros.
Meu sentimento agora é de pura estranheza, sou estranho a mim mesmo inclusive, será meu destino?
Vivo a duras penas arrepiado de medo e loucamente desejoso do grande final.
Tem gente que sofre mais do que a escrava Isaura, porque seu algoz é seu próprio destino. Esse cara sou eu? Somos nós? Existe nós?
Marlon- Príncipe maluco

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