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domingo, 2 de junho de 2019

O CÉU É DE VERDADE?




Quanto tempo perdi com idiotas, acreditando que o idiota era eu.
Escrevo sem enfeite, mas também não abro mão de fazer exatamente como faço. Fiz uma espécie de pacto prosaico com o insondável.
Não sou do mal, mas sei que quando escrevo , sou agressivo e raivoso, como cão, bebo até o ultimo gole da minha revolta sepultante.
Escrevia para me vingar, para ganhar dinheiro, para chorar depois, para ser amado, porem hoje não sei por quê? Para quem?
Escrever muitas vezes me parece um dom inútil.
Essa coisa de escrever é altamente perigosa, ao passo que sou a favor da legalização de todas as drogas inclusive a do amor e sexo.
Não sei escrever, misturo tudo e no final bebo do meu próprio veneno, ao passo que sou escrito pelo que escrevo.
Já passei décadas diante do espelho, somente depois de atravessar seu contrario, me encontrei inerte e drogado de pura vida.
Estou finalizando a leitura de O LOBO DA ESTEPE (primeiro livro que Clarice Lispector leu).
Harry matou meu sorriso, tenho medo que minha paralisia particular seja definitiva como a ultima pagina desse livro.
Já escrevi muitas coisas , rasguei e coloquei no fogo.
O primeiro livro que escrevi eu tinha onze anos, se chama; Historias que contei para meu peixe dormir. Ninguém deu importância, mas tudo bem, nunca o publiquei, e talvez nunca o faça, estou escrevendo meu ultimo livro com intuito comercial.
Enquanto isso eu era péssimo na escola, tinha dificuldades de aprender, de ser amado, repeti de ano varias vezes.
Em uma madrugada qualquer por volta dos dez anos comecei a escrever, e logo senti o controle, era como se o mundo estivesse na palma da minha mão.
Não sei matemática, informática, invencionatica de modo que escrever é somente o que sei.
Talvez um pouco criativo e hermético ao mesmo tempo, mas de nada sei ao certo e do mundo o máximo que consegui escrevendo foi me submeter a ele.
Conheço pessoas, gosto delas, cuido delas depois esqueço, depois escrevo.
Quando eu era criança meu padrinho Francisco me perguntou o que eu queria ser quando ficasse adulto eu respondi: aposentado.
Escrever é também uma forma de morrer aos poucos, escrever é também uma forma demente, porem gloriosa de renascer muitas vezes.
De uma forma ou de outra a vida acaba realizando tudo que pensamos, ainda que às avessas.
Marlon Príncipe maluco.

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