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terça-feira, 13 de maio de 2014

WWW



Nossa evolução como seres humanos pensantes esbarra nas telas de 14 a 20 polegadas. É ali, marginalizados e subversivos que caímos na isca doce de cometer diversos males. Pois é, não temos mais para onde "voar" tudo já foi dito e ensinado, mas o www não nos deixa ter tempo de aprender. Isso, o que chamamos de evolução, é tão somente um necrotério "à tela aberta". Pênis, vaginas, ânus, felações, ejaculações, "fistações" etc. Tudo deflagrado aos milhões de acesso world wide. Arrebenta-me de tristeza esse abraço que jamais será dado, senão pela ponta dos dedos; esse beijo que não passará de uma abreviação digitada. Sim, estamos em plena GRANDE REVOLUÇÃO das aproximações globais sem ao menos reproduzir um mínimo, mas essencial, olho no olho. As pessoas tem se aproximado em relações comerciais, não daquelas existentes para certo equilíbrio, mas aquelas de prostituição, de promiscuidade... Quantos anos? Idade? Altura? Dinheiro? Roupa? Balada? Potência e posição sexual? Pronto! Está feito o check out. Se você atendeu aos requisitos, terá, ao menos, alguns minutos de uma "trepada" (perdão). Se você não atendeu aos critérios daquele que te avalia com a prancheta de um legista, num necrotério construído por nós, paciência! Terá de se isolar nos becos que ainda restam para os que não cumprem as exigências mínimas - há lugares escuros (e onde estão os claros?) por aí, onde você não é visto, não se apresenta nem é questionado de nada. Apenas goza. Ao final da esmola de alguns centímetros de nervo cavernoso de sangue que te foi dado ou pedido. Ouse rir e achar demasiado o que escrevo. Amanhã, estará você no centro dessa imundície a que chamamos: RELAÇÃO HUMANA NECESSÁRIA. Tudo bem, o seu maior desejo a essa altura é recusar o que escrevo e bravejar: Eu não! Xiste puro! Somos todos iguais. Eu poderia buscar com a superstição verbal a minha absolvição. Mas não quero. Estou cansado. Entrego-te a palavra que pode me condenar à verdade. Pior morte. E o que está nisto que tentamos ensinar um ao outro? Está toda a contaminação do pouco que aprendemos e, por ser pouco, tornou-se o pior veneno. Esta substância está percorrendo todo o nosso ser, corroendo a miséria farta que temos. Por desespero, passamos por cima de tudo e de todos. Afinal, eu e somente eu tenho que sobreviver. Desejamos que fosse diferente, mas foi só o que aprendemos. Você está on line? Tc de onde? Como seguirá a sua história?
Adriano Gustavo Di Andrade.

2 comentários:

  1. Adoro porra principalmente na boca. Mas o texto é bem polemico.
    Raniere

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  2. Quando eu bato punheta na NET eu fico tão triste depois.
    Me identifico com cada palavra desse texto.
    ASS. Carneirinho

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