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quarta-feira, 1 de maio de 2019

A alegria suicida




Nasci com quatro penitencias, cumprindo a terceira a duras penas. A quarta eu não consigo,quando eu estiver diante de Deus eu tomo um uísque , acendo um cigarro e de coração limpo peço perdão.
Sinto pânico, angustia, medo e dores de parto.
Outro dia vi um pássaro sendo assassinado, mataram seu canto, seu vôo, sua vida e seu pranto.
Todos choramos, eu tenho um pequeno palhaço que Robson me trouxe e ele chora, todos os dias como eu.
Hoje distraído e, sem mais esperar nada do mundo suicida no qual habito, eu recebi uma linda flor de quem mais amo, foi lindo, meu corpo marcado se enchei de estrelas.
Logo depois continuei na praça, sentado, sem coragem de viver e sem coragem para morrer. Apático
O pássaro era alegre, eu não.
Me disseram que uma cigarra permanece anos em baixo da terra e quando finalmente nasci para a vida, vive apenas poucas horas, ela canta tanto que morre de tanto cantar.
Preciso de força, amigos, goiabada,para continuar caminhando, seguindo, mas meu corpo retalhado e levemente inclinado para poesia perde a cada segundo a resistência.
Carrego meus corpo pelas ruas, ninguém suspeita que viver doa em mim, eles não querem pensar em mim e nem em você.
Sigo com o peso de quem carrega pedras.
Antes que eu esqueça falei da cigarra porque existem alegrias suicidas.
A cigarra, o pássaro e eu temos algo em comum: a dor de não ser gente e precisar de um favônio para viver morrendo a toda hora.
O amor perdeu para seu contrario, sabe qual o contrario do amor?
Ninguém sabe amar, e todos quê vão embora sem piedade do coração alheio, deveria morrer com uma bala no peito, teria meus aplausos.
Algumas vezes já sonhei morrendo com uma bala no peito, talvez isso aconteça, mas a morte é uma farsa.
O amor e o inferno são duas coisas iguais.
Nada mais nobre do que morrer, e matar por amor, lembre-se eu disse por amor;
Amor, feitiço, veneno às vezes percebemos tarde demais, somente depois do grito fatal.
Ele disse que me amava, mas depois de quarenta dias só restava seu cheiro em meus lençóis e eu embriagado de maçã. É justo?
O que faço com minha mais recente desordem emocional?
Talvez escrever, mas escrever, mesmo sem a menor vontade?
O amor é GRAVE, e PERIGOSO, que calvário e você com quase cem anos tolo não percebeu. Amor mata.
Cintia matou Luciano e depois se matou por amor.
Hoje meu telefone tocou quatorze vezes, e eu que somente queria o amor tranqüilo não atendi.
Meu purgatório que começou na maternidade pede socorro o tempo inteiro e isolamento também, porque o adulto é triste.
Ando pelas ruas gritando o nome de pessoas que nem sei o nome.
Talvez, ou não eu precise de muita coragem para atravessar o oposto de mim mesmo para entrar na estação das flores.
Ganho dinheiro vendendo as minhas desgraças, ou prostituindo POBRES palavras prosaicas, quero e preciso dizer tudo que me foi revelado secretamente sobre o amor.
Mas para uma alma defasado de tanto amor não dado é impossível falar de amor com pureza de coração é necessário passar pelo território abençoado do inferno.
Sou gay, rei, feiticeiro e dama, porque o que Deus risca ninguém rabisca.
Como são ingratos os homens, e pior eles nem percebem o quanto são INGRATOS.
Ele é retirante, gordo, pobre, gay, e feio, mas possui o dom dado pelo o Deus de enfeitiçar pessoas, ao passo que o seqüestro da subjetividade vive na varanda da casa velha.
Cada lagrima reprimida, cada corte, cada dor, cada lagrima rolada, um dia o mundo vai me pagar tudo que me deve.
Humanos descartando humanos como se fossem lixos. O inferno deve está Lotado de almas que juram amor eterno e na semana seguinte está na cama de outro.
Eu a cigarra, e o pássaro seguiremos de mãos dadas rumo ao jardim do éden, Até o golpe de graça. Fim!
Marlon príncipe maluco

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