Surpresa

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Orfandade



Hoje pela primeira vez tive um sentimento que nunca me ocorrera antes, o nome dele é orfandade, a dor foi tamanha que me senti engolido pela própria vida. Parece-me que a gente vira homem e logo adoece por dentro.
Talvez essa forma violenta e com tamanha clareza que a vida tem de nos apresentar a solidão seja também uma forma de crescimento.Família é um teatro prosaico, onde só tem aplausos no natal.
A vida adulta me ensinou que quando temos a sorte de ter alguém para segurar nossa mão por suposta caridade é porque na verdade ele sabe que possuímos algo de que ele precisa.
Quem dera poder apagar tudo que vivi, tudo que passei, tudo que penei, mas a vida é como uma flecha lançada não tem volta, nunca tem volta.
Crescemos e viramos um bicho de tanta lucidez.
Eu ando pelo mundo, converso com pessoas, dou milho aos pombos, escrevo toneladas de poesias, mas ninguém alcança.
A minha sensação de desencaixe é permanente, olhando para trás chego à conclusão que se pudesse eu mudaria tudo, menos uma coisa, pois foi à única que valeu a pena em toda minha vida.
Ainda me sobra um punhado de inspiração, mas sem garantias. Penso no meu futuro e me vejo velho, gordo,bebendo, fumando e escrevendo sem parar, na talvez inútil tentativa de não enlouquecer.
Já me tiraram tanto, espero que por pura caridade Deus não me tire à palavra, ela é meu oxigênio dentro do umbral que se tornou meu quarto.
Sempre escrevi, publiquei livros, sou lido por paralíticos emocionais como eu e por puro carinho inocente sou grato.
Às vezes Deus me tira a palavra e imediatamente fico cego. De certa forma me culpo por nunca ter conseguido escrever uma história cor de rosa.
É uma espécie de inclinação para os escombros do mundo, mas juro que eu nunca quis ferir o coração de ninguém, só quero escrever do meu jeito sem abrir mão de minha verdade verdadeira.
Não quero ser entendido, isso para mim, seria cultivar prisioneiros.
Agora por exemplo eu queria ter uma historia bonita para contar, mas não consigo porque em meu coração a palavra orfandade já foi escrita.
Hoje chorei, chorei pela criança que me roubaram a oportunidade de ser, choro principalmente por aqueles que têm fome e sede de justiça, entre eles estou eu. Tem dias que deito e já quase dormindo lembro-me que não chorei, prontamente me levando choro um pouco e volto para meu sono consolador. É uma espécie de penitencia que Deus me deu.
Existe um pacto amoroso entre a maternidade e o cemitério e eu totalmente molhado de chuva não consigo entender esse mistério.
A ignorância seria uma benção?
Tenho recusado todo tipo de aproximação, para usufruir de um punhado de paz para beijar o céu.
Escrever é o oficio mais difícil e perigoso, podemos parir luz ou treva. Eu apenas vomito e fujo para não engolir meu próprio vomito.
Humildemente peço perdão a Deus todos os dias pelo amargo e doce pecado de escrever.
Eu trocaria tudo que tenho e vivi, por alguns instantes de plenitude.
Sinto-me um adulto infantilizado procurando um brinquedo que perdi há mil anos.
Ganho dinheiro escrevendo e vendendo as minhas indigências, é um caminho sem volta e fatal, ao passo que não possuo dom e nem habilidades para mais nada.
A palavra me deu tudo, por isso sou escravo e devoto dela, a palavra me deu inclusive a clareza e seu veneno.
As pessoas não querem ser famosas para serem celebridades, mas para serem amadas. Pensem o que quiserem, mas a verdade é que o amor mora longe.
Agora eu queria gritar para o mundo inteiro ouvir, mas não posso, preciso escovar os dentes e dormir.
Marlon príncipe

FIM




Cada palavra aqui escrita é um suicídio adiado.
Se não quiser ler , não leia, é tudo uma bosta a base de minha mudez que ninguém gosta.
Nada aqui ou em mim há ódio, é apenas um canto de lamento.
Venci, cheguei à terra prometida, mas já era tarde demais.
Juro que faço um esforço surreal para me manter vivo, pelo menos fisicamente.
Estudo, trabalho, leio, como goiabada, lavo roupas (adoro), escrevo, apago, mas no final de tudo a vida nunca me empresta o sabor.
Peço desculpas, mas não mais farei concessões enquanto escrevo.
Depois que o fogo apagar e só restar fumaça, diga o que quiserem, eu não me importo.
Alegria só tive duas, mas foram genuínas, como as das cigarras que nascem e cantam até a morte.
É que na verdade me culpo um pouco por te contaminar com minha insanidade, mas com a mesma força que cuspo aqui meu veneno te peço perdão na ingênua e brutal esperança de que no final das contas sobre de mim, dentro de você apenas a ternura e o carinho.
Eu continuo remando, mas de que vale remar se o mar está vazio, é nessa hora que sou possuído por uma escuridão que me reduz aquela criança assustada e medrosa que um dia infelizmente eu fui.
A morte não da tréguas e hoje perdi quem mais amei. A morte me desorganiza, a vida também.
Vou continuar lutando, mas sobra à pergunta, existe coisa pior do que continuar, continuar e continuar sem esperança alguma?
Lutei, mas o inevitável aconteceu, em meio a luzes, danças, festas e também glorias a vida, a minha vida perdeu o sabor.
Escrevo para me salvar, porem sem fé nenhuma.
Sinto falta de ar, sinto falta do filho que não gestei, das flores que não plantei, do amor que perdi na esquina da morte. Ainda espero um dia me reconciliar com Deus, com a vida e suas esporas de aço.
Cada dia que passa, mais e mais deixo de pertencer a tudo e todos.
Quis o amor, fiz amor, dei amor, no final de tudo restou apenas um vale de lagrimas.
Penso que o que ainda me mantém vivo é a certeza de um dia vou morrer.
A vida nem sempre foi cruel comigo, mas o pouco que foi retalhou minha alma infantilizada inteira.
O que mais me dói é saber que a vida não é uma resposta, nem mesmo o contrario dela responde a minha mais intima perturbação.
Para mim é mais fácil entender os psicopatas dos que os ingratos. Quanta ingratidão meu Deus, tenho que engolir, sem poder dizer nada, porque nada do que sinto e escrevo altera o que quer que seja.
Nunca me senti, tão só (talvez todos sejam sozinhos, ainda que alienados não percebam).
Minha alma não cabe mais nesse apartamento, nem nessa cidade, nem no país das maravilhas.
Se por acaso um dia você me ler, te peço humildemente que nunca permita que a vida te apodreça como me apodreceu.
Escrever para mim, não é mais prazer, é apenas uma espécie de opioide.
De repente você perde o carro, a grana, a saúde, o rebolado e a alegria de viver, e inevitavelmente todos se afastam. Vou te contar um segredo que descobri a duras penas, amizade só existe até a pagina dois, amizade é mentira.
A forma como a vida me revelou a solidão também é uma forma de morte.
É torturante continuar seguindo sem a menor vontade,mas parece que de nada mais posso fugir, porque meu algoz é meu próprio destino.
Eu sou vinho, você pode me colocar mil vezes em uma garrafa de cachaça, eu permanecerei sendo vinho, mas a essa altura do meu coma emocional essa certeza, não serve para porcaria nenhuma.
Deus que me perdoe, mas quem já vivenciou a experiência de ser lixo nunca mais será inteiramente imaculado.
Escrever também é uma forma idiossincrática de sacralizar o cruento silêncio interno.
Nesse momento que você me ler com susto e horror, alguém está morrendo, provavelmente alguém amado, e eu nada posso fazer, estamos o tempo inteiro mudando de porto e até o presente momento, eu não consigo me salvar.
Estou aprendendo a odiar e amar com igual fervor o fim das coisas, talvez um dia, provavelmente em um domingo, a vida me revele do jeito mais bonito que a única forma concreta de salvação, seja justamente o tão temido fim.
Paguei e pago um caro pedágio por cada dia de vida, e se batem na minha porta eu nada posso oferecer porque até meu pão Deus jogou na chuva.
Perdoe minha falta de ar, perdoe minha falta de luz,perdoe,perdoe minha falta de força e até minha falta de amor, que outrora era constante, verdadeiro e de uma pureza quase angelical.
Nada do que fiz, vivi e escrevi foi por mal é que no auge da minha ternura pensei que brincar de viver curava feridas.
Em meu coração nunca houve grades, por isso tantos e tantos entraram e saíram, para nunca mais voltar para me ajudar a arrumar a bagunça deixada.
Não se iluda meu irmão, não se pode navegar em um rio vazio.
Obrigado por pensar em mim, aceite o meu mais puro e sincero carinho. Rasguem minha pobreza, não a guarde para si, ela é perigosa.
Agora vou parar preciso de um gole de café, um gole de vida ou um gole de uísque.
Até outro dia qualquer ou nunca mais. Basta!
Marlon Príncipe

sábado, 30 de novembro de 2019

domingo, 24 de novembro de 2019

O maior amor do mundo



A mim ela ensinou tudo.
Sobrou apenas a pergunta: como pode um peixe vivo, viver fora da água fria?
Sempre quis levar minha vó no cinema, viajar, teatro e etc.. .Mas nunca tive dinheiro, depois quando eu já poderia, ela já estava doente e totalmente debilitada.O destino foi cruel conosco.
É a única pessoa que me amou exatamente da maneira que eu necessito ser amado, e eu a amo e sempre amarei acima de tudo e de todos.
Um morto amado nunca mais para de morrer.
Por ela vou continuar vivendo, amando,escrevendo e fingindo está vivo, a para sempre morto por dentro.
Ela viveu 88 anos, mas eu nunca quis que ela morresse antes de mim.
Meu amor MAIOR, minha fada você é iluminada pelos raios da ternura, minha vida.
Não irei no sepultamento, pois jurei nunca mais voltar na cidade onde ela mora, vou cumprir o juramento até meu ultimo suspiro.
Metade de mim morreu e a outra metade também.
Segue a musica que cantávamos um para o outro: como pode um peixe vivo, viver fora da água fria, como poderei viver sem a sua companhia?
Hoje o que me mantém vivo é a esperança de um reencontro, sem demoras. . .
A minha primeira experiência de fé foi quando eu tinha seis anos de idade, indo para maternidade com minha avó visitar meu primeiro irmão que havia nascido andando pela rua segurando a mão de minha vó eu escorreguei, mas ela segurou firme a minha mão, eu confiei, eu acreditei que ela não me deixaria cair. Deu tudo certo ela sustentou meu pequeno corpo com sua mão e eu não cair. Essa foi a minha primeira experiência de fé. Aos poucos fui entendendo que Deus usa mãos, bocas e rostos humanos para nos livrar de escorregões nas avenidas das cidades ou da alma.
Tenho muitos amores e minha mãe certamente é um deles, minha mãe tem um papel fundamental na minha vida porque ela me faz pensar que sou possível. Mas o maior amor da minha vida é minha avó Maria, ele sempre me deixou chorar a vontade, ela nunca abortou minhas lagrimas, ela sempre me acolheu sem perguntar nada, sem questionar, jamais em tempo algum outro amor me completou tanto, ela é sem duvida o único ser humano que conheci e nunca em tempo algum quis roubar o meu direito de ser frágil. Ela estava (um morto amado não tem idade) idosa e frágil, às vezes lúcida às vezes não e a cada dia que ela perdia um pouco os movimentos emocionais ou físicos eu morria um pouco. Vejo na internet sempre vários grupos, organizado querendo resgatar animais que sofrem maus tratos, vejo grupos sendo solidários aos gays que sofrem violência em casa ou na rua, vejo pessoas indignadas com a violência contra as mulheres e tudo isso acho fantástico e apoio, mas nunca vi um grupo se organizar para resgatar idosos que são abandonados pela família em abrigos imundos pelo simples fato de perderem suas utilidades, a grande maioria dos abrigos para idosos no Brasil é um verdadeiro inferno, eles apanham, ficam dias sem tomar banho, são torturados e experimentam na carne a dor pior desse mundo que é o ABANDONO. Já vi campanhas adote um cachorro, adote uma criança com câncer, adote um menino de rua, e tantas outras. Penso que seria linda uma campanha adore um idoso, por que os inúteis também sentem fome de amor e poesia.
O poeta e cantor Carlinhos Brown disse certa vez que abandonar é um dos piores crimes que um humano pode cometer. Eu concordo totalmente.
A utilidade é um território muitíssimo perigoso, porque nos convida o tempo inteiro a amar apenas o que é útil, o que produz o que soma.
O que mais me da orgulho de ser escritor é que esse oficio, me oferece condições de visitar os contrários da condição humana, escrever me da livre aceso a minha indigência e através dela eu visito a do outro.
Esta semana um amigo me contou que leu em um jornal que uma moça espancou o pai de 75 anos pelo simples fato de ter pedido a ele para pagar algumas contas na internet e ele não conseguiu. A minha alma de criança chorou, a minha alma de idoso quis morrer.
Acredito sim na força de todos nos humanos empenhados em mudar a realidade que nossa vista esta cansada de ver e de tão cansada se acostumou. Preconceito é sempre igual, e racionalizar o fato de que o outro seja ele quem for também sente dor é o jeito mais bonito de ser pessoa.
Já fui fã, admirador e outras coisas mais de Clarice Lispector, hoje sou apenas devoto dela, é uma devoção quase suicida, mas me faz bem. Clarice disse certa vez: ‘‘eu gosto do que não presta pra nada’’. Mergulhar na inutilidade do outro é uma forma interessante de tentar desvendar o mistério de ser quem sou. Se depois de ter diante dos seus olhos um ser inútil você consegue amá-lo, tire a sandálias dos pês e agradeço a Deus, porque sem duvida nesse mundo de almas raquíticas você é um ser sublime, ou especial no sentido mais especial da palavra especial.
Voltando a minha avó Maria ela não prestava para mais nada, mas eu não sei viver sem ela. Pouco a pouco ela esta saindo do mundo das utilidades, mas não para entrar no mundo do esquecimento e sim para entrar no mundo dos significados.
Nunca foi amor, sempre foi maior.
Marlon De Albuquerque

Vinho



Sou vinho, você é cachaça, você pode me colocar mil vezes em uma garrafa de cachaça, permaneço sendo vinho!
Príncipe Marlon

sábado, 2 de novembro de 2019

Até breve




Grandes homens são todos os que conseguem fazer o mundo um pouco melhor graças à sua existência.
Educando uma criança ou colaborando pela sua ida à escola, acarinhando seu cachorro amado . . .
Dedicando algumas das suas horas mais preciosas aos seus amores.
Grandes homens são os que fazem a diferença na vida de alguém. São os que sabem semear o jardim das afeições com as delicadas flores da atenção e da presença, nos momentos mais marcantes ou decisivos das suas existências.
O mundo é hoje um lugar melhor porque você existiu e o tornou mais belo, amigável e justo para quem um dia se cruzou na sua vida.
Hoje seu coração não bate mais neste mundo, mas você será para sempre recordado com um grande homem! É um privilégio ter seu lindo sobrenome( Albuquerque) ser seu neto é uma honra.Por tudo isso me sinto na obrigação de ser cada vez mais justo, melhor e LUTADOR!
Você foi simplesmente o ser humano mais íntegro e honesto que algum dia conheci. E pode ter certeza que jamais será esquecido. Pois pessoas assim especiais como o senhor e meu outro avô João de Deus acabam por se tornar imortais.
Descanse em paz e se puder sinta orgulho do bem e de todos os ensinamentos valiosos que deixou a tantas pessoas. Até um dia.
Hoje é um dia triste, lembro do meu amado avô João de Deus, da minha linda avô Josefina, da minha irmã,do grande amor da minha vida que se foi com apenas 25 anos de idade, Glorinha, tia Ana Cruz, tia Carmelita e tantos outros que prefiro não lembrar , para não morrer de minha pior morte.
Mas me recordo de forma especial, do meu avô Waldemar Albuquerque , pois além de sua ausência, se ele estivesse conosco completaria 100 anos e tudo seria diferente e certamente haveria paz em todos os corações que possui o carimbo Albuquerque.
Seus ensinamentos, suas sábias palavras para sempre farão eco nas nossas consciências. E seu amor e postura protetora para sempre aquecerá nossos corações. Sentirei saudades eternas daquele que foi um dos homens mais fortes e melhores que já pisaram este planeta. Até sempre e descanse em paz, vô! Te amo!
O silêncio da morte é GIGANTE, o do meu coração , maior ainda.
Marlon de Albuquerque

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Responda


Já votei em estelionatário , ladrão, corrupto , mas em assassino jamais!Voto em qualquer pessoa, menos nas cruéis , todos os eleitores e seguidores do senhor Jair tem as mãos sujas de sangue.
Afinal quem mandou matar Marielle Franco?
Marlon príncipe

Amo


sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Esse cara sou eu


Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.

Clarice Lispector

Você gosta?


Transsexual é a pessoa que, por se sentir pertencente ao outro gênero, pode manifestar o desejo de fazer uma cirurgia no seu corpo para mudar de sexo, o que não acontece com as travestis.
Marlon Príncipe

Presidente de lixo


Mente vazia é oficina de Bolsonaro!
Marlon príncipe

Te aguardo carinhosamente!


Queridos leitores e seguidores, por gentileza me sigam no intagram, esse blog será desativado!
Muito obrigado de coração!
Marlon príncipe

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Ho’oponopono, Oração Original Morrnah Namalaku Simeona



Divino Criador, Pai, Mãe, filho - todos em um.
Se eu, minha família, os meus parentes e antepassados ofendemos Sua família, parentes e antepassados em pensamentos, fatos ou ações, desde o início de nossa criação até o presente, nos pedimos o Seu perdão. Deixe que isto se limpe, purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas. Transmute essas energias indesejáveis em pura LUZ. E assim é.
Para limpar o meu subconsciente de toda a carga emocional armazenada nele, digo uma e outra vez durante o meu dia as palavras-chave do Ho’oponopono.
EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATO.
Declaro-me em paz com todas as pessoas da Terra e com quem tenho dívidas pendentes. Por esse instante e em seu tempo, por tudo o que não me agrada de minha vida presente
EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATO.
Eu libero todos aqueles de quem eu acredito estar recebendo danos e maus tratos, porque simplesmente me devolvem o que eu fiz a eles antes, em alguma vida passada.
EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATO.
Ainda que me seja difícil perdoar alguém, sou eu quem pede perdão a esse alguém agora, por este instante, em todo o tempo, por tudo o que não me agrada em minha vida presente.
EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATO.
Por este espaço sagrado que habito dia-a-dia e com o qual não me sinto confortável.
EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATO.
Pelas difíceis relações das quais guardo somente lembranças ruins.
EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATO.
Por tudo o que não me agrada na minha vida presente, na minha vida passada, no meu trabalho e o que está ao meu redor, Divindade, limpa em mim o que está contribuindo com minha escassez.
EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATO.
Se meu corpo físico experimenta ansiedade, preocupação, culpa, medo, tristeza, dor, pronuncio e penso: Minhas memórias, eu te amo! Estou agradecido pela oportunidade de libertar vocês e a mim.
EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATO.
Neste momento, afirmo que TE AMO. Penso na minha saúde emocional e na de todos os meus seres amados… TE AMO.
Para minhas necessidades e para aprender a esperar sem ansiedade, sem medo, reconheço as minhas memórias aqui neste momento.
SINTO MUITO, TE AMO.
Minha contribuição para a cura da Terra:
Amada Mãe Terra, que é quem Eu Sou…
Se eu, a minha família, os meus parentes e antepassados te maltratamos com pensamentos, palavras, fatos e ações desde o inicio de nossa criação até o presente, eu peço o Teu perdão deixa que isso se limpe e purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas, transmute estas energias indesejáveis em pura LUZ e assim é.
Para concluir, digo que esta oração é minha porta, minha contribuição, à tua saúde emocional, que é a mesma minha, então, esteja bem. E na medida em que você vai se curando eu te digo que...
Eu sinto muito pelas memórias de dor que compartilho com você.
Te peço perdão por unir meu caminho ao seu para a cura.
Te agradeço por estar aqui para mim...

E TE AMO por ser quem você é.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Muito obrigado!



Alquimia da dor, a grandeza desse livro é imensurável, através da fragilidade, entendemos o poder das Marias.
Uma mulher poderosa, guerreira ilustra a dor e o prazer de ser mãe e mulher.
Foi maravilhoso ler esse livro, o qual explana detalhes arrepiantes e dolorosos. No fundo um duro cenário da vida real.
Fazendo com que nós leitores usemos a virtude da empatia, só assim corrigimos nossos fracassos e erros.
Deus te abençoe Marlon por esse livro maravilhoso.
Muito obrigado!
Beijos!
Josineide Albuquerque

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Compre já



Esse e livro foi o mais difícil que já escrevi. Foram cinco anos de construção de roteiro, pesquisas,introdução, desenvolvimento e conclusão desse projeto ( tive o privilegio de contar com uma equipe de colaboradores demasiadamente capacitada) . Em muitos momentos, senti vontade de abandonar a obra; senti dores de parto, durante toda escrita, talvez pelo fato de escrever sobre pessoas tão próximas a mim. Mas, ao final dele, me senti sentado à mesa posta, celebrando com todos os meus leitores o triunfo da fé sobre tudo aquilo que há de diabólico no mundo.

Esse livro poderia se chamar, ”O SOFRIMENTO COMO LUGAR DE REVELAÇÕES ILUMINADAS”, pois jamais conheci em toda minha vida uma pessoa com tamanha capacidade de transformar lata em ouro, como Maria a “ heroína” dessa história.

Alguns nomes foram modificados a pedido das personagens.

Essa leitura chegou a suas mãos por um motivo, mas vai permanecer por outro. Sabe qual? Descubra, abrindo todas as torneiras da sua sensibilidade. Existem distâncias que não são geográficas, são do nosso vazio interior; não são percorridas pelos nossos pés, uma vez que são espirituais - somente pessoas incomuns conseguem trilhar esse caminho e, no final dele, encontrar a chave que nos liberta das correntes da alma.

Somos como rios. Um rio só chega ao mar depois de ter encontrado outros rios pelo caminho. É mixórdia do percurso, quando na solidariedade de encontros o rio vai se agigantando, deixando de ser só, tornando-se outros. Essa analogia nos faz bem, se entendermos o avesso dela.

Um livro que tem como pano de fundo a poesia retirada dos olhos de pessoas que aprenderam, pouco a pouco, a gerenciar suas próprias misérias no ventre do silêncio. Tem-se um longo processo singular da promessa encarnada dirigida do templo do coração, do relicário do ser ao ser.

Esse trabalho possui três marcas: humanismo, simplicidade e provocação. A primeira para nos devolver a nossa humanidade falida e nos lembrar, a todo tempo, que o outro caminhante ao nosso lado, cheio de feridas, nos recorda o que somos. Com esse confronto, não sabemos lidar. Daí nasce o nosso desprezo. Quando sofremos ou choramos somos todos iguais. Sábios e ignorantes, mestres e alunos, inocentes e culpados, ricos e pobres, famosos e anônimos, torturados e torturadores - somos todos iguais. A segunda para nos mostrar que, com a ausência das coisas simples, nunca atingiremos o almejado estado de nirvana. Finalmente, para nos perturbar, retirando, debaixo das sombras, as pessoas que a soci-edade insiste em colocar na moldura cruel da invisibilidade.

Como escritor, eu dou o direito ao grito, ao pranto e ao canto às pessoas que, até então, se encontravam fora do tecido social.

Espero com esse trabalho trazer um novo debate público, promovendo inclusão social a todos aqueles que a sociedade insiste em jogar nas periferias da vida, negando seu direito à visibilidade e ao amparo social.

O campo de batalha nasce nos escombros do mundo, nas esquinas do nosso ser. A mesa posta começa, quando do inesperado, uma mão se estende em direção à nossa e nos faz crer que a melhor alternativa é seguir rumo à terra prometida; ela existe e eu provo nesse livro. Siga rumo a ela, mesmo que rastejando. Sempre siga em frente, mais adiante você vai entender tudo. Páginas da vida cheias de enfrentamento, alegrias e limites iluminam com todas as suas contradições as páginas desse livro.

Encontra-se em suas mãos um texto que esconde, nas entrelinhas, punhados de remédios que curam as cicatrizes carregadas por nós, consciente ou inconscientemente no sentido analítico-existencial e espiritual.

Como filósofo e psicanalista, visitei as indigências do mundo, para desvendar o misterioso conceito de fé. Conversei com muita gente marcada pela vida, mas perseguidora de sonhos brilhantes, portanto esse livro é fruto de um trabalho criterioso de pesquisa, e da jornada da Maria - uma mulher que possui a dureza dos metais e a sensibilidade das flores, como diz o poeta. Não se trata de um livro de ficção. Confesso que coloquei punhados de minha fértil imaginação, mas, no geral, tudo que há aqui são histórias da vida real, nem sempre tão doce, nem sempre tão amarga.

É um livro sobre pessoas prenhes de fé, esperança e amor.

Mergulhei na mística das aspirações femininas para dar a palavra (em formato de canto) às mães de modo geral, especialmente as mães de presidiários, LGBTs, dependentes químicos, prostitutas, crianças com necessidades especiais, suicidas, abortados, cadeirantes, soropositivos e tantas outras.

A personagem central do livro é Maria - uma retirante nordestina que sonha com um futuro melhor para seus filhos, mas se esbarra em três pedras no caminho que serão apresentadas ao longo da leitura. A destemida Maria é “uma mulher que merece viver e amar como outra qualquer do planeta”, vale ressaltar que “quem traz na pele essa marca possui a estranha mania de ter fé na vida”.

O senso comum (nem sempre sensato) sabe que as drogas somente levam a dois caminhos: cemitério ou cadeia, mas Maria bordou sua história com linhas de fé e isso não a impediu de conhecer pelas escolhas de seu filho, Luciano, o quinto dos infernos, mas é com muita alegria que venho anunciar a passagem de Maria pelo inferno, sem, contudo, ter permanecido nele.

Entre o que a sociedade e a ciência dizem e os planos de Jesus há uma distância muito grande. Em meio a presídios, cemitérios e o quinto dos infernos, aqui personagens se reinventam derramando luzes onde antes só havia treva. Esse livro tem a missão salvífica de provar que não há mal que dure para sempre.

Eu, como pesquisador da alma humana, penso que é justamente aí que se manifesta a grandeza do altíssimo, a magia do mundo e o milagre doce de viver. É assim que se intui, de um modo ou de outro, que nenhuma mudança, por sutil que seja, pode ser feita sem uma dose de ruptura ou sacrifício.

Esse livro brotou em meu coração através de olhos de seres humanos que se encontravam enjaulados por pessoas, coisas, fatos e sintomas. Eu falo da prisão do pensamento. Não, apenas, a do corpo. O mundo chora o tempo inteiro e, muitas vezes, o remédio são mamadeiras de palavras, mas ninguém as quer oferecer. Eu me deparei com matérias humanas cruelmente feridas pelo mundo, mas cicatrizadas pela fé na vida, em Deus e na possibilidade de mudança.

Quem ler esse livro sentirá desejo natural de ojerizar todos os tipos de entorpecentes. Quem ler esse livro terá aberta a porta do coração e, a partir daí, o mundo não vai mudar, mas seu olhar sim. Terá um coração capaz de acolher a todos aqueles a quem a sociedade despreza, mas a quem Deus tem preferência. Estranho para você? Para mim também. Mas, quando Jesus voltar, seus amigos não serão aqueles ajustados socialmente e sim aqueles que não merecem ser escolhidos e é nessa mística que está à grandeza dele - um coração tão imenso que acolhe todos.

Talvez você ainda não tenha encontrado uma saída para seu sofrimento, porque ainda não teve coragem de mergulhar com inteireza no mistério dele.

Maria fez isso. Aceitou com resignação e humildade seu purgatório e provou pela sua história de fé e superação que o sofrimento é ponte e, se interpretado da forma certa, deixa de ser um calvário e se transforma em um lugar de revelações iluminadas.

Quando terminar de ler esse livro, feche os olhos e, infalivelmente, seu coração vai te dizer em alto e bom tom: Deus está presente o tempo inteiro.

Marlon de Albuquerque

Latindo



Estou tão atrasado, que nem tenho tempo de explicar.
Drogas e dor são iguais. . .
Quero pelo menos experimentar ainda que seja como sobremesa aquilo que os outros chamam de felicidade.
Não podemos retornar ao útero, mesmo quando às vezes tudo é infernal.
Hoje o dia não foi ruim, chorei , mas foi por hábito. Do nada me veio à sensação de não pertencer a esse mundo, me sinto e é uma brisa de sensação legítima de que sou apenas um casarão abandonado.
Saber-se quem é pode ser libertador, mas ainda tenho muitos medos . . .
Antes quando criança, eu desconfiava que somente a poesia pudesse mudar o mundo, hoje com cinqüenta e cinco tenho certeza, a poesia é a única chave que liberta a alma presa.
Todo mundo que tem coração de príncipe e a alma retalhada precisa de poesia o dia inteiro, é uma questão de vida ou morte. De modo que peço diga ao povo que vivo.
Jogaram-me aqui, sem manual de sobrevivência, sem senha, sem guia.
Eu acredito no amor, vou morrer acreditando, porque nascemos com um coração e morremos com o mesmo.
Minha alma raquítica e cérebro afetivo infantilizado nunca conseguiram entender outro caminho.
É tudo tão arriscado, me deram migalhas envenenadas de afeto e eu que sempre fui sedento pelo verdadeiro amor, fui com ele até sua terceira margem, voltei de pés descalços e espinhos na carne.
Conhecer o caminho de volta não é garantia de felicidade.
Agora preciso pagar o aluguel e o meu pedágio por cada dia de vida.
Quero dizer mais do que a vida me permitiu viver , mas tenho medo de minha mudez e vendavais .
Liturgia é a passagem de Deus por nós, desejo que um dia ele fique.Afinal Deus é amor?
Marlon Príncipe

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Sol de primavera


Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vez

Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender

Beto Guedes

terça-feira, 20 de agosto de 2019

sábado, 17 de agosto de 2019

Agosto


As entradas do meu rosto
E os meus cabelos brancos
Aparecem a cada ano
No final de um mês de Agosto
Há vinte anos você nasceu
Ainda guardo um retrato antigo
Mas agora que você cresceu
Não se parece nada comigo
Esse seu ar de tristeza
Alimenta a minha dor
Tua pose de princesa
De onde você tirou
Amanhã! Amanhã
Amanhã! Amanhã
Amanhã é 23
São 8 dias para o fim do mês
Faz tanto tempo
Que eu não te vejo
Queria o teu beijo
Outra vez
Amanhã! Amanhã
Amanhã! Amanhã
Amanhã é 23
São 8 dias para o fim do mês
Faz tanto tempo
Que eu não te vejo
Queria o teu beijo
Outra vez
Amanhã é 23
São 8 dias para o fim do mês
Faz tanto tempo
Que eu não te vejo
Queria o seu beijo
Outra vez
Amanhã, outra vez
Amanhã, outra vez
Amanhã
Fonte: Musixmatch
Compositores: Paula Toller Amora / George Israel

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

INVEJA INOCENTE



Pedido de perdão, sem mudança não é resignação, é pura manipulação.
Estou tão atrasado que não me sobra tempo nem, para explicar o por quê.
Estatuas, derrotas, folhas no chão, drogas, baladas e outros demônios são todas ilusões, para nos jogar no chão.
Mergulhado em pura inveja inocente, eu queria mesmo era está entre eles, dançar a dança deles, sorrir, o riso deles, chorar junto com eles e morrer junto deles.
De vez que quando sinto vontade de voltar para o útero, dormir e acordar protegido dos vendavais e da minha imensurável vulnerabilidade humana.
Hoje por acaso o dia não foi ruim, confesso que até chorei, mas não foi por dor, foi por puro habito.
O mundo não é ruim, é que de repente sinto não caber nele.
Diante do espelho, troquei varias vezes de roupa para tentar me encontrar dentro de mim, mas fui mais uma vez apunhalado pela nítida sensação de ser a estatua de um palhaço de luz pisada, esmagada e roubada.
Meu coração mora na varanda dos casarões abandonados. Lá estavam eu, as estrelas, pássaros de todas as cores e um punhal.
Aos onze anos eu julgava que somente o amor tanto aquele nunca recebido, como aquele que jamais fora dado, eram as únicas coisas que poderia salvar ¬–me das trevas. Hoje aos setenta, tenho certeza.
Para um homem com cara de pobre e coração de príncipe, em toda uma vida a única porta que se abre em caráter de salvação é a poesia.
É triste sentir a falta de alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar, morrer e nem viver sem ela. . .
Não acredito no amor dela, mesmo assim o quero, como uma criança pobre que espera o natal para ganhar um brinquedo qualquer. Minha boca infantilizada, e minha alma raquítica, querem se salvar, mas o caminho está fechado.
Deram-me doses envenenadas de paz, e eu que sempre fui uma criança tão sedenta de calmaria, fui me deixando levar, sedento de quietude e amor, fui com ela até as margens da vida dela.
Eu disse: amo-te e paguei o aluguel, ela se derreteu de alegria imoral.
Não posso contar o resto da história, sinto medo de minha nudez envenenada.
Príncipe Marlon

terça-feira, 23 de julho de 2019

Aeroplanos


28/07/2019
Grupo de atores abordam a sexualidade e a diversidade na terceira idade.
Grande elenco.
Teatro da penha
As19:h
Tel:11-22950401
Grátis.
Convido todos os meus leitores e seguidores . . .
Marlon

Sexta do riso


26/07/2019
Elenco da praça é nossa se apresenta no teatro da penha com a peça Sexta do riso!
As 20:h
Grátis
Tel:11-22950401
Convido todos os meus seguidores , leitores e amigos . . .

CLAREAR


Cinco deficiente entre eles cadeirante, auditivo e visual abordam as diferenças humanas e de gênero.
Sucesso de publico.
Grátis
Tel:11-22950401
Apenas 25/07/2019
As: 19:h
Teatro da Penha-SP.

domingo, 7 de julho de 2019

O plural da palavra saudade



De que vale a mesa posta se os discípulos estão brigados?
De que vale o mar a frente se o barco está furado?
De que vale ter a senha se o cofre foi roubado?
De que vale o abraço, se o amor está cansado?
De que vale a flor no peito, que me mantém acordado, se o mundo está armado?
Tem homens, que sentem excitação por estatuas, leva flores, beijos, amor puro e depois vai embora.
Não sei mais o que dizer da minha solidão, mas gosto com adoração de ser um homem desocupado. A cada dia descubro mais prazer na inutilidade.
Paralisado no escuro do meu quarto, fico paralisado e completo. Completamente inerte, mas completo.
As gays desocupadas são as únicas felizes. . .
Desligaram meu coração, apagaram minha canção, e abortaram minha oração.
Ontem um rapaz que vive a pichar muros nas madrugadas, conversou comigo, no final, ele tentou me beijar, recusei, pela primeira vez eu senti um carinho paternal por um rapaz bonito, tudo aquilo era novo para mim, ele foi embora seguindo sua vida louca e eu fiquei aqui seguindo minha vida oca.
A Bruna quando não conseguia me amar do jeito que eu estava, ela me amava pela criança pura e doce que fui, mas na estação passada ela morreu em um desastre de avião. Quem dera que eu pudesse latir tudo que penso, Era tudo verdade, ela vivia confundindo liberdade com estado civil. Não sei se ela realmente merecia o silencio da morte, mesmo a querendo. Ela viveu todos os deslizes na crença irrecusável de que somente as adulteras são felizes. . .
Já experimentei ódio e amor com igual fervor, na mesma cama, na mesma hora, na mesma dor.
Um homem, de cabelos pretos hoje colocou fim na vida de uma arvore a mais bonita, morri junto com ela, será mesmo que existe plural na palavra saudade?
O significado da palavra liturgia é a passagem de Deus por nós, hoje eu o vi, ele brincou comigo, bagunçou meu cabelo e depois se foi riscando fósforos.
A morte da arvore chegou perto da minha velha desconfiança, de que somos todos arvores, sem vida, sem fruto, sem lucro.
Já sofri demais por hoje, o que ainda me resta de minha penitencia vou deixar para o ano passado.
Somos todos arvores disfarçados com roupas de viver.
Marlon-Príncipe maluco


Triste


sábado, 22 de junho de 2019

Amém


Porto


'’Seus lábios, seu pau, suas pernas se perdendo entre as minhas, seu peito, seus pelos, seu sorriso amarelo recordando o cigarro de outrora, suas mãos conduzindo a minha mão, os olhos cansados e feridos pelo cotidiano, adoro seu inferno doce e esse seu jeito de quem não sabe ser feliz direito, seu rosto, seu sexo, seu gosto, é sorte, morte e porto. Confesso e me rendo à humilhação eterna de precisar dessa matéria humana que é você, pedaço de veneno e oração. o cheiro do seu gozo é o meu pilar de localização no mundo e se a vida me condena a seguir que seja para beber seu suor, sua saliva e o inconfessável’’.
MARLON DE ALBUQUERQUE

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Respeito , por favor


A relação entre a transfobia brasileira e as buscas por travestis em sites pornôs pode ser encarada de diversas formas. “O site é uma fonte de informações para o agressor saber mais sobre as vítimas – e também para justificar seu ódio, porque lá ele vê coisas que não aceita”, afirma Carmita Abdo, coordenadora de pesquisas sobre sexualidade do Hospital das Clínicas. Também existe o desejo reprimido. “O agressor pode afirmar que sempre achou aquilo bizarro, mas se vê atraído, então, é capaz de fazer de tudo para sanar esse desconforto – inclusive machucar terceiros”, diz Carmita, que ressalva “É importante não generalizar. Não se pode dizer que todos os agressores estão buscando matar algo dentro de si, mas parte desse grupo pode, sim, ter esta motivação. As causas variam”, afirma.

No Redtube, um vídeo com a tag “travesti”, acumula mais de 450 milhões de visualizações. No Brasil off-line, nos primeiros 50 dias de 2019, ao menos 564 brasileiros foram assassinados por não se identificarem com o gênero que lhes foi designado ao nascerem.
Brasileiros são os que mais buscam imagens de travestis no mundo virtual, ao mesmo tempo são eles os que mais matam travestis no mundo.
Marlon príncipe

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Amarelo manga



Do nada vem na mente a palavra cega e desejosa, tento escrever e acabo me perdendo.
Tudo já foi dito, não se pode mais esperar e nem desesperar.
Não tenho energia para sair de cena, ou talvez eu fique por puro ódio inocente mesmo.
Se insisto no que digo é para provar ao mundo, que tu és meu verdadeiro abrigo.
O mundo rodando e eu me lascando, tento dançar o que eu já havia desaprendido.
A musica era da Maysa, e meu sorriso de tanto durar falsamente, ficou amarelo manga.
O fim é uma fabrica de suicidas.
Te olhar e não te ter é o mesmo que morrer.
Corro ao contrario do sol, em estado solene de pura escravidão, rumo a escuridão que salva.
O segredo para suportar a claridade é a rendição, pura e plena de coração.
Acaba o dinheiro, a saúde, ou o amor e logo o cara se mata.
Nem tudo está perdido, está chegando à estação das flores trazendo novos amores.
O fim é o pior veneno para um homem menino ainda pequeno.
Palavras são como flores, nascem e morrem, sem que eu possa salva-las ou abortá-las.
Não é mentira o mundo está rodando e tu tens a senha para girar junto com ele.
Minha professora de matemática foi noiva por dezenove anos e Wilson a abandonou e casou-se com outra. Defasada e desprezada pelo homem amado, por mim ela teria carta branca para acelerar a hora da estrela.
Um homem de verdade nunca despreza uma mulher, nunca, nunca mesmo, isso é pior do que bater nela.
Multipersonalistico, eu soube cedo que nenhuma das dores em ti, em mim, é pior do que a palavra fim.
Recomeçar é tão difícil, porque tudo acaba?
Uma coisa me deixa contente, a frágil certeza de que o amor AUMENTA a gente.
Marlon- Príncipe

sábado, 8 de junho de 2019

Rafael




Clara já foi chamada de porca, ela não liga, uma vez que transita no terreno áspero da maldade. É uma maldade que salva, ela ama parafilias e arvores de natal. Ela assume que já foi viciada em algofilia, ainda gosta da dacnomania, e às vezes no metro pratica fronttage, ela é livre como todo ser vivente que sabe que as verdades, assim como as mentiras são todas impermanentes.
Nesse mundo louco de gente careta, você é um presente que me recuso a devolver para a natureza.
Tenho o dom de dar. É bíblico, Deus só ama quem dar com alegria, nessa hora que dou algo a alguém que nem sei quem é, nem sei como, nem sei por que aquilo que eu doava se tornava eternamente meu.
O ladrão nunca é o verdadeiro dono do ouro, mesmo estando dentro de sua própria pátria.
Dizem que quem divulga caridade, perde com Deus, meu amor é maior, eu divulgo porque não espero nada do Deus, que outrora me fez sangrar.
Os homens e Deus são tempestades.
Sinto prazer em doar.
Balada, internet , sexo e outros demônios é o verdadeiro laço do passarinheiro.
Hoje Clara esteve aqui, Clara e sua claridade, mas eu estava mudo, não de voz, mas de alma.
Uma pessoa me beijou hoje, por um momento assumi o que tenho de mais carnal: o desejo de segurar sua mão de inferno a verão.
Quando eu tinha por volta de dezessete anos eu vi o dono de uma lanchonete jogando um homem embriagado com toda força e crueza na calçada da humilhação.
Fiquei em choque, era o mundo se revelando diante dos meus olhos arregalados. Passaram-se anos, mas nunca mais consegui refazer os soluços de meu sorriso.
Sinceramente? Perdi-me no mundo, assim como estou perdido nessa escrita, agora.
Vendi meus livros para ter o que comer, meu Deus que tristeza.
Você acredita que até O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO eu tive que vender?
Tem tanta gente amarga de tão carente , precisando de um colo quente.
Ontem Rafael me ligou, ele vende opioides, e brisa , nas madrugadas picha muros.
Meu sentimento agora é de pura estranheza, sou estranho a mim mesmo inclusive, será meu destino?
Vivo a duras penas arrepiado de medo e loucamente desejoso do grande final.
Tem gente que sofre mais do que a escrava Isaura, porque seu algoz é seu próprio destino. Esse cara sou eu? Somos nós? Existe nós?
Marlon- Príncipe maluco

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Mayã Frota


Mayã Frota, filho do ex-ator pornô, ex-Casa dos Artistas, ex-Praça é Nossa e atual eleito Deputado Federal por São Paulo pelo partido de Jair Bolsonaro (PSL), Alexandre Frota, voltou a ser um dos nomes mais comentados nas redes sociais.

Acontece que uma fotos do jovem dotado está circulando pela internet. No clique, Mayã aparece peladão, como veio ao mundo, excitado. Tem mais de 18 anos e ficou a fim de conferir?!

terça-feira, 4 de junho de 2019

A morte dos palhaços


E a gente corre,trabalha,ostenta de forma mais babaca possível em todos os lugares, a gente morre briga e faz de um tudo, sendo que no fundo queremos apenas um bocado de carinho.
A linguagem que uso é simples é a da rua, do ponto de ônibus, do barulho do vento.
Lembro-me dos vinte anos, eu infantilizado pela idéia de amor ideal, como um cachorro lambendo o chão da multidão. Amor ideal não existe.
E o logos que um dia eu fui, morreu!
Sempre fui um bom menino e nunca ganhei troféus ou flores por isso, meu crime foi revelar sem enfeites que o mundo é macabro e o homem está imerso em sua brutalidade.
Eu tenho um ponto fraco, ou todos temos?
Eu tenho uma interrogação, será que todos têm?
-Você mente, dizia ele.
- Mais do que você, ou qualquer outra pessoa comum?
Precisei aprender a mentir, para sobreviver e sorrir sem a menor vontade, com a finalidade de sobreviver a tudo inclusive a falta que você faz nesse pequeno apartamento, de amor derramado, concreto e ressentimento.
Se eu falasse somente a verdade eu já estaria morto e no inferno a sua espera.
Para ele viver é um tormento que apodrece o pensamento.
Chega, você tanto fez, e agora tanto faz.
Não vou mudar nada do que ousei dizer um dia, minhas roupinhas de anjo foram todas para o fogo do pentecostes.
Sou um prisioneiro (essa palavra é linda em italiano). Por quê? Segredo!
Se escrevo em um guardanapo, ou na areia da praia adivinhada, sou livre e é a mais bela e singela liberdade.
Ninguém precisa ler o que escrevo, mas se vier vai ter.
É tão legitimo quanto o erro de ter em mãos um guarda chuva e preferir se molhar, em quanto segue nas bermas da estrada, somente para dizer que sua tuberculose foi culpa da chuva.
A minha liberdade hoje, mais precisamente agora, é justamente aquela que se chama liberdade.
Mentir é divertido e fácil demais.
Sei que há e sempre haverá algumas poucas pessoas que pagam para ler o que escrevo, outros tantos detesta porque por pura vaidade, inerente aos malditos eu nunca te prometi final feliz, nem sei se ele existe.
Você nem se quer sabe o qual a diferença entre vida real e vida ideal e ainda quer que eu me submeta a caridade gratuita?
Levo-te sim até meu altar, você chora e eu te perdoarei. Prometo!
Agora vou fazer aquilo que até a ultima madrugada eu julgava o pior dos pecados.
Talvez eu tenha que acarinhar esse meu ego latente que deseja a morte dos palhaços!
Marlon de Albuquerque

domingo, 2 de junho de 2019

O CÉU É DE VERDADE?




Quanto tempo perdi com idiotas, acreditando que o idiota era eu.
Escrevo sem enfeite, mas também não abro mão de fazer exatamente como faço. Fiz uma espécie de pacto prosaico com o insondável.
Não sou do mal, mas sei que quando escrevo , sou agressivo e raivoso, como cão, bebo até o ultimo gole da minha revolta sepultante.
Escrevia para me vingar, para ganhar dinheiro, para chorar depois, para ser amado, porem hoje não sei por quê? Para quem?
Escrever muitas vezes me parece um dom inútil.
Essa coisa de escrever é altamente perigosa, ao passo que sou a favor da legalização de todas as drogas inclusive a do amor e sexo.
Não sei escrever, misturo tudo e no final bebo do meu próprio veneno, ao passo que sou escrito pelo que escrevo.
Já passei décadas diante do espelho, somente depois de atravessar seu contrario, me encontrei inerte e drogado de pura vida.
Estou finalizando a leitura de O LOBO DA ESTEPE (primeiro livro que Clarice Lispector leu).
Harry matou meu sorriso, tenho medo que minha paralisia particular seja definitiva como a ultima pagina desse livro.
Já escrevi muitas coisas , rasguei e coloquei no fogo.
O primeiro livro que escrevi eu tinha onze anos, se chama; Historias que contei para meu peixe dormir. Ninguém deu importância, mas tudo bem, nunca o publiquei, e talvez nunca o faça, estou escrevendo meu ultimo livro com intuito comercial.
Enquanto isso eu era péssimo na escola, tinha dificuldades de aprender, de ser amado, repeti de ano varias vezes.
Em uma madrugada qualquer por volta dos dez anos comecei a escrever, e logo senti o controle, era como se o mundo estivesse na palma da minha mão.
Não sei matemática, informática, invencionatica de modo que escrever é somente o que sei.
Talvez um pouco criativo e hermético ao mesmo tempo, mas de nada sei ao certo e do mundo o máximo que consegui escrevendo foi me submeter a ele.
Conheço pessoas, gosto delas, cuido delas depois esqueço, depois escrevo.
Quando eu era criança meu padrinho Francisco me perguntou o que eu queria ser quando ficasse adulto eu respondi: aposentado.
Escrever é também uma forma de morrer aos poucos, escrever é também uma forma demente, porem gloriosa de renascer muitas vezes.
De uma forma ou de outra a vida acaba realizando tudo que pensamos, ainda que às avessas.
Marlon Príncipe maluco.

Linda demais


sábado, 1 de junho de 2019

OS BARCOS




OS BARCOS DE OUTRORA JÁ SE FORAM. OS DE AGORA JÁ SE FAZEM PRESENTES. E VOCÊ AUSENTE DE MEUS REPAROS, LEVASTES TODAS AS TINTAS QUE UM DIA PINTASTE MINHA VIDA, E ESSE VENTO DE ENCANTO RECOLHIDO TOCA MEUS OLHOS CONFESSANDO PELO CAMINHO DE LÁGRIMAS, A VONTADE AQUIETADA PELO DESESPERO DE SENTAR NAS PEDRAS E ESPIAR OS BARCOS COM TODAS AS CORES QUE SÓ TU CONSEGUE DEIXAR EM MEUS OLHOS.
Marlon-Principe maluco

MARCOS




É por você grande amor da minha vida, que sigo sem a menor condição de ir.
Pés cansados e feridos, eu era ainda um tolo que não enxuga o cabelo depois do banho.
Sentado nas bermas da estrada, no sol de meio dia, sem saber se aquela felicidade que eu buscava em toda sua nudez era aquela chamada felicidade ou a felicidade adivinhada.
Depressão é excesso de passado, mas Guimarães Rosa nos ensina que lembrar-se é uma maneira infalível de para sempre ter.
Minha verdadeira vontade é contar de vez o que me ocorrera antes de todas as acontecências. . .
Eu tenho a ti quando beijo estrelas, gosto delas e depois esqueço. . .
Não foi o pileque, é tão simples te dizer que tudo que um dia havia em mim somente te amava, ‘’sigo’’ sem você, mas nada conta como vida.
Você é meu lugar de viver, sonhar, morrer. . .
Você foi meu melhor presente, mesmo que ausente, e também o meu pior castigo, mesmo que presente!
Estava escrito nas estrelas (gosto desta frase), hoje sobrou somente o fim.
Não sinto vontade de voltar a ser criança, não tenho saudade de nada, nada mesmo. Até as crianças se tornam muitas vezes tristes e diabólicas.
Marcos, um garoto do meu prédio, coleguinha dos meus filhos, apertava todos os botões do elevador, e vivia sua gloria infantilizada.
O Marcos esse garoto que tantas vezes vi dançando e cantando no jardim, hoje se matou se jogando do décimo terceiro andar, com apenas nove anos.
Deixou em cima da cama um bilhete para seus pais.
Foda-se o destino, eu quero você agora, quero sua mão acendendo meu corpo para que eu possa luxuosamente comungar em seu orgasmo, tão divino e tão carnal.
Em mim você cabe toda, na mesma frase, na mesma, cama, no mesmo verso, no mesmo drama.
A morte da esperança que outrora Povoou meu pensamento idiossincrático acontece mil vezes em um dia, eu só penso em você.
Sim, eu sei que ainda temos bolas de gude, mas para minha pior morte o amor não é um jogo de criança.
Era março e sujei minha alma, dessa vez não foi de carvão.
O que fazer quando temos um presente lindo e não há quem o queira recebê-lo.
Antes do primeiro toque eu já te amava, como o menino Marcos eu vou morrer sem você, é simples eu amo você.
Entendam crianças jamais podem ser brinquedos de adultos.
Por todos os insultos de Deus, ele me deve você de volta, esperada, desesperada, cinderela desencantada.
Se eu pudesse escolher algo na hora da estrela, eu escolheria sua mão segurando a minha apenas isso, legitimaria toda uma vida vazia de sentido real.
Quero como querem as crianças sua mão invulgar, em meu suspiro final, caso não possa ficarei por aqui para sempre, me recuso a partir de outra forma.
Antes de se jogar o Marcos escreveu no bilhete: não tenho roupas para hoje.
Nosso encontro banhado de luzes e rosas era minha terra prometida naquela noite chuvosa.
Eu amo você, não tenho outra noticia e sinceramente nem a quero.
Marlon Príncipe

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Amém


Triste pátria amada



Este foi o resultado da violência sofrida por Cherno Lannister hoje, simplesmente por ser gay.
A criminalização da homofobia e da transfobia não seria necessária se a educação de crianças e adolescentes contra a homofobia e a transfobia não fosse criminalizada. O Brasil tem que punir a violência porque não é capaz de preparar para a diferença. Resistência! 💛
Marlon- Príncipe

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Luxo psicológico






Se é pelo fim dos malditos diga ao povo que fico.
Meu psicanalista falou que é puro fluxo psicológico.
Ele errou é luxo psicológico.
Na feira, no parque, na praia não consigo parar de pensar nos mistérios das bolas de gude.
Vitimado pela mutilação coletiva, uma vez que o pensamento humano, sempre quer por caridade ou maldade a morte súbita, mansa e muda de um igual.
Meu lado certo é o contrario, amo bossa nova, mas prefiro fossa nova.
Minha tristeza e horror tinham um nexo fui à casa do padrinho de um dos meus filhos jantar, lá havia um quadro pintado de Clarice Lispector, ela estava tão pintada e enfeitada que parecia uma arvore de natal, personagem cênico de uma peça de teatro onde todos os palhaços morrem de tanto rir no final.
Fui embora sem avisar, pois Clarice passou uma vida lutando pelo direito de ser frágil comum e discreta. Por pura covardia um pintor idiotizado pelas cores do mundo a transformou em uma vedete.
A pedido de um padre que outrora já comeu um gay, não vou mais falar sobre bissexuais, foda-se todos eles, o importante é que não sou viado.
Eu amo a bíblia, ela diz que Deus só ama quem dá com alegria. Amém e que isso sirva de exemplo para você também.
O medico quando eu tinha 17 anos disse que sou esquizofrênico, passou nove remédios diferentes. Talvez eu seja mesmo esquizofrênico e por isso tenho pensamento desorganizado e abarrotado de inocência pisada.
O dinheiro compra o amor verdadeiro, dizia ele. É uma pena, pois tudo que me sobrou foi pouco mal dá para cigarros, goiabada e cachaça, minhas pontes para chegar ao Deus, que outrora desprezei e agora me rendo de coração aberto, puro e inteiro.
Escrevo em português errado, ser lido, publicado para mim, que de mim só pude me tornar prisioneiro não tem mais valor.
Livros, baratas e goiabada ainda gosto, mas de nada isso me serve, só sei começar pelo fim, sem nem ao menos entender o fim.
Minha mãe me disse que é pecado escrever sobre Deus, o insultando pelas suas ausências, mas ele escreveu minha vida inteira, hoje minha curiosidade é maior do que a minha fé.
Não leve a serio o que escrevo, amanhã eu já esqueci tudo isso e em uma manhã qualquer de verão eu vou jogar, sim, sim, sim, vou jogar pedra na vidraça, assim consigo te condenar a conviver o resto da vida com o barulho dos vidros caindo.
A minha hora vai chegar vou acender um cigarro uma vela para Santa Clara, (ela e São Francisco foram apaixonados) em seguida asfiquisiado com meu próprio silencio abro a cortina de vez.
A palavra FIM para uma alma prosaica, ferida e histérica é o fim.
Marlon - Príncipe

segunda-feira, 27 de maio de 2019

O jornal de hoje



Nenhum farol é mais belo, radiante e iluminador do que meus olhos, quando digo seu nome.
Vivo defasado dentro de um arco- íris apaixonante, assustador, e perigoso, onde a cada dia pouco a pouco uma das cores mortas caí e eu sigo resistindo em meio a um futuro escuro, tentando a duras penas manter a esperança de um novo tempo, nova vida, novo oxigênio, se não ILUMINADO, pelo menos mais suportável.
Eu olhava arvores e elas eram apenas arvores, eu olhava estradas e elas eram somente estradas, até as abelhas sumiram, o que me causa espanto porque elas sempre cobiçaram meu mel.
Sonhei que um lindo menino roubava meu tesouro maior, ele sorria de alegria enquanto eu agonizava de tristeza, ele usava e abusava do que era meu, sem culpas.
Não fazia mais sentido sentar nas pedras e espiar os barcos.
Eu novamente era um palhaço amputado e paralitico.
Fui ao cinema, todos já estavam mortos.
Cruzei com uma menina vendendo bala no farol e nada dela me interessou.
Ao nascer cravaram um espinho na minha carne, mas com ele veio algo muito maior, talvez Deus tenha se sentido culpado, pelo espinho e me compensou com meu tesouro maior: a poesia.
O aquecimento global é uma farsa.
O amor é uma farsa.
Você é uma farsa.
Não respiro oxigênio, respiro poesia.
Mesmo sabendo com a clareza de um lobo solitário, que nada daquilo era meu, fui atrás do menino e apanhei a força a poesia de volta.
Dizem que quem foge da poesia a felicidade é garantida, mas não sei se é assim, uma vez que o jornal de hoje serve apenas para embrulhar peixes na feira de amanhã;
A poesia é a verdadeira casa do amor platônico, ao passo que todo amor concreto ela despreza.
Poesia, sexo e amor e não havia nexo entre as três coisas.
Sou apenas um velho gordo, como outro qualquer que sonha em se despedir da vida comendo uma menina virgem, e por razões que desconheço porque no fundo tudo é mistério, tirar a poesia de mim, é um ato tão cruento como tirar a espada de um guerreiro.
Ivan Antonio , me diz ter certeza que a poesia vai mudar o mundo, eu creio, espero, quero.
Tem gente que limpa o cu com minhas poesias, eles são muitos, outros pagam para ler minha verborragia desorganizada.
Falei de morte por engano, eu queria dizer sorte.
Depressão profunda não leva ao suicídio, porque o individuo entra em estado de desolação, mas a depressão moderada, essa sim mata, quem a tem pode se matar quando quiser, tem forças para mergulhar no insondável, mas sinceramente não sei se vale à pena.
Minha armadura de ferro, meus anéis, meu amor, meu farol, para mim poesia é SOL.
Poesia é tristeza nua, assim como a lua quando olhamos devagar para ela toda linda e toda nua.
Cortaram meu pranto, minha luz, meu canto, mas continuo com a espada da justiça na mão, é um suposto esquema de vida e morte sem garantias.
Os otários não sabem ao menos três poesias de cor, mas a vingança acabou, deu certo, estou feliz.
Toda vingança é uma maneira de paz ainda que às avessas.
Hoje fui à igreja recitei dez poesias para a Virgem Maria, ela sorria para mim, por um estante eu não era mais um príncipe, havia me tornado anjo.
Primeiro de abril é o dia oficial dos evangélicos.
Dia 20 de setembro é o dia internacional da família mundial.
A imagem do menino Jesus é linda, mas não me tocou, disparei-me a gritar, histericamente: se alguém deve tudo à poesia, esse algum é Deus.
Marlon príncipe



sábado, 25 de maio de 2019

Me chama pelo meu nome



Você tem medo do que digo, pois então não tenha, no que não digo ali está o perigo.
Fizemos um quase amor, dentro de um pacto mudo, porque o amor quando acontece é para nos lembrar que o inferno existe.
Fizeram de um tudo com meu corpo, eles são muitos, eles são fortes, eles são do mal.
Já nasci prisioneiro, e se insisto, em escrever é somente para tentar libertar minha alma presa.
E por favor, parem de me perguntar quando será a lua cheia, eu adivinho o passado o futuro não.
Freud dizia que todo ser humano é bissexual, mas os astros dizem que somente os librianos são bissexuais.
Sei que existe um ser maior, sou devoto dele, mesmo ele tendo me tornado, ou melhor, me reduzido apenas a uma bala perdida. Tenho que pagar pedágio por cada dia de vida, muitas vezes penso que Deus joga dados.
Emocionalmente eu vegeto e ninguém bota reparo.
Quer ser eu por um dia?
No final da festa eu levava em minhas mãos seus saltos e sua bolsa.
Velei seu sono apavorado de medo dela ir embora, assim matando meu sorriso para sempre.
Ler a biografia de Maysa( cantora, bêbada e apaixonante) é como conhecer uma pessoa.
Tudo são mentiras e prostituição socializada, existe apenas uma verdade: a poesia.
Meu professor de italiano me disse que não existe mais putas e sim mulheres empoderadas.
Outro dia o porteiro do meu prédio, me disse que ser gay é uma maneira de ter status.
Sinto atração apenas por mulheres de cabelos cumpridos e unhas também, mas me deram um nome cross-dressing, tudo bem, não sei viver de outro modo.Me chama como quiser, só não se esqueça de me chamar por Deus.
Marlon príncipe

terça-feira, 21 de maio de 2019

SOMENTE AS FLORES SÃO FELIZES



Recorda-te do meu sorriso antes que tudo se acabe, receba essa tristeza que me invade e não desista de me odiar, um coração sem magoas me causa náuseas.
Estamos todos perdidos entre espinhos e carinho de mentira, eu amo entupido de ausências , fiquei na lona, abandonado, vencido e desprotegido, essa ladeira não tem fim e o peso só aumenta.
Finalmente sobra a pergunta: onde esta o amor? Como ele é? Ele salva ou condena? Ele é abrigo ou castigo?
Era um evento de amor e agora sobrou uma alma confundida, que se rompe em soluços para não morrer sozinha e vazia.
Esqueço , espero, rezo, desespero é como tentar jogar um balde de água no sol para tentar sobreviver a um calor insustentável que um dia aqueceu e hoje queima.
Eis que estou aqui disputado por todas as dores do mundo, amputado do meu instinto mais profundo.
Penso que sobrou essa compreensão sangrada, e essa incompreensão sagrada.
Metade de mim chora, a outra metade implora, mas eu não sei cair fora, a vida me chama, mas eu insisto em morar na lama, foi seu amor que me tornou assim, meio gay, meio dama, meio rei meio drama, mas sempre na lama.
Traga-me tu, traga-me teu corpo mesmo que morto de desprezo pelo meu desejo colorido e meu suspiro dolorido,
Sinto dores, dores no pensamento e visitando a saudade eu percebi que somente as flores são felizes.
A homem amado como eu quero-te-lo ao meu lado. . .
Joguei pedra na vidraça, e agora eu não consigo conviver com o barulho dos vidros caindo.
Nunca fui cobaia de ninguém nem de Deus, não serei sua.
Homem de verdade não tem medo da morte, tem medo de uma vida morna.
Homem de verdade sabe ser doce e agressivo na mesma frase, na mesma hora, na mesma cama. Consigo. Você consegue?
Calma, saia devagar, eu prometo fazer o mesmo, porque ser cuidado é mais lindo do que ser amado.
Estou me despedindo de você, e agora, calma, espera um instante, (aconteceu um acidente: minha visibilidade acabou de ser atropelada pela lagrima rolada).
Eu nunca te vi, sempre te amei, restou-me a possibilidade de milagrar em flores imaginarias para decorar seu nome até o último dia.
Nunca te tive, sempre te amei e aquela mania de falar igual uma metralhadora, era apenas uma maneira infantil (não estou imune a infantilidades) de te pressionar para ouvir duas palavras de sua boca: estou aqui!
A vida me deu muito, me permite viver muito além do que mereço de fato, mas me tirou muitas coisas inclusive o demônio colorido. Eu nem conhecia o amor e fui obrigado a conhecer o avesso do mundo para sobreviver a dor de possivelmente nunca te ter ,para aprender a perder sem ficar inteiramente retalhado por dentro.
Estou cansado, estou querendo parar de fumar, tenho sentido muita preguiça de acender o cigarro.Não consigo mais carregar meu corpo cheio de dores, repleto de CORES!
Pela minha assumida inabilidade em lidar com a palavra fim,estou saindo do seu caminho para que você possa voar pássaro negro, índio, lindo. Dia 15 foi aniversario de sua cidade. Eu não ganhei nada, fico totalmente desconcertado quando ganho presentes embora gosto de ganhar , livros, cuecas caras, relógios , flores e goiabada. Mas foi um dia feliz para você 15/09, tão feliz que não sobrou um punhado se quer de você para mim, nem mesmo o presente que ganhei de Manoel Messias eu puder abrir, não me sinto no direito, porque não tenho nada para oferecer em troca, não sei matemática, informática, logística, não tive o privilegio de possuir muitos dons, só sei escrever poesias, mas isso não te interessa sua indiferença em relação a elas tu deixa claro. Estudei em escolas péssimas, não tive as mesmas oportunidades que você. O único instrumento de sedução que possuo é a poesia. ( POEMAS é a única isca que consigo colocar na ponta do anzol, mas você não morde.) Escrevi tantas para você, nem se quer deu importância, fingiu querer saber por educação apenas. Possuo uma alma infeccionada de tanto amor , como todos os poetas mas ,compreendo perfeitamente que tu não tem obrigação de ser igual Eu consigo apagar todos os desenhos que fiz de você dentro de mim com giz, carvão e ternura natural. Você consegue fazer a mesma coisa? Não precisa responder.( nunca me respondeu nada, mais que descaso, desrespeito) Vamos tentar apenas, se falharmos, que um anjo generoso nos avise a tempo. Vale ressaltar que temos pouco tempo. Para não dizer que não falei das flores, quem sabe faz a hora não espera acontecer .Se falharmos somente nos restará um caminho: nos render definitivamente a humilhação de aceitar que por alguma razão que desconhecemos precisamos da deliciosa e mortal matéria clandestina chamada nós.M+M
Quando se aprende a amar o mundo passa a ser teu: o poeta me contou, mas é segredo!
Escrevo em meio a palavras cegas, mas elas vem do coração, as vezes penso em você e por um instante o mundo parece ter se tornado exatamente como eu quero.
Se Raul Seixas estivesse vivo, sobre você ele apenas diria que você é O HOMEM, mas eu iria mais longe lembrando a musica A MAÇA : EU QUIS TER TUA ALMA, TER TEU CORPO, TUDO EMFIM, MAS , TU ME INFORMOU QUE ALÉM DE DOIS EXISTEM MAIS.Pior morte!
A única coisa que me consola é saber que pode demorar cem anos,independente dos possiveis acontecimentos , indiferença e desacontecimentos, eu afirmo com 100% de convicção que nunca vou morar no seu esquecimento.
Se for para te ter e te perder depois , prefiro nunca te ter, eu aprendi a ter tudo que sempre quis, só não aprendi a perder. Me perdi quando por amor apaguei o sol com a mão, em razão disso não tenho força para perder mais nada. Cansado de tentar resgatar em mim uma pureza que nunca existiu, escrevo essa frase em estase de quem possui digitais que tocaram todos os tons da palavra FIM. O que ainda sobrou de lucidez se confunde em mim com uma espécie de escuridão e eu só consigo ver beleza nas flores da estação passada, as flores de hoje esqueceram-se de nascer e as da próxima estação estão todas mortas. O que me resta é milagrar em morte diária.
Seu interesse é só traição, e mentir é fácil demais, as vezes é meu único divertimento. No coração ninguém manda, ele fica onde se encanta.
Mascarados não podem se amar.
Teu perfume barato( m.c) Deus não quis da mais . . .
Estamos vivendo e o que disserem dos nossos dias serão para sempre . . .
Calma, para variar vou me repetir como você tanto gosta, calma, calma, calma, calma, não estou querendo jogar areia na sua devoção pela escuridão, é tão certo que por tudo e por nada ao mesmo tempo você vai perceber que nunca houve escuridão, você é que é cego. Não é uma profecia , é que sei um pouco das coisas, o poeta me contou.
As pessoas nunca perdem o que nunca teve, eu perdi , e tudo que eu mais quero é parar de chorar, mas porque ainda não comecei não consigo parar. Covardia? Jamais, nada em mim nunca foi covarde, nem as minhas desistências . . .
Perdemos, te convido a celebrar comigo a vitoria da fragilidade. Me perdoe, estou em obras. Me poupe de suas cuspidas violentas, eu sou um mistério para mim.
Antes que eu te esqueça e depois não exista ódio entre nos dois, preciso que saiba de uma vez por todas que sem tudo que criei em mim de você parece que o sol morreu, com tudo que criei de você em mim parece que o sol sou eu.
Levantou o SOL do meu coração em pleno inverno, trouxe FLORES, pra minha estação AMOR eterno!mm
Marlon( Príncipe de M).

Sobre as borboletas



Sexo verbal sei que sabes, mas quero saber o que é viagem verbal Ricardo .
Não seria fluxo emocional?
Não tenho medo da morte, ela será meu maior sucesso.
Tenho um irmão gêmeo, somos idênticos, mas outrora falo sobre isso.
No fundo ele sabe que ela tem cabelos cumpridos, e faz de um tudo de salto alto sempre como toda mulher fina.
Minha empregada fez com que uma tarde de sábado em sua vida fosse mais interessante do que minha vida inteira, não, não, não, não foi somente porque ela comeu a barata e encontrou Deus. A palavra é cega e o terreno áspero.
Tenho pensado muito na solidão, perdendo amigos e inimigos.
Todo adulto é triste e solitário por isso amamos flores vivas, porque são lindas e vivas.
Ganho a vida contando o que o mundo me revela, não sei inventar historias. Escrevo sem enfeites.
Peço a Deus todos os dias proteção, para os negros, gays, travestis, presidiários e mulheres pobres.
Todo amor verdadeiro é automaticamente destruído pelo barulho do vento, pelo menos isso Deus poderia me explicar.
Divido quarto com um amigo, poeta e drogado.
Conheço pessoas da minha igreja e da minha cidade que recebe a solidão como um presente. Eu a recebo como uma dinamite.
Sei que feri, me culpo por isso, mas fico possuído quando falam mal de minha mãe.
Sou capaz de jurar pela salvação da minha alma, que jamais em tempo algum eu quis ferir alguém.
Amigo não me interessa se seu jardim está cheio de borboletas ou de neve, só espero de ti que jamais esqueça que o amor cura e mata.
Um dia vou morar bem longe daqui e vou construir um pódio para o perdedor.
Ela passa o dia inteiro na beira da piscina, lendo revista de fofocas, mas quando chega uma visita ela está sempre com um livro de Voltaire na mão.
Não jogamos mais baralho, não damos milho aos pombos e seguimos defasados emocionalmente, mesmo assim acordo, escovo os dentes e continuo fingindo ser gente.
Sempre haverá quem me justifique depois da minha morte, a minha gloria é essa.
Seu canto é tóxico, estou falando do rapaz que divide quarto comigo, ele me ensinou a tomar posse do direito de deixar para amanhã, o que posso fazer hoje, ele é poeta, ladrão e drogado, como Jean Genet . Ele me ensinou a comer , homens , mulheres, travestis e casais, e também me ensinou a oração de São Francisco.Quando ele era criança outras crianças enfiaram uma escova de cabelo em seu anus e girou varias vezes até Maria voltar da lenha.
Cheirou até Jesus voltar, parece cocaína, mas é dor genuína, acabou. Que Deus o tenha, se agüentar.
Odeio crianças demoníacas.
Preciso de cigarros, goiabada e livros, somente por isso ainda escrevo. Escrevo para você, me recuso engolir meu próprio vomito.
Marlon –Príncipe maluco